<\/a><\/p>\nOs br\u00e2manes<\/em> sempre gozaram das del\u00edcias do poder que s\u00f3 foi um pouco enfraquecido, quando o budismo sacudiu a \u00cdndia. Mas esses sacerdotes, com a tenacidade que lhes \u00e9 peculiar, deram uma volta por cima e reconquistaram o dom\u00ednio, ainda na dinastia dos Guptas. A partir do s\u00e9culo II da nossa era, os registros j\u00e1 mostram grandes doa\u00e7\u00f5es, principalmente em terras, feitas \u00e0s castas dos br\u00e2manes<\/em>. Segundo alguns historiadores, a maioria das escrituras era fraudulenta. E, como n\u00e3o podia deixar de ser, as terras dos br\u00e2manes<\/em> eram isentas de taxas, mas s\u00f3 at\u00e9 a chegada dos ingleses.<\/p>\nAtrav\u00e9s da leitura dos artigos do C\u00f3digo de Manu<\/em> \u00e9 poss\u00edvel observar como tudo na \u00cdndia convergia para os br\u00e2manes<\/em>, a casta mais alta que tanto dominava a religi\u00e3o quanto o Estado indiano:<\/p>\n\u2022 Ao fazer por si mesmo um exame de causas, o rei deve procurar um br\u00e2mane<\/em>, preparado para executar tal fun\u00e7\u00e3o.
\n\u2022 E que esse br\u00e2mane<\/em> seja o respons\u00e1vel por examinar os neg\u00f3cios submetidos \u00e0 decis\u00e3o do rei.
\n\u2022 Um pa\u00eds, habitado por “sudra” e ateus e desprovido de br\u00e2manes<\/em>, ser\u00e1 destru\u00eddo pela fome e mol\u00e9stias.
\n\u2022 Quando um br\u00e2mane<\/em> instru\u00eddo descobre um tesouro, ele ser\u00e1 todo seu, pois um br\u00e2mane<\/em> \u00e9 dono de tudo que existe.
\n\u2022 Se for o rei a encontrar um tesouro, ele ter\u00e1 direito apenas \u00e0 metade.
\n\u2022 Quando se trata da salva\u00e7\u00e3o de um br\u00e2mane<\/em>, n\u00e3o \u00e9 crime fazer um juramento falso.
\n\u2022 Aos homens das tr\u00eas \u00faltimas classes pode-se infligir penas, quando prestam falso testemunho, mas um br\u00e2mane<\/em> dever\u00e1 sair do reino s\u00e3o e salvo.
\n\u2022 Um homem que tiver a imprud\u00eancia de aconselhar um br\u00e2mane<\/em>, relativamente a seu dever, dever\u00e1 ser castigado com \u00f3leo fervendo na boca e na orelha.
\n\u2022 Se um homem de classe baixa escarra com insol\u00eancia sobre um br\u00e2mane<\/em>, ele ter\u00e1 os dois l\u00e1bios mutilados; se urina, ter\u00e1 mutilada a uretra; se solta gases na presen\u00e7a do br\u00e2mane<\/em>, ter\u00e1 o \u00e2nus mutilado.
\n\u2022 Assim como os reis, os br\u00e2manes<\/em> ser\u00e3o sempre purificados, ao reprimir os maus e favorecer os bons.
\n\u2022 Por subtrair animais de um br\u00e2mane<\/em>, o ladr\u00e3o deve ter a metade do p\u00e9 cortada.
\n\u2022 Um “sudra” deve ser condenado \u00e0 morte por violar a mulher de um br\u00e2mane<\/em>.
\n\u2022 Se a mulher de um br\u00e2mane<\/em> e o um homem de uma casta baixa cometerem adult\u00e9rio, espontaneamente, dever\u00e3o ser queimados com fogo de ervas de cani\u00e7o.
\n\u2022 Se um br\u00e2mane<\/em> goza \u00e0 for\u00e7a de uma mulher de outro br\u00e2mane<\/em>, dever\u00e1 pagar uma multa.
\n\u2022 Ao contr\u00e1rio de outras classes, cuja pena \u00e9 a morte, o br\u00e2mane<\/em> ad\u00faltero dever\u00e1 sofrer uma tonsura (corte do cabelo similar a uma coroa).
\n\u2022 Um rei jamais deve matar um br\u00e2mane<\/em>, seja qual for o crime cometido, dever\u00e1 apenas expuls\u00e1-lo do reino, entregando-lhe todos os bens, sem lhe fazer mal algum.
\n\u2022 A maior iniquidade cometida no mundo \u00e9 o assassinato de um br\u00e2mane<\/em>, que jamais poder\u00e1 ser condenado \u00e0 morte.
\n\u2022 Ao se encontrar em necessidade, um br\u00e2mane<\/em> pode se apossar dos bens de um “sudra”, seu escravo, pois um escravo nada tem que lhe perten\u00e7a e nada possui que o seu dono n\u00e3o lhe possa tomar.
\n\u2022 O filho que um br\u00e2mane concebe por lux\u00faria, com uma mulher servil, ser\u00e1 tido como um cad\u00e1ver vivo.
\n\u2022 Na falta de parentes para herdar uma fortuna, os br\u00e2manes<\/em> ser\u00e3o chamados a herd\u00e1-la.
\n\u2022 As propriedades de um br\u00e2mane<\/em> jamais poder\u00e3o voltar para as m\u00e3os de um rei, como acontece com as outras classes.
\n\u2022 Um pr\u00edncipe n\u00e3o deve se apropriar do patrim\u00f4nio de um grande criminoso, ele dever\u00e1 ser oferecido a um br\u00e2mane<\/em> virtuoso.
\n\u2022 Um br\u00e2mane<\/em>, imbu\u00eddo dos estudos dos estudos sagrados, \u00e9 o senhor deste universo.
\n\u2022 Se um homem de classe baixa gosta de atormentar um br\u00e2mane<\/em>, dever\u00e1 ser punido com castigos corporais que lhe causem terror.
\n\u2022 Instru\u00eddo ou ignorante, um br\u00e2mane<\/em> \u00e9 uma poderosa divindade.
\n\u2022 Mesmo que os br\u00e2manes<\/em> fa\u00e7am uso de vis empregos, eles devem ser sempre honrados, pois trazem em si algo de divino.<\/p>\nFonte de pesquisa<\/span>
\nO C\u00f3digo de Manu\/ Editora Edipro<\/p>\nNota:<\/span> imagem copiada de newsrpg.wordpress.com<\/em><\/p>\nViews: 7<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho Os br\u00e2manes sempre gozaram das del\u00edcias do poder que s\u00f3 foi um pouco enfraquecido, quando o budismo sacudiu a \u00cdndia. Mas esses sacerdotes, com a tenacidade que lhes \u00e9 peculiar, deram uma volta por cima e reconquistaram o dom\u00ednio, ainda na dinastia dos Guptas. A partir do s\u00e9culo II da […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[18],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14989"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=14989"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14989\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46377,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/14989\/revisions\/46377"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=14989"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=14989"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=14989"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}