<\/a><\/p>\nAs supersti\u00e7\u00f5es s\u00e3o conhecidas desde os tempos mais remotos da hist\u00f3ria da humanidade, quando o homem ainda n\u00e3o possu\u00eda respostas cient\u00edficas para muitas interroga\u00e7\u00f5es. Com a evolu\u00e7\u00e3o da Ci\u00eancia, muitas delas foram caindo por terra. No entanto, as supersti\u00e7\u00f5es ainda est\u00e3o arraigadas em muitas partes de nosso planeta, ditando comportamentos esdr\u00faxulos.<\/p>\n
Na \u00cdndia<\/i>, China <\/i>e Indon\u00e9sia<\/i>, as crendices ainda ocupam um lugar de destaque no dia a dia da maioria das pessoas. Em tais pa\u00edses \u00e9 f\u00e1cil encontrar, em cada rua, astr\u00f3logos, curandeiros, xam\u00e3s, quiromantes, pessoas que leem o futuro atrav\u00e9s do rosto, da palma das m\u00e3os ou dos p\u00e9s, nas folhas de ch\u00e1 numa x\u00edcara, na borra de caf\u00e9 que fica no fundo de uma x\u00edcara, etc. Desempenham, atrav\u00e9s da cren\u00e7a, um papel importante na vida de cada pessoa, assim como nos acontecimentos sociais, pois tudo depende de uma consulta a uma das fontes, desde o nome que se vai dar ao filho at\u00e9 a data de uma viagem.<\/p>\n
Na Tail\u00e2ndia<\/i>, alguns ainda acreditam que entre os humanos de carne e osso vivam seres invis\u00edveis, os esp\u00edritos chamados de piis<\/i>. E, para que esses permane\u00e7am contentes, de modo a n\u00e3o amolar os mortais comuns, dedicam-lhes templos enfeitados com elefantes de madeira, bailarinas de gesso, um copinho cheio de \u00e1lcool, colares de flores de jasmim e comida. Sempre que escavam a terra, para fazer uma casa ou abrir um po\u00e7o, um altar \u00e9 erguido em homenagem ao esp\u00edrito da Terra, pedindo desculpa pelos dist\u00farbios ocasionados a ele, e para pedir a sua prote\u00e7\u00e3o. Se cortam uma \u00e1rvore, fazem uma liturgia para pedir ao pii <\/i>da planta a permiss\u00e3o para usar o serrote contra ela. \u00c9 uma pena que essa cren\u00e7a n\u00e3o tenha sido difundida em torno de nossas florestas e no cora\u00e7\u00e3o dos arrancadores de \u00e1rvores.<\/p>\n
Na velha China<\/i>, os adivinhos possuem um terreno muito f\u00e9rtil, mesmo nos tempos atuais, quando o pa\u00eds opta pelo capitalismo. Isso porque o sonho de cada chin\u00eas \u00e9 ser rico, sendo que a grande maioria das preces dirigidas aos deuses \u00e9 para pedir riqueza, e n\u00e3o espiritualidade, como muitos sup\u00f5em.<\/p>\n
N\u00e3o \u00e9 \u00e0 toa que muitos ocidentais partem em busca do exotismo do Oriente, talvez cansados do excesso de \u201cverdades conclusivas\u201d encontradas nos pa\u00edses onde vivem. Ou quem sabe, n\u00e3o se sintam satisfeitos com as assertivas encontradas para suas indaga\u00e7\u00f5es. Partem em busca do misticismo oriental com seus gurus e homens santos, at\u00e9 que a realidade os traz de volta. \u00c9 fato que muitos ali permanecem para sempre.<\/p>\n
A verdade \u00e9 que, vivendo num mundo extremamente consumista, onde a ditadura da publicidade, da m\u00eddia e do prazer permeia-lhes a vida, muitas pessoas acabam por se tornar presas f\u00e1ceis das profecias, ainda que jamais\u00a0 venham a ser realizadas. Nem mesmo se d\u00e3o conta de que, se o destino dependesse da borra do caf\u00e9 ou das estrelas, bastaria que ficassem assentados, esperando o tempo passar. E ainda h\u00e1 gente que gasta dinheiro com b\u00fazios e coisa e tal. Melhor seria dar um trocadinho para as ciganas que \u201cleem\u201d a m\u00e3o, pois assim estariam lhes matando a fome.<\/p>\n
O mais engra\u00e7ado em toda a hist\u00f3ria do exotismo \u00e9 o nascimento de outra vertente, a comercial. Tempos atr\u00e1s, sadhus<\/i>, gurus<\/i> e xam\u00e3s<\/i> recusavam-se a tirar fotos, com medo de que a m\u00e1quina fotogr\u00e1fica lhes roubasse a alma. Nos dias de hoje, eles exigem uma boa bufunfa<\/i> em troca. A usura de c\u00e1 est\u00e1 abalando os alicerces da falsa \u201cespiritualidade\u201d de l\u00e1. Este nosso mundo \u00e9 mesmo muito aloprado.<\/p>\n
Em Bangkok<\/i> havia (e talvez ainda haja) furg\u00f5es, que funcionavam com o nome de agarra-mortos<\/i>. Conforme a cren\u00e7a popular daquelas bandas, quando uma pessoa morria violentamente, seu esp\u00edrito n\u00e3o descansava em paz, se no hor\u00e1rio da morte, o corpo ficasse mutilado, a menos que os ritos ap\u00f3s a morte fossem efetuados imediatamente. Caso contr\u00e1rio, o esp\u00edrito inquieto iria se juntar aos batalh\u00f5es de esp\u00edritos vagantes e aos piis<\/i> do mal. Por isso, os volunt\u00e1rios das associa\u00e7\u00f5es budistas, circulavam pela cidade, recolhendo todos os corpos de v\u00edtimas de mortes violentas. Tentavam colocar juntas as partes do corpo e oficiar os ritos, para que as almas ficassem em paz para todo o sempre.<\/p>\n
Acontece que o neg\u00f3cio dos agarra-mortos<\/i> ficou t\u00e3o lucrativo, que as institui\u00e7\u00f5es de caridade come\u00e7aram a competir entre si. Quem chegasse primeiro era dono do cad\u00e1ver. O que sempre acabava em briga para agarrar o morto<\/em>. Muitas vezes, uma institui\u00e7\u00e3o levava um peda\u00e7o do corpo e outra levava a outra. Sem falar nos vivos que eram levados como mortos.<\/p>\nO mundo dos humanos \u00e9 mesmo muito complexo. Morre doido quem tentar decifrar todos os encantamentos e supersti\u00e7\u00f5es que existem nas suas in\u00fameras culturas. O mais engra\u00e7ado \u00e9 que, com o mundo sendo globalizado, todas elas se voltam para a extra\u00e7\u00e3o do dinheiro, por mais atrasadas que possam parecer. Enquanto isso, os pobres tolos caem na esparrela.<\/p>\n
Nota:<\/span> Imagem copiada de http:\/\/www.luizberto.com\/ai-dento-newton-silva<\/i><\/p>\nViews: 1<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho As supersti\u00e7\u00f5es s\u00e3o conhecidas desde os tempos mais remotos da hist\u00f3ria da humanidade, quando o homem ainda n\u00e3o possu\u00eda respostas cient\u00edficas para muitas interroga\u00e7\u00f5es. Com a evolu\u00e7\u00e3o da Ci\u00eancia, muitas delas foram caindo por terra. No entanto, as supersti\u00e7\u00f5es ainda est\u00e3o arraigadas em muitas partes de nosso planeta, ditando comportamentos […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[18],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1578"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1578"}],"version-history":[{"count":7,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1578\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46250,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1578\/revisions\/46250"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1578"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1578"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1578"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}