Escolhi o Brasil, que j\u00e1 havia visitado, e onde encontrei um acolhimento cordial. O Brasil se tornou minha p\u00e1tria. (Segall)<\/strong><\/em><\/p>\n“O Brasil \u00e9 talvez o \u00fanico ambiente onde se pode ainda respirar livremente. Vi-me transportado sob a fulg\u00eancia de um sol tropical cujos raios iluminavam a gente e as cousas em seus recantos mais remotos e rec\u00f4nditos, emprestando at\u00e9 ao que se encontrava na sombra uma esp\u00e9cie de resplandesc\u00eancia, pois tudo dava por sua vez a impress\u00e3o de irradiar reverbera\u00e7\u00f5es de luz; vi terra roxa, terra cor de tijolo e terra quase negra, uma vegeta\u00e7\u00e3o luxuriante desdobrando-se em fant\u00e1sticas formas ornamentais, vi dan\u00e7as executadas pelo povo com exalta\u00e7\u00e3o quase religiosa, dum ritmo alucinante e contagioso, que realizava espontaneamente, sem teorias e pesquisas intelectuais, o que as modernas tend\u00eancias do bailado na Europa se esfor\u00e7avam por elaborar como cria\u00e7\u00f5es revolucion\u00e1rias e inovadoras no dom\u00ednio da dan\u00e7a. Vi homens e mulheres com os quais, n\u00e3o obstante a estranheza de sua l\u00edngua e costumes, me sentia irmanado.”. (Segall em carta a Kandinski)<\/p>\n
“O Brasil revelou-me o milagre da cor e da luz. Sinto que neste pa\u00eds todas as coisas parecem mais leves e mais altas. Eleva-nos da terra. Ensina a alegria. Considero uma aquisi\u00e7\u00e3o essencial para a minha arte essa alegria que o Brasil me revelou. N\u00e3o \u00e9 uma alegria superficial, que se oponha \u00e0 tristeza, mas uma alegria ampla e compreensiva que abrange o seu contr\u00e1rio, e que, sobretudo, nos exalta para um mundo mais elevado.”. (Segall)<\/p>\n
Fonte de pesquisa<\/span>
\nLasar Segal\/ Cole\u00e7\u00e3o Folha<\/p>\nViews: 1<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho Escolhi o Brasil, que j\u00e1 havia visitado, e onde encontrei um acolhimento cordial. O Brasil se tornou minha p\u00e1tria. (Segall) “O Brasil \u00e9 talvez o \u00fanico ambiente onde se pode ainda respirar livremente. Vi-me transportado sob a fulg\u00eancia de um sol tropical cujos raios iluminavam a gente e as cousas […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[28],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/16038"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=16038"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/16038\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46470,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/16038\/revisions\/46470"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=16038"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=16038"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=16038"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}