{"id":16014,"date":"2014-11-16T22:44:18","date_gmt":"2014-11-17T00:44:18","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=16014"},"modified":"2016-01-11T11:12:55","modified_gmt":"2016-01-11T13:12:55","slug":"transtorno-explosivo-intermitente","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/transtorno-explosivo-intermitente\/","title":{"rendered":"TRANSTORNO EXPLOSIVO INTERMITENTE"},"content":{"rendered":"

Autoria do Dr. Telmo Diniz<\/strong><\/p>\n

\"Simp\"<\/a><\/p>\n

\u00c9 recomendado contar at\u00e9 cem para acalmar os \u00e2nimos e evitar rea\u00e7\u00f5es de impulsividade. Por\u00e9m, existem pessoas que s\u00f3 conhecem os primeiros n\u00fameros. V\u00e1rios de n\u00f3s podem ter um dia ou outro de piora no estado de humor. Entretanto, o popular \u201cpavio curto\u201d ou aquele \u201cesquentadinho\u201d pode estar sofrendo de uma doen\u00e7a psiqui\u00e1trica conhecida por Transtorno Explosivo Intermitente<\/em> (TEI<\/em>), que afeta cerca de 3% dos brasileiros. Os primeiros sintomas aparecem na adolesc\u00eancia e diminuem a partir dos 60 anos. Entre os que sofrem do transtorno, 70% s\u00e3o do sexo masculino.<\/p>\n

O TEI<\/em> est\u00e1 na lista das doen\u00e7as dos impulsos. A caracter\u00edstica do transtorno \u00e9 que a explos\u00e3o da pessoa \u00e9 desproporcional \u00e0s situa\u00e7\u00f5es que as motivaram. Sem conseguir se controlar, o indiv\u00edduo grita, xinga, bate, atira objetos, quebra etc. Por causa disso, muitas vezes, a pessoa acaba tendo problemas de relacionamento na fam\u00edlia, no seu meio social e no trabalho. S\u00e3o pessoas sempre dispostas a \u201cbrigar por pouca coisa\u201d e est\u00e3o sempre \u201cpreparadas para guerra\u201d. N\u00e3o \u00e9 qualquer sinal de raiva que indica o transtorno. Ataques de raiva podem ser um sinal de problemas de personalidade, bipolaridade e\/ou depress\u00e3o. Portanto, o diagn\u00f3stico diferencial deve ser feito. Claro que n\u00e3o podemos confundir este transtorno ou outros dist\u00farbios psiqui\u00e1tricos com \u201craivas rotineiras\u201d, que eventualmente todos n\u00f3s passamos, como em uma fechada no tr\u00e2nsito ou com aquele vizinho impertinente e chato por natureza.<\/p>\n

Atualmente, o diagn\u00f3stico \u00e9 feito exclusivamente pelo m\u00e9dico ou por psic\u00f3logo, a partir do hist\u00f3rico cl\u00ednico, historia familiar e pelos sintomas associados. Existem crit\u00e9rios bem estabelecidos para caracterizar o transtorno, como o registro de ataques de agressividade em m\u00e9dia duas vezes por semana, por um per\u00edodo de tr\u00eas meses, ou a ocorr\u00eancia de tr\u00eas explos\u00f5es de f\u00faria envolvendo dano ou destrui\u00e7\u00e3o de propriedades e\/ou agress\u00e3o f\u00edsica, resultando em les\u00e3o corporal contra pessoas, ou mesmo animais dom\u00e9sticos, em um per\u00edodo de um ano. As crises n\u00e3o podem estar relacionadas com abuso de \u00e1lcool ou drogas. Caso as crises sejam espor\u00e1dicas, podem ser reflexo de outros dist\u00farbios ou mesmo de um estresse cr\u00f4nico.<\/p>\n

A boa not\u00edcia \u00e9 que a irritabilidade pode ser reduzida e \u201co el\u00e1stico da toler\u00e2ncia\u201d pode ser melhorado. O tratamento inclui a introdu\u00e7\u00e3o de medicamentos antidepressivos e\/ou estabilizadores de humor associado \u00e0 terapia cognitivo comportamental, voltada \u00e0 mudan\u00e7a de h\u00e1bitos, bem como est\u00edmulo \u00e0 redu\u00e7\u00e3o do estresse no trabalho e \u00e0 pratica de exerc\u00edcio f\u00edsicos. Os resultados s\u00e3o \u00f3timos, desde que haja boa ades\u00e3o do paciente ao tratamento.<\/p>\n

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