Aur\u00e9lio:<\/span> Pena de tali\u00e3o. 1. Pena antiga pela qual se vingava o delito, infligindo ao delinquente o mesmo dano ou mal que ele praticara. 2. Aplica\u00e7\u00e3o ou imposi\u00e7\u00e3o dessa pena. Tamb\u00e9m se diz apenas tali\u00e3o; sin. ger.: lei de tali\u00e3o, retalia\u00e7\u00e3o, talionato. \u2014 Aten\u00e7\u00e3o: escreve-se “tali\u00e3o” com min\u00fascula, pois n\u00e3o \u00e9 nome pr\u00f3prio).<\/p>\nSegundo a Lei de tali\u00e3o<\/em>, se um crime \u00e9 cometido, ele deve ser pago do mesmo modo que foi perpetrado. Tamb\u00e9m pode ser explicado com o prov\u00e9rbio popular “Quem com ferro fere, com ferro ser\u00e1 ferido”<\/em>. Contudo, a verdade n\u00e3o era bem esta, pois os endinheirados e poderosos n\u00e3o eram sujeitos a tal rigor.<\/p>\nO C\u00f3digo de Hamurabi<\/em> traz os primeiros sinais da Lei de tali\u00e3o<\/em>, aplicada na sociedade babil\u00f4nica. Mas, como vimos, as penas n\u00e3o funcionavam tal e qual apregoava o c\u00f3digo. Antes de imp\u00f4-la, olhava-se primeiro qual era a classe social do criminoso e da v\u00edtima. Ou seja, para alguns era apenas olho pelo perd\u00e3o, ou um dente por uma pequena multa. N\u00e3o era f\u00e1cil pertencer \u00e0s classes menos favorecidas naqueles tempos e tamb\u00e9m n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil ser “parte do povo” nos dias de hoje. Tudo continua como dantes no quartel de Abrantes, apenas com uma v\u00edrgula aqui e outra ali.<\/p>\nSegundo alguns, a Lei de tali\u00e3o<\/em> tinha como objetivo evitar que puni\u00e7\u00f5es desmedidas fossem aplicadas em raz\u00e3o de um crime, sem levar em conta a sua gravidade, ou seja, sem levar em conta o princ\u00edpio da reciprocidade. Tudo estaria nos conformes, se n\u00e3o se olhasse a classe social da v\u00edtima e a do r\u00e9u. Podemos ver tal discrep\u00e2ncia da referida lei em alguns artigos contidos no C\u00f3digo de Hamurabi<\/em>:<\/p>\nArt. 195. Se um filho bater num pai, ter\u00e1 a sua m\u00e3o cortada.<\/em>
\nArt. 196. Se um homem destruiu o olho de outro homem, tamb\u00e9m ter\u00e1 o seu olho destru\u00eddo.<\/em>
\nArt. 200. Se um homem livre arrancou um dente de outro homem livre, tamb\u00e9m ter\u00e1 o seu dente arrancado.<\/em>
\nArt. 209. Se um m\u00e9dico causou a morte de um escravo, ele dever\u00e1 restituir um escravo semelhante ao que morreu.<\/em>
\nArt. 229. Se um pedreiro n\u00e3o edificou direito uma casa e ela caiu, matando seu dono, ele ser\u00e1 morto.<\/em>
\nArt. 230. Se o pedreiro causou a morte do filho do dono da casa, o seu filho tamb\u00e9m ser\u00e1 morto.<\/em>
\nArt. 231. Se o pedreiro causou a morte do escravo do dono da casa, ele ter\u00e1 que ofertar um escravo semelhante ao dono.<\/em>
\nArt. 232. Se o pedreiro ocasionou a perda de bens m\u00f3veis, ele dever\u00e1 repor tudo, al\u00e9m de reconstruir a casa com seus pr\u00f3prios recursos.<\/em>
\nArt. 245. Se um homem alugou um boi e<\/em> causou a sua morte por neglig\u00eancia, o propriet\u00e1rio receber\u00e1 um boi de igual valor.<\/em><\/p>\nViews: 12<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho O prov\u00e9rbio “Olho por olho, dente por dente” tem a ver com a Lei de tali\u00e3o, tamb\u00e9m conhecida como Pena de tali\u00e3o (Aur\u00e9lio: Pena de tali\u00e3o. 1. Pena antiga pela qual se vingava o delito, infligindo ao delinquente o mesmo dano ou mal que ele praticara. 2. Aplica\u00e7\u00e3o ou imposi\u00e7\u00e3o […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[43],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14977"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=14977"}],"version-history":[{"count":6,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14977\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":48646,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14977\/revisions\/48646"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=14977"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=14977"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=14977"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}