<\/a><\/p>\nMuitas pessoas possuem sobre a \u00cdndia um conhecimento totalmente desvirtuado, pensando encontrar ali um pa\u00eds ex\u00f3tico, onde abunda a espiritualidade. Ex\u00f3tico sim, mas extremamente materialista, onde a chamada espiritualidade n\u00e3o passa de um r\u00f3tulo, para atrair turistas. Foi o escritor franc\u00eas, Marc Boulet, ao escrever o livro “Na pele de um dalit”, que narra a sua experi\u00eancia como um intoc\u00e1vel (dalit), quem p\u00f4s o pa\u00eds a nu, elucidando verdades profundas, at\u00e9 ent\u00e3o escondidas. E pode-se dizer que pouca gente conheceu a cultura indiana t\u00e3o de perto e a fundo quanto ele, na pele de Ram Munda. Segundo ele, muitos dos conhecimentos obtidos, antes de ir a esse pa\u00eds, eram totalmente falsos. Vejamos a \u00cdndia e os indianos sob sua \u00f3tica:<\/p>\n
1. Os indianos s\u00e3o intolerantes e violentos. Eles sentem uma profunda indiferen\u00e7a pela sorte do outro. Ignoram-no! Simplesmente se recusam a enxerg\u00e1-lo.<\/p>\n
2. Os poderosos tratam os mais pobres com uma viol\u00eancia vista em poucos lugares do mundo. Tratam-nos como escravos, coisas sem valor algum. Pois o respeito e a piedade pelos mais fracos n\u00e3o existem no aclamado pa\u00eds da espiritualidade. Os pobres e miser\u00e1veis s\u00e3o sempre oprimidos e esmagados. Mesmo quando os indianos praticam a caridade, fazem-no pensando na “pr\u00f3pria” evolu\u00e7\u00e3o e n\u00e3o no outro.<\/p>\n
3. A viol\u00eancia contra os considerados intoc\u00e1veis \u00e9 pregada nos textos sagrados, nas castas e no ego\u00edsmo hindu. Qualquer coisa \u00e9 motivo para que apanhem. Tudo o que fazem \u00e9 visto como insulto \u00e0s castas mais ricas. A pol\u00edcia \u00e9 brutal. Nem os loucos passam imunes. A viol\u00eancia parece ser a resposta para tudo. Os indianos est\u00e3o sempre repetindo: \u201cQuero bater em voc\u00ea!\u201d. Trata-se de um povo brutal e sem generosidade.<\/p>\n
4. Os hindus (praticantes do hindu\u00edsmo) de casta elevada s\u00e3o incoerentes na busca pela pureza, pois a conduta deles \u00e9 totalmente orientada pela religi\u00e3o. Embora sigam uma dieta vegetariana e sem \u00e1lcool, sendo que os mais ortodoxos n\u00e3o comem nem cebola e alho, considerados impuros, a maioria consome drogas \u00e0 base de cannabis<\/em>. E muitos comem carne de cabra ou de frango e se embriagam \u00e0s escondidas. Sem falar no grande n\u00famero de trapaceiros, sempre querendo obter vantagem, passando o outro para tr\u00e1s.<\/p>\n5. Os br\u00e2manes s\u00e3o fechados e intolerantes, embora assumam uma apar\u00eancia honesta e civilizada. \u00c9 verdadeiro que fomentam a viol\u00eancia contra os intoc\u00e1veis, que t\u00eam horror a eles. pois s\u00e3o cru\u00e9is e perversos.<\/p>\n
6. Gurus abundam na \u00cdndia. Em cada cruzamento \u00e9 poss\u00edvel ver, no m\u00ednimo, um guru, um fil\u00f3sofo ou um santo. Verdadeiro ou impostor. A maioria deles \u00e9 uma fraude, vive a tirar dinheiro dos incautos. O pa\u00eds tamb\u00e9m \u00e9 farto em adivinhos, curandeiros e astr\u00f3logos. E ali nada se faz sem uma consulta pr\u00e9via a eles.<\/p>\n
7. \u00c9 surpreendente o julgamento que os indianos fazem sobre os ocidentais, em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s mulheres. Dizem que os ocidentais n\u00e3o respeitam as mulheres, ao olharem diretamente em seus olhos e se sentarem perto delas. A moral indiana pro\u00edbe qualquer gesto que possa despertar a sexualidade, de modo que as rela\u00e7\u00f5es sociais entre homens e mulheres ficam no campo do estritamente necess\u00e1rio. A tradi\u00e7\u00e3o hindu reza que a mulher \u00e9 apenas um v\u00edcio concentrado sob o umbigo e um instrumento do diabo para tentar os homens. Ela \u00e9 comparada ao jogo e ao \u00e1lcool. E, para eliminar esse v\u00edcio \u00e9 necess\u00e1rio que se case na puberdade.
\nAs famosas Leis de Manu<\/em>, que governam a sociedade hindu estipulam que \u201cDeus atribuiu \u00e0 mulher a c\u00f3lera, a desonestidade, a mal\u00edcia e a imoralidade (…) Do nascimento at\u00e9 a morte, ela depende de um homem: primeiro de seu pai, depois de seu marido e, ap\u00f3s a morte desse, de seu filho (…) N\u00e3o tem o direito de possuir bens.\u201d<\/em> .<\/p>\n8. Antigamente, as vi\u00favas eram sacrificadas na pira funer\u00e1ria do marido. Os brit\u00e2nicos aboliram esse costume, ainda comum nas aldeias afastadas. Normalmente, se h\u00e1 cadeiras, os homens sentam-se nelas, enquanto as mulheres assentam-se no ch\u00e3o. Eles comem antes delas e as trancam em casa. Isso acontece at\u00e9 entre os intoc\u00e1veis, onde as mulheres possuem mais liberdade, podendo sair, fumar e beber.<\/p>\n
9. Os maridos batem em suas mulheres pelas faltas cometidas, sem que elas possam se queixar a sua fam\u00edlia. Ela pertence ao marido, como se fosse um objeto, e dela ele pode dispor como bem lhe aprouver. As Leis de Manu rezam que \u201cUm marido, mesmo b\u00eabado, leproso, s\u00e1dico ou violento, deve ser venerado como um deus.\u201d<\/em>.<\/p>\n10. O casamento hindu n\u00e3o passa de uma m\u00e1quina de fazer filhos. A mulher nunca \u00e9 vista como uma amante, mas como cozinheira e m\u00e3e dos filhos. As uni\u00f5es s\u00e3o arranjadas e end\u00f3gamas. As tradi\u00e7\u00f5es ligam a mulher ao marido como o patr\u00e3o est\u00e1 ligado ao escravo. Com o tempo, o amor e a amizade podem nascer, assim como nascem entre o cachorro e seu dono. A condi\u00e7\u00e3o vivida pelas mulheres incentiva o assassinato. Como o div\u00f3rcio \u00e9 uma inf\u00e2mia para o marido, s\u00f3 a morte da esposa d\u00e1 uma liberdade honrosa a ele. \u00c9 comum a mulher ser borrifada com gasolina e queimada viva. Na maioria das vezes o motivo \u00e9 o dote.<\/p>\n
11. A endogamia (casamento entre indiv\u00edduos do mesmo grupo, casta…) \u00e9 vista pelo hindu\u00edsmo, como uma maneira de melhorar a ra\u00e7a indiana, de purific\u00e1-la, de modo que n\u00e3o venha a se degenerar. Na \u00cdndia, os seres humanos s\u00e3o acasalados como os animais dom\u00e9sticos no Ocidente: segundo o pedigree, ou seja, a casta. N\u00e3o se cruza um vira lata com um buldogue, assim como um br\u00e2mane n\u00e3o se une a um ferreiro. E caso um cruzamento desses venha a acontecer, dele nascer\u00e1 um “chandal”, seres que originalmente constitu\u00edram a classe dos intoc\u00e1veis.<\/p>\n
12. Os indianos acham-se especiais em tudo, superiores aos estrangeiros. Consideram-se mais civilizados do que qualquer outro povo e acham a cultura indiana a melhor do mundo, de modo que, qualquer outra est\u00e1 abaixo dela. Sentem pelo estrangeiro um grande desprezo. Veem-no como um b\u00e1rbaro, um intoc\u00e1vel. Todo aquele, que n\u00e3o pratica o hindu\u00edsmo, aos olhos dos hindus, n\u00e3o \u00e9 civilizado e seus costumes ficam abaixo dos costumes dos intoc\u00e1veis.<\/p>\n
13. Os estrangeiros s\u00e3o repugnantes, porque comem o cad\u00e1ver de um animal sagrado, a vaca. Destacam o fato de os ocidentais, ao defecarem, limparem-se com papel higi\u00eanico, em vez de se lavarem. Por isso continuam sempre sujos. Criticam tamb\u00e9m o fato de os estrangeiros assuarem o nariz em um pano, que guardam no bolso, para uma nova utiliza\u00e7\u00e3o, pois os indianos n\u00e3o usam len\u00e7o. Eles apertam as narinas, uma de cada vez, e expulsam o muco do nariz. Fazem isso em qualquer lugar p\u00fablico, at\u00e9 mesmo no meio da rua, quando se sentem \u00e0 vontade, sem se preocuparem com os micr\u00f3bios lan\u00e7ados na atmosfera.<\/p>\n
14. O mesmo eles fazem com os excrementos. Consideram que conservar mat\u00e9rias impuras no interior do corpo n\u00e3o \u00e9 auspicioso. E diante de tal justificativa, abaixam a cal\u00e7a na rua. N\u00e3o h\u00e1 preocupa\u00e7\u00e3o com a limpeza coletiva, apenas com a individual. Sentem um grande desprezo pelas castas pobres. E sempre dizem pertencer a uma casta superior \u00e0 que pertencem de verdade. Mentem muito!<\/p>\n
15. Na \u00cdndia come-se sem talhar, com os dedos da m\u00e3o direita. A m\u00e3o esquerda \u00e9 usada para lavar o \u00e2nus. N\u00e3o se concebe a ideia de o estrangeiro usar as duas m\u00e3os para o mesmo fim. Dizem que os h\u00e1bitos alimentares e higi\u00eanicos dos estrangeiros causam repugn\u00e2ncia. E que eles tornam impuro tudo o que tocam. Por isso, recusam-se a usar um utens\u00edlio usado por um estranho.<\/p>\n
16. O estrangeiro \u00e9 muito visado em todo o pa\u00eds. N\u00e3o pode passear sem ser parado a todo o momento por mendigos, traficantes, fedelho com endere\u00e7os de encontros amorosos, vendedores ambulantes, homens \u201csantos\u201d, barqueiros, barbeiros, astr\u00f3logos, sacerdotes que benzem… H\u00e1 sempre algu\u00e9m importunando, querendo vender alguma coisa, ou oferecendo algum tipo de servi\u00e7o. O indiano \u00e9 metido a sabich\u00e3o. N\u00e3o possui respeito pelo estrangeiro, mas sim pelo que pode extrair dele. Chama-os de \u201cmacacos vermelhos\u201d. Tamb\u00e9m evita o contato com esses, para que n\u00e3o possa se sujar.<\/p>\n
17. Apesar da falsa impress\u00e3o que um estrangeiro possa ter sobre o recato dos indianos, esses adoram falar sobre sexo e dizer palavr\u00f5es. Co\u00e7am os test\u00edculos publicamente e os ajeitam o tempo todo, como um desejo de mostrar virilidade. E se julgam os tais na arte do amor. No entanto, a sexualidade dos indianos carrega problemas, como os encontrados em qualquer outra civiliza\u00e7\u00e3o: impot\u00eancia, brutalidade nas rela\u00e7\u00f5es, aus\u00eancia de intimidade, casamentos de conveni\u00eancia, etc.<\/p>\n
18. O indiano n\u00e3o pronuncia tr\u00eas express\u00f5es comuns a um povo educado: Desculpe!\/ Obrigado!\/ Por favor! N\u00e3o \u00e9 um povo cort\u00eas, \u00e9 descort\u00eas mesmo. E n\u00e3o se melindra com nada, tampouco sabe o porqu\u00ea de ter que se pedir desculpas. Nunca acha que esteja incomodando. E, mesmo que estivesse, isso n\u00e3o tem a menor import\u00e2ncia. O pr\u00f3prio hindu\u00edsmo insiste nos deveres do indiv\u00edduo em rela\u00e7\u00e3o a si mesmo. O que torna as pessoas ego\u00edstas e m\u00e1s.<\/p>\n
Fonte de pesquisa<\/span>
\nNa Pele de um Dalit\/ Marc Boulet.<\/p>\nNota:<\/span> imagem de Os Simpsons<\/p>\nViews: 33<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho Muitas pessoas possuem sobre a \u00cdndia um conhecimento totalmente desvirtuado, pensando encontrar ali um pa\u00eds ex\u00f3tico, onde abunda a espiritualidade. Ex\u00f3tico sim, mas extremamente materialista, onde a chamada espiritualidade n\u00e3o passa de um r\u00f3tulo, para atrair turistas. Foi o escritor franc\u00eas, Marc Boulet, ao escrever o livro “Na pele de […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[18],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/17734"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=17734"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/17734\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46594,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/17734\/revisions\/46594"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=17734"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=17734"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=17734"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}