Iwasa Matabei<\/em>, no in\u00edcio do s\u00e9culo XVII. Eram vendidas a pre\u00e7o baixo, atendendo ao gosto das pessoas de classe social, formada a partir do s\u00e9culo VII, quando cidades foram constru\u00eddas ao p\u00e9 dos castelos, sendo povoadas, principalmente, por comerciantes e artes\u00e3os respons\u00e1veis por fornecer produtos aos senhores e guerreiros de Edo (nome da cidade de T\u00f3quio, entre os anos de 1180 e 1868).<\/p>\nEssas estampas s\u00e3o gravadas sobre dois blocos de madeira, sendo depois impressas sobre folhas de papel de diferentes formatos. Mas essas t\u00e9cnicas variaram de acordo com o passar dos anos:<\/p>\n
1- Eram unicamente pintadas em cor preta.
\n2 – Passaram a receber um realce vermelho.
\n3 – Eram real\u00e7adas com a cor laranja.
\n4 – Eram pintadas com tintas espessas e brilhantes.
\n5 – Eram pintadas em vermelho e verde.
\n6 – Eram coloridas com v\u00e1rias cores.
\n7 – Eram usados tons arroxeados.
\n8 – Eram usados tons \u00edndigos, etc.<\/p>\n
Os temas mais comuns, vistos nas estampas ukiyo-e<\/em> s\u00e3o os retratos (inteiros ou bustos) de lindas mulheres ou artes\u00e3s (que muitas vezes eram usadas como manequins para quimonos), de atores do teatro Kabuki (dentro ou fora do palco) e de lutadores de Sum\u00f4. Contudo, alguns artistas tamb\u00e9m produziram paisagens, como \u00e9 o caso do pintor Hiroshige<\/em>, cenas de vida rural ou urbana. No s\u00e9culo XVIII, alguns artistas introduziram representa\u00e7\u00f5es de p\u00e1ssaros, insetos e flores. No in\u00edcio do s\u00e9culo XIX, outra mudan\u00e7a foi introduzida: retratos de estrangeiros, tanto ambientados no Jap\u00e3o, quanto num lugar fict\u00edcio. Existem tamb\u00e9m as estampas denominadas “par\u00f3dicas”, que retratam antigos temas liter\u00e1rios, em que s\u00e3o transpostos fatos e personagens de uma determinada \u00e9poca. E, no final do s\u00e9culo XIX e in\u00edcio do s\u00e9culo XX, apareceram as estampas de guerra, no mar e na terra. Assim, os temas que eram limitados no in\u00edcio do ukiuo-e<\/em>, passaram a conviver com todos os temas, a partir do s\u00e9culo XIX.<\/p>\nAs estampas de ukiyo-e<\/em> eram, muitas vezes, acompanhadas de um poema ou de um t\u00edtulo. Nela constava a assinatura do artista ou de v\u00e1rios selos vermelhos ou pretos, relativos ao artista e ao editor. A censura \u00e0 arte tamb\u00e9m se fazia presente. Por isso, as estampas ostentavam o selo da censura oficial, aprovando sua libera\u00e7\u00e3o. Posteriormente, vieram os selos de colecionadores ou comerciantes.<\/p>\nHouve uma \u00e9poca em que as estampas ukiyo-e<\/em> tornaram-se uma verdadeira febre na Europa, dando origem a um movimento art\u00edstico denominado “japonismo”. Elas eram conhecidas desde 1872, mas foi atrav\u00e9s do desenhista franc\u00eas F\u00e9lix Bracquemont e de Th\u00e9odore Duret que se tornaram propagadas nos c\u00edrculos art\u00edsticos europeus. O “japonismo” foi respons\u00e1vel por influenciar in\u00fameros pintores em toda a Europa, tais como Van Gogh, Mary Cassat, Claude Monet, Toulouse-Lautrec, Degas, entre outros.<\/p>\nO mais interessante \u00e9 que no pr\u00f3prio Jap\u00e3o, o g\u00eanero\u00a0ukiyo-e<\/em> n\u00e3o era muito valorizado pelas classes aristocr\u00e1ticas. Mas, com a busca incessante das estampas pelas galerias de arte e comerciantes europeus, houve uma nova postura do pa\u00eds de origem, de modo que seu estudo traduziu numa grande influ\u00eancia na pintura japonesa.<\/p>\nApesar dos s\u00e9culos de sua cria\u00e7\u00e3o, a arte do ukiyo-e<\/em> continua viva. In\u00fameros artistas v\u00eam renovando o g\u00eanero, produzindo estampas modernas, mas, usando a mesma t\u00e9cnica de impress\u00e3o. Dentre os mais c\u00e9lebres artistas do g\u00eanero est\u00e3o: Kiyonaga, Moronobu, Utamaro, Hokusai, Hiroshige, Ich\u00f4, Eisen, Sharaku, etc.<\/p>\nDedicat\u00f3ria:<\/span>
\nEsta p\u00e1gina do blog \u00e9 dedicada a um dos japoneses mais incr\u00edveis que encontrei em minha vida, Pedro Matsunaga, meu amado padrinho, que partiu para os bra\u00e7os do Criador, deixando uma grande saudade em meu cora\u00e7\u00e3o.<\/p>\nNota:<\/span> estampa que acompanha o texto est\u00e3o representadas duas figuras que se divertem num barco.<\/p>\nFicha t\u00e9cnica<\/span>
\nArtista: Ch\u00f4bunsai Eishi ou Osoda Eishi (1756-1829)
\nDimens\u00e3o: 36,8 x 7,5 cm
\nData: c. 1825-1830<\/p>\nFontes de pesquisa<\/span>
\nO Jap\u00e3o \/ Editora Globo
\nUkiyo-e \/ Instituto Moreira Salles<\/p>\nViews: 3<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho Ukiyo-e “Imagens do Mundo Flutuante” \u00e9 um estilo de estampas japonesas, que tamb\u00e9m era usado para ilustrar livros. Tais estampas foram concebidas por Iwasa Matabei, no in\u00edcio do s\u00e9culo XVII. Eram vendidas a pre\u00e7o baixo, atendendo ao gosto das pessoas de classe social, formada a partir do s\u00e9culo VII, quando […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[29],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14364"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=14364"}],"version-history":[{"count":7,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14364\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46305,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14364\/revisions\/46305"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=14364"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=14364"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=14364"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}