{"id":16854,"date":"2017-01-06T00:05:28","date_gmt":"2017-01-06T02:05:28","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=16854"},"modified":"2017-01-06T14:56:18","modified_gmt":"2017-01-06T16:56:18","slug":"dia-dos-santos-reis","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/dia-dos-santos-reis\/","title":{"rendered":"DIA DOS SANTOS REIS"},"content":{"rendered":"
Autoria de Luiz Cruz<\/strong><\/p>\n <\/a> <\/a> <\/a><\/p>\n “Constituem patrim\u00f4nio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de refer\u00eancia \u00e0 identidade, \u00e0 a\u00e7\u00e3o, \u00e0 mem\u00f3ria dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira” (Constitui\u00e7\u00e3o da Rep\u00fablica Federativa do Brasil de 1988, Art. 216)<\/strong><\/em><\/p>\n No per\u00edodo de 25 de dezembro a seis de janeiro, grupos de Folias de Reis<\/em> e Pastorinhas<\/em> saem para visitar as casas, homenageando o Menino Deus dos pres\u00e9pios. Esta \u00e9 uma tradi\u00e7\u00e3o de origem latina, que recebemos de Portugal. At\u00e9 hoje, em nossa contemporaneidade, ela \u00e9 expressiva em diversas regi\u00f5es brasileiras. Em Minas Gerais, tanto as Folias de Reis<\/em> quanto as Pastorinhas<\/em> percorrem as ruas centen\u00e1rias de Ouro Preto, Mariana, S\u00e3o Jo\u00e3o del Rei, Sabar\u00e1, Itabira e outras cidades mais recentes, como Entre Rios de Minas e Jeceaba, mantendo esse tra\u00e7o de nossa cultura, ou melhor, de nosso patrim\u00f4nio imaterial, que resiste \u00e0s modernidades tecnol\u00f3gicas.<\/p>\n Este \u00e9 considerado o per\u00edodo em que os Reis Magos<\/em> Baltazar, Gaspar e Belquior sa\u00edram para visitar e levar presentes para o Menino Deus, seguindo a Estrela do Oriente. Em alguns pa\u00edses latinos, o dia seis de janeiro \u00e9 Dia Santo<\/em>, considerado mais importante que o dia 25 de dezembro, quando se oferece os presentes, exatamente como os Magos fizeram com o Menino Deus. Al\u00e9m das visitas aos pres\u00e9pios das igrejas e particulares, em algumas cidades realizam-se encontros de folias e pastorinhas, momento significativo para os grupos se confraternizarem e prestar homenagem coletiva ao Menino Deus, mantendo a tradi\u00e7\u00e3o e a f\u00e9.<\/p>\n Cada localidade foi se adequando, conforme as condi\u00e7\u00f5es, incentivo e reconhecimento da comunidade, sendo que, em alguns grupos, os detalhes recebem muita aten\u00e7\u00e3o, desde os instrumentos artesanais, as vestes, as m\u00e1scaras, os ensaios e os meios de transporte, contrastando com outros em que s\u00f3 o esfor\u00e7o em mobilizar os componentes consome muitas energias, comprometendo tudo. Os grupos mais tradicionais t\u00eam as seguintes forma\u00e7\u00f5es:<\/p>\n Cada grupo desenvolve seus cantos que s\u00e3o improvisados de acordo com as circunst\u00e2ncias. H\u00e1 um canto quando se chega \u00e0 casa, com a porta fechada; um quando a dona da casa recebe a bandeira e a conduz por seu interior, aben\u00e7oando a morada e a fam\u00edlia. Em seguida, junto ao pres\u00e9pio. Depois, o dono oferece um caf\u00e9 aos foli\u00f5es e logo \u00e9 feito o agradecimento. Se houve doa\u00e7\u00e3o, o grupo agradece novamente. \u00c9 um ritual cheio de significa\u00e7\u00e3o e emo\u00e7\u00e3o!<\/p>\n Em S\u00e3o Jo\u00e3o del Rei existe uma Folia de Reis<\/em> feminina, que \u00e9 raro, a foli\u00e3 \u00e9 Dona Lilia<\/em>, que conduz o grupo h\u00e1 alguns anos, revigorando a tradi\u00e7\u00e3o. Como os cantos s\u00e3o improvisados, \u00e9 da maior relev\u00e2ncia o registro das cantigas, o que tem sido feito pelo folclorista Ulisses Passareli<\/em>, em S\u00e3o Jo\u00e3o del Rei. Trabalho que poderia ser realizado em outras localidades para o registro desta manifesta\u00e7\u00e3o cultural t\u00e3o rica e cheia de espontaneidade.<\/p>\n As Pastorinhas<\/em> t\u00eam forma\u00e7\u00f5es diferentes, h\u00e1 grupos com meninos e meninas e h\u00e1 grupos somente de meninas. Em alguns, temos a participa\u00e7\u00e3o dos tr\u00eas Reis Magos<\/em>, pastores e as ciganas, que levam os cantos ao Menino Deus. Alguns grupos cantam e dan\u00e7am, com coreografia desenvolvida \u00e0 frente dos pres\u00e9pios. As vestes s\u00e3o bem cuidadas e os personagens levam oferendas para o Menino Deus. Grupos de Pastorinhas<\/em> est\u00e3o presentes em v\u00e1rias cidades mineiras e tamb\u00e9m pelo Brasil afora. A cada localidade, os cantos v\u00e3o se adaptando, mas mantendo o costume.<\/p>\n Hoje, seis de janeiro, Dia dos Santos Reis<\/em>, as Folias<\/em> e as Pastorinhas<\/em> estar\u00e3o percorrendo as ruas e visitando os pres\u00e9pios, exatamente como fizeram Baltazar, Melquior e Gaspar. Em Tiradentes, as Pastorinhas<\/em> n\u00e3o t\u00eam sa\u00eddo por falta de iniciativa e apoio. O foli\u00e3o Gilson Costa<\/em> consegue sair com a Folia de Reis<\/em> com grande esfor\u00e7o, por falta de reconhecimento e incentivo. No Dia de Reis<\/em> sua folia visitar\u00e1 o pres\u00e9pio do Largo das Forras, a partir das 20h00. N\u00e3o deixem de participar e incentivar esse grupo t\u00e3o importante para nossa cultura.<\/p>\n Aqui, aproveito para homenagear o foli\u00e3o Orlando Curi\u00f3<\/em>, falecido recentemente, que participou de tantas folias, levando canto e alegria a muitas fam\u00edlias e pres\u00e9pios. Acima, ilustrando o texto, o encontro em Mariana foi emocionante, com a participa\u00e7\u00e3o de grupos de todos os distritos e ainda mais convidados da regi\u00e3o, unindo v\u00e1rias gera\u00e7\u00f5es. (Fotos 1,2 e 3)<\/p>\n Views: 1<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Autoria de Luiz Cruz “Constituem patrim\u00f4nio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de refer\u00eancia \u00e0 identidade, \u00e0 a\u00e7\u00e3o, \u00e0 mem\u00f3ria dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira” (Constitui\u00e7\u00e3o da Rep\u00fablica Federativa do Brasil de 1988, Art. 216) No per\u00edodo de 25 de dezembro a seis de […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[24],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/16854"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=16854"}],"version-history":[{"count":6,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/16854\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":22491,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/16854\/revisions\/22491"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=16854"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=16854"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=16854"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}\n