{"id":18469,"date":"2015-05-22T00:22:28","date_gmt":"2015-05-22T03:22:28","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=18469"},"modified":"2015-10-09T22:42:40","modified_gmt":"2015-10-10T01:42:40","slug":"o-fazendeiro-e-o-indio","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/o-fazendeiro-e-o-indio\/","title":{"rendered":"O FAZENDEIRO E O \u00cdNDIO"},"content":{"rendered":"

Autoria de Suedro Potiele<\/strong><\/p>\n

\"leo12\"<\/a><\/p>\n

Certa vez um fazendeiro
\nContratou como empregado
\nUm \u00edndio muito d\u00f3cil
\nPor\u00e9m n\u00e3o modernizado,
\nAt\u00e9 que um dia, para curtir
\nA folga de um feriado,
\nO fazendeiro foi \u00e0 cidade
\nDo nativo acompanhado.<\/p>\n

Na cidade, os dois chegando,
\nO fazendeiro se sentou
\nNo banco de uma pra\u00e7a
\nE pro \u00edndio assim falou:
\n– Vai buscar \u00e1gua pra mim<\/em>
\nPorque com este calor<\/em>
\nMinha goela t\u00e1 t\u00e3o seca<\/em>
\nQue at\u00e9 se esturricou<\/em>.<\/p>\n

O \u00edndio, obediente
\nApesar de ignorante,
\nMunido de um caneco
\nL\u00e1 se foi no mesmo instante
\n\u00c0 procura de \u00e1gua fresca
\nAt\u00e9 que, ap\u00f3s andar bastante,
\nApenas por intui\u00e7\u00e3o
\nVeio parar num restaurante.<\/p>\n

O \u00edndio neste recinto
\nN\u00e3o sabia o que fazer
\nAt\u00e9 que um dos gar\u00e7ons
\nResolveu lhe atender
\nPerguntando gentilmente:
\n– O que voc\u00ea vai querer<\/em>
\n– \u00c1gua fresca<\/em> \u2013 disse o \u00edndio \u2013
\nQue \u00e9 pro meu patr\u00e3o beber.<\/em><\/p>\n

Uma vez que vivia
\nOcupado o tempo inteiro
\nO gar\u00e7om s\u00f3 lhe indicou
\nA dire\u00e7\u00e3o do banheiro
\nE o nativo agradecendo
\nFoi mais do que ligeiro
\nApanhar a dita cuja
\nQue levou ao fazendeiro.<\/p>\n

Ap\u00f3s salvar o l\u00edquido
\nSem ao menos desconfiar
\nQue de onde ele viera
\nN\u00e3o conv\u00e9m nem relatar,
\nO homem ainda sedento
\nN\u00e3o hesitou em ordenar
\nQue o \u00edndio fosse outra vez
\nDa mesma \u00e1gua, buscar.<\/p>\n

S\u00f3 que o \u00edndio desta vez
\nApenas foi e retrocedeu.
\nVendo o \u00edndio sem a \u00e1gua
\nO patr\u00e3o o repreendeu:
\n– Por que n\u00e3o trouxe a \u00e1gua?<\/em>
\nO que foi que aconteceu?<\/em>
\nAo que o \u00edndio esbravejando,
\nDeste jeito respondeu:<\/p>\n

– Patr\u00e3o, me desculpe,<\/em>
\nMas t\u00f4 aqui pelo pesco\u00e7o<\/em>
\nPorque aqui na cidade<\/em>
\nTem cada sujeito grosso.<\/em>
\nEu n\u00e3o pude apanhar a \u00e1gua<\/em>
\nFoi por causa de um mo\u00e7o.<\/em>
\nO mal-educado tava<\/em>
\nSentado em cima do po\u00e7o.<\/em><\/p>\n

Nota:<\/span> ilustra\u00e7\u00e3o do autor
\nExtra\u00eddo do livro: Cordel Engra\u00e7ado
\nContato com o autor:
\nCelular: 8711-3714<\/p>\n

Views: 8<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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