{"id":1519,"date":"2023-10-20T00:05:00","date_gmt":"2023-10-20T03:05:00","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=1519"},"modified":"2023-10-20T12:26:35","modified_gmt":"2023-10-20T15:26:35","slug":"voce-ouve-mas-nao-observa","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/voce-ouve-mas-nao-observa\/","title":{"rendered":"VOC\u00ca OUVE, MAS N\u00c3O OBSERVA!"},"content":{"rendered":"

Autoria de<\/strong><\/b><\/b> Lu Dias Carvalho<\/strong>
\n<\/b><\/p>\n

\"sherl\"<\/a><\/p>\n

Nas unhas do homem, nas mangas do seu palet\u00f3, nos seus sapatos, nos joelhos da cal\u00e7a, nos calos do seu polegar e do seu indicador, na sua express\u00e3o, nos punhos da sua camisa, nos seus movimentos \u2013 em cada um desses tra\u00e7os a ocupa\u00e7\u00e3o de um homem se revela. \u00c9 quase inconceb\u00edvel que todos esses tra\u00e7os reunidos n\u00e3o sejam suficientes para esclarecer, em qualquer circunst\u00e2ncia, o investigador competente. (Sherlock Holmes)<\/i> <\/b><\/p>\n

O mal \u00e9 que tendemos a julgar uma pessoa muito mais por suas palavras do que pelo seu modo de ser e agir, sem levar em conta a linguagem que nos repassa seu corpo. E ainda temos a emp\u00e1fia de dizer que conhecemos X<\/em> ou Y<\/em> como “a palma de nossa m\u00e3o”. Como \u00e9 v\u00e3 a nossa filosofia, pois a maioria de n\u00f3s nem mesmo sabe como comporta o nosso pr\u00f3prio corpo do pesco\u00e7o para baixo, quanto mais o de outrem.<\/p>\n

Na sua linguagem o corpo n\u00e3o<\/span> finge acreditar no que n\u00e3o cr\u00ea e tampouco d\u00e1 o dito pelo n\u00e3o dito. Jamais se coloca como lacaio da mente, fazendo sempre o que ela quer. Ele \u00e9 um insubordinado que n\u00e3o se presta ao agrado servil. De modo que, para os bons observadores, o corpo \u00e9 um excelente parceiro, pois retrata com fidelidade os pensamentos que viajam pela mente, sem se preocupar com a emiss\u00e3o de palavras que, segundo um dito popular, o vento leva.<\/p>\n

A leitura das atitudes e do pensamento do homem foi o primeiro sistema de comunica\u00e7\u00e3o a ser usado, antes mesmo que aprend\u00eassemos a falar. Mas a modernidade foi embotando tal preciosidade e dando, cada vez mais, espa\u00e7o para a palavra oral, colocando o gestual do corpo em segundo plano. E no bl\u00e1-bl\u00e1-bl\u00e1, na verborragia, na logorreia e na verbiagem n\u00f3s fomos nos atolando, achando que dominamos o \u00f3<\/em> do borogod\u00f3. Nossos olhos tornaram-se menos sagazes, enquanto os nossos ouvidos tornaram-se senhores absolutos da verdade, mas sem muita saben\u00e7a. Olhos e ouvidos deixaram de ser parceiros na an\u00e1lise e, consequentemente, contamos com menos testemunhas nas a\u00e7\u00f5es observadas. Vivemos na ditadura das palavras.<\/p>\n

A mensagem corporal \u00e9 t\u00e3o rica, que mesmo a linguagem oral e escrita est\u00e1 cheia de express\u00f5es que indicam a nossa rela\u00e7\u00e3o com o corpo. Observem algumas:<\/p>\n

Levante a cabe\u00e7a<\/em>!
\nN\u00e3o mais aguento o fardo que carrego nos ombros<\/em>!
\nAbra os olhos<\/em>, meu amigo!
\nN\u00e3o tem vergonha na cara<\/em>?
\nEst\u00e1 sempre empurrando com a barriga<\/em>!
\nFicou com dor de cotovelo<\/em>!
\nAquilo foi um soco na boca do meu est\u00f4mago<\/em>!<\/p>\n

Assim, temos que ficar mais atentos, como nos ensina o famoso investigador Sherlock Holmes, personagem de fic\u00e7\u00e3o da literatura brit\u00e2nica, criado pelo escritor Sir Arthur Conan Doyle. E como nos diz o detetive: Os pequenos detalhes s\u00e3o sempre os mais importantes. <\/i>Portanto, abram os olhos, minha gente, e deixem de levar em conta apenas as palavras! Analise o conjunto todo: palavras, gestos corporais e a\u00e7\u00f5es.
\n<\/i><\/p>\n

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Autoria de Lu Dias Carvalho Nas unhas do homem, nas mangas do seu palet\u00f3, nos seus sapatos, nos joelhos da cal\u00e7a, nos calos do seu polegar e do seu indicador, na sua express\u00e3o, nos punhos da sua camisa, nos seus movimentos \u2013 em cada um desses tra\u00e7os a ocupa\u00e7\u00e3o de um homem se revela. \u00c9 […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[37],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1519"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1519"}],"version-history":[{"count":10,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1519\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":49553,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1519\/revisions\/49553"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1519"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1519"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1519"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}