<\/a><\/p>\nComo tantas outras descobertas humanas, o vinho, provavelmente, foi fruto do acaso. O esquecimento de algumas uvas em um recipiente, resultando numa fermenta\u00e7\u00e3o natural, foi o pontap\u00e9 inicial da t\u00e3o famosa bebida. Seu local de aparecimento mais prov\u00e1vel foi a regi\u00e3o do C\u00e1ucaso. Dali, ele se disseminou para S\u00edria, Palestina e Egito. E ent\u00e3o, para a Europa, de onde partiram os vinhos portugueses, que regavam a corte nos primeiros anos de nossa coloniza\u00e7\u00e3o. Hist\u00f3rias \u00e0 parte, o vinho vem tomando conta de v\u00e1rias pesquisas, dando sinais positivos em rela\u00e7\u00e3o a seus benef\u00edcios para sa\u00fade humana.<\/p>\n
Os polifen\u00f3is, subst\u00e2ncias encontradas nos vinhos, s\u00e3o as implicadas como respons\u00e1veis por esses benef\u00edcios. Sendo que o polifenol de maior import\u00e2ncia recebe o nome de resveratrol, um antioxidante natural presente na casca da uva. Diversos s\u00e3o os benef\u00edcios atribu\u00eddos a essas subst\u00e2ncias. Nas doen\u00e7as coron\u00e1rias, por exemplo, o consumo moderado de vinho controla os n\u00edveis sangu\u00edneos de subst\u00e2ncias qu\u00edmicas inflamat\u00f3rias no sangue. O vinho \u00e9 capaz de reduzir os n\u00edveis de LDL e aumentar os de HDL (colesterol bom). Em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 coagula\u00e7\u00e3o, o vinho torna as plaquetas presentes no sangue menos aderentes, evitando que este se coagule em locais errados. Estes efeitos poderiam prevenir o entupimento de uma coron\u00e1ria, evitando um infarto.<\/p>\n
Segundo alguns especialistas, os polifen\u00f3is presentes no vinho (principalmente nos tintos) seriam os respons\u00e1veis por evitar o envelhecimento das c\u00e9lulas cerebrais, pois s\u00e3o antioxidantes. E, al\u00e9m desta a\u00e7\u00e3o antioxidante, os vinhos melhoram a circula\u00e7\u00e3o cerebral, como fazem com a circula\u00e7\u00e3o coron\u00e1ria. Sabe-se, ainda, que as chances de apresentar depress\u00e3o s\u00e3o menores em consumidores moderados de vinho. Devido a sua propriedade antimicrobiana, os polifen\u00f3is reduzem as chances de pneumonia e outras infec\u00e7\u00f5es do aparelho respirat\u00f3rio. Do mesmo modo, seu consumo moderado combate a bact\u00e9ria H. Pilori, respons\u00e1vel por \u00falceras no duodeno.<\/p>\n
Alguns estudos mostram que o vinho \u00e9 capaz de reduzir em at\u00e9 60% o risco de forma\u00e7\u00e3o de c\u00e1lculos urin\u00e1rios, ao estimular a diurese. N\u00e3o podemos esquecer de que este consumo deve ser moderado e aliado \u00e0 ingest\u00e3o concomitante de \u00e1gua. Acompanhando a tend\u00eancia de melhora do sistema cardiovascular, estudos avaliam como ben\u00e9fico o consumo de vinho em pessoas portadoras de diabete mellitus tipo II. Os mesmos polifen\u00f3is, devido a sua atividade antioxidante, reduzem a degenera\u00e7\u00e3o macular, que \u00e9 a principal causa de cegueira em idosos. Por fim, estudos \u201cin vitro\u201d demonstram importante atividade antitumoral dos polifen\u00f3is do vinho.<\/p>\n
Mesmo com tudo isso, n\u00f3s n\u00e3o podemos achar que tomar vinho diariamente, mesmo que de forma moderada, ser\u00e1 a resolu\u00e7\u00e3o para as mol\u00e9stias do mundo moderno. Bem como seu consumo tem contraindica\u00e7\u00f5es formais em v\u00e1rios casos. Entretanto, \u00e9 um \u201crem\u00e9dio\u201d sempre prazeroso de se degustar.<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho Como tantas outras descobertas humanas, o vinho, provavelmente, foi fruto do acaso. O esquecimento de algumas uvas em um recipiente, resultando numa fermenta\u00e7\u00e3o natural, foi o pontap\u00e9 inicial da t\u00e3o famosa bebida. Seu local de aparecimento mais prov\u00e1vel foi a regi\u00e3o do C\u00e1ucaso. Dali, ele se disseminou para S\u00edria, Palestina […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[21],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14754"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=14754"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14754\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46369,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14754\/revisions\/46369"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=14754"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=14754"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=14754"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}