As mulheres sustentam metade do c\u00e9u. (M\u00e3o Ts\u00e9-tung)<\/strong><\/em><\/p>\nA China sempre teve prefer\u00eancia pelos filhos homens, vistos como respons\u00e1veis por cuidarem dos pais e av\u00f3s na velhice desses, enquanto as filhas devem servir os sogros. Assim, seguindo a mesma linha da pol\u00edtica indiana, as meninas sempre foram relegadas a um segundo plano, algo comum aos pa\u00edses asi\u00e1ticos. A maioria delas \u00e9 abortada antes do nascimento, embora o governo chin\u00eas pro\u00edba o exame de ultrassonografia para o reconhecimento do sexo do beb\u00ea. Mas isso n\u00e3o d\u00e1 em nada pois, al\u00e9m de o pa\u00eds ter o aborto como uma pr\u00e1tica legal e tal procedimento ser muito barato, \u00e9 dific\u00edlimo fiscalizar a utiliza\u00e7\u00e3o de tal exame. Portanto, o nascimento de meninos no pa\u00eds \u00e9 o mais elevado em todo o mundo. S\u00f3 para se ter uma ideia de tal disparidade, o censo de 2000 apresentou um d\u00e9ficit de 41,27 milh\u00f5es de mulheres em rela\u00e7\u00e3o ao n\u00famero de homens.<\/p>\n
O confucionismo foi o respons\u00e1vel pela imagem negativa da mulher, que era tida como insignificante e subalterna, a ponto de n\u00e3o poder realizar o culto aos ancestrais. N\u00e3o podia ter bens e ficava fora da heran\u00e7a do pai. Conhe\u00e7amos um pouco do hist\u00f3rico das mulheres chinesas:<\/p>\n
\u2022 Na China, \u00e9 muito comum o tr\u00e1fico de mulheres, que tamb\u00e9m s\u00e3o adquiridas nos pa\u00edses pobres vizinhos como Laos, Camboja, Coreia do Norte e Vietn\u00e3. Os camponeses, principalmente, compram-nas e as transformam em esposas e escravas sexuais.<\/p>\n
\u2022 Quando uma menina \u00e9 indesejada, ela \u00e9 simplesmente abandonada pelos pais. Se ela consegue sobreviver, acaba num orfanato, onde fica exposta \u00e0 ado\u00e7\u00e3o por casais estrangeiros.<\/p>\n
\u2022 Os camponeses s\u00e3o ainda mais preconceituosos em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 filha, pois o filho homem \u00e9 quem cuidar\u00e1 dos pais, al\u00e9m de ter mais for\u00e7a para lidar com o trabalho no campo. A filha, ao se casar, passa a pertencer \u00e0 fam\u00edlia do marido.<\/p>\n
\u2022 As crian\u00e7as do sexo feminino recebem menos aten\u00e7\u00e3o dos pais, por isso, as mulheres det\u00eam o maior \u00edndice de analfabetismo no pa\u00eds.<\/p>\n
\u2022 Durante cerca de mil anos, prevaleceu em toda a China a pr\u00e1tica de mutilar os p\u00e9s das meninas, para agradar a seus futuros maridos. Mais do que isso, a deformidade garantia a castidade, a submiss\u00e3o e a fidelidade da mulher, que era muito fr\u00e1gil para se locomover, transformando o corpo numa pris\u00e3o. Somente a Revolu\u00e7\u00e3o Comunista, em 1949, conseguiu erradicar totalmente tal crueldade.<\/p>\n
\u2022 Na China imperial havia a pr\u00e1tica do concubinato, que permitia ao homem ter v\u00e1rias concubinas, que tanto podiam ser vendidas pelo dono como dadas de presente. O n\u00famero delas variava de acordo com as posses de seu senhor. Elas eram governadas pela esposa leg\u00edtima do dono. Serviam de fonte de prazer e de reprodutoras, principalmente de filhos homens. Muitas eram enterradas vivas para acompanharem o senhor no p\u00f3s-morte.<\/p>\n
\u2022 O homem detinha sobre as concubinas e a esposa leg\u00edtima total poder. E podia divorciar de sua esposa, se ela n\u00e3o lhe desse um filho, fosse infiel, roubasse, tivesse uma doen\u00e7a grave, n\u00e3o tratasse bem de seus pais ou dissesse coisas ruins.<\/p>\n
\u2022 O imperador possu\u00eda um grande har\u00e9m, dirigido pela imperatriz e vigiado pelos eunucos, que eram castrados para que n\u00e3o viessem a ter filhos com as mulheres. Para impedir qualquer tentativa de assassinato, a mulher escolhida devia receber o imperador, nua e de p\u00e9 aos p\u00e9s da cama.<\/p>\n
\u2022 A mulher na sociedade chinesa dos dias atuais n\u00e3o carrega nenhum tra\u00e7o da submiss\u00e3o do passado. Ela se encontra nas mais variadas esferas do pa\u00eds, sendo muito ativa. Exerce as mais diferentes profiss\u00f5es, desde motorista de t\u00e1xi a altos cargos no governo. A luta revolucion\u00e1ria foi a grande respons\u00e1vel por t\u00e3o grande transforma\u00e7\u00e3o. Mao Ts\u00e9-Tung nutria grande admira\u00e7\u00e3o pelas mulheres e achava que elas eram imprescind\u00edveis na transforma\u00e7\u00e3o da China.<\/p>\n
\u2022 Os novos ricos mant\u00e9m hoje outro tipo de concubinas: amantes. Elas n\u00e3o vivem junto \u00e0 fam\u00edlia deles, mas \u00e0s suas custas, e tampouco t\u00eam filhos. Normalmente s\u00e3o jovens e muito bonitas, que funcionam como s\u00edmbolo de status. Mas o governo comunista n\u00e3o aprova tal pr\u00e1tica, pois muitas vezes ela est\u00e1 aliada \u00e0 corrup\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Fontes de pesquisa:<\/span>
\nChina, o Despertar do Drag\u00e3o\/ Lu\u00eds Giffoni
\nOs Chineses\/ Cl\u00e1udia Trevisan<\/p>\nNota:<\/span> imagem copiada de www.epochtimes.com.br<\/em><\/p>\nViews: 3<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho As mulheres sustentam metade do c\u00e9u. (M\u00e3o Ts\u00e9-tung) A China sempre teve prefer\u00eancia pelos filhos homens, vistos como respons\u00e1veis por cuidarem dos pais e av\u00f3s na velhice desses, enquanto as filhas devem servir os sogros. Assim, seguindo a mesma linha da pol\u00edtica indiana, as meninas sempre foram relegadas a um […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[18],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14862"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=14862"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14862\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46395,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14862\/revisions\/46395"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=14862"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=14862"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=14862"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}