O Prestidigitador<\/em>, feita em sua juventude, o artista traz como tema as ardilezas humanas. Ele estava com 25 anos \u00e0 \u00e9poca, e talvez por isso, ela seja bem menos aterradora do que as que viriam. Foram encontradas cinco vers\u00f5es desta pintura e tamb\u00e9m uma gravura, sendo a vista acima a mais aceita como original. Nesta obra, Bosch j\u00e1 d\u00e1 mostras de sua vis\u00e3o perspicaz e cr\u00edtica, ao demonstrar como as pessoas podem ser cr\u00e9dulas no trato com os vigaristas, e como sempre h\u00e1 quem queira passar o pr\u00f3ximo para tr\u00e1s.<\/p>\nUm espertalh\u00e3o armou sua banca pr\u00f3xima a um velho muro. As pessoas observam-no embasbacadas. Est\u00e3o presentes: uma mesa central, e sobre ela uma varinha m\u00e1gica, copos, bolas e uma r\u00e3. De um lado est\u00e1 o enganador e do outro se encontram nove adultos e uma crian\u00e7a. O grupo est\u00e1 separado da parte externa do local pelo muro alto.<\/p>\n
A enorme figura do velho, que se encontra curvada sobre a mesa, parece ter a impress\u00e3o de que est\u00e1 a expelir r\u00e3s pela boca, tamanha \u00e9 a sua perplexidade, assim como confirma o olhar e a postura curiosa do garotinho. Somente um jovem, que pousa a m\u00e3o no ombro da mulher, parece indiferente, enquanto sua acompanhante segura seu colar, possivelmente com medo de ser roubada. Por sua vez, o homem que se encontra \u00e0 sua direita, fingindo olhar para cima, est\u00e1 prestes a cortar a bolsa, que se encontra pendurada na cintura do velho. Poderia ser um c\u00famplice do embusteiro.<\/p>\n
Dentre as figuras que se encontram na composi\u00e7\u00e3o, apenas o charlat\u00e3o possui um chap\u00e9u preto, modelo que era usado anteriormente pelos nobres e posteriormente pela burguesia cheia de dinheiro. O ilusionista usa-o com o intuito de aparentar respeitabilidade. \u00c0 sua frente est\u00e1 seu cachorrinho, e encostado \u00e0 mesa, e de frente para o observador, encontra-se um aro, o que nos leva a supor que o animal salta atrav\u00e9s dele.<\/p>\n
O espertalh\u00e3o traz na m\u00e3o direita uma bolinha e na esquerda uma cesta. Dentro dessa \u00e9 poss\u00edvel ver a cabe\u00e7a de um animal, que tanto pode ser um macaco quanto uma coruja, esta \u00faltima presente em muitas obras do pintor. Por sua vez, \u00e0 \u00e9poca, o macaco simbolizava a esperteza, a inveja e a mal\u00edcia.<\/p>\n
Como o leitor poder\u00e1 perceber, n\u00e3o \u00e9 de hoje que se fazia o truque de passar bolas (pedras, moedas…) de um copo para outro, sem que o p\u00fablico notasse. E, apesar disso, muita gente ainda continua sendo enganada.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica<\/span>
\nAno: c. 1502
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre madeira
\nDimens\u00f5es: 53 x 65 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu Municipal, Saint-Germain-en-Laye, Fran\u00e7a<\/p>\nFontes de pesquisa<\/span>
\nLos secretos de las obras de arte\/ Taschen
\nBosch\/ Abril Cole\u00e7\u00f5es<\/p>\nViews: 15<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho O pintor holand\u00eas Hieronymus Bosch era um artista profundamente preocupado com a maldade humana, como comprovam suas obras. Levava consigo uma vis\u00e3o pessimista do ser humano, que, segundo ele, j\u00e1 vivia em pecado desde a expuls\u00e3o de Ad\u00e3o e Eva do Para\u00edso, estando a maioria j\u00e1 condenada aos horrores do […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/17223"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=17223"}],"version-history":[{"count":7,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/17223\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46576,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/17223\/revisions\/46576"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=17223"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=17223"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=17223"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}