<\/a><\/p>\nQuem pensa, que conhece tudo sobre a hist\u00f3ria de nosso Sistema Solar, anda muito enganado. Pouca gente sabe, por exemplo, que bem antigamente, quando os primeiros \u00edndios come\u00e7aram a habitar a Terra, a Lua e o Sol eram tamb\u00e9m pessoas como eles. Por isso, tudo era um breu, uma escurid\u00e3o sem fim. Se n\u00e3o fossem pelas estrelas, a alumiar nosso planeta, ainda que fosse com uma ilumina\u00e7\u00e3o bem fraquinha, poder-se-ia dizer que n\u00e3o havia beleza no mundo. Com a ajuda delas e com a dos vaga-lumes, que os ind\u00edgenas criavam para iluminar suas ocas, as gentes encontravam madeira para fazer archotes e fogueiras, trazendo vida para os lugares onde viviam, inclusive\u00a0 fazendo suas festas.<\/p>\n
O Sol, que era um mo\u00e7o de uma aldeia distante, muito bem apessoado e desejado por toda \u00edndia que o encontrasse, viu a indiazinha Lua, que se parecia com uma flor-de-mios\u00f3tis, numa festa para a qual fora convidado. Bastou uma troca de olhar para que os dois ficassem apaixonados. Tudo teria dado certo, se a Lua n\u00e3o fosse demasiadamente orgulhosa, querendo ser a mais rica e a mais bela de todas as mulheres das aldeias pr\u00f3ximas e distantes. Al\u00e9m disso, exigia que o Sol andasse cada vez mais enfeitado, com as penas das aves mais formosas que pudesse encontrar. Com o tempo, passou a disputar com ele nos atavios. O pai da Lua j\u00e1 vivia cansado \u00e0 cata de penas para manter a vaidade da filha, que nunca se comprazia com coisa alguma. Queria mais e mais!<\/p>\n
De uma feita, estavam o Sol e o pai de sua amada procurando belos enfeites, quando viram um p\u00e1ssaro majestoso, nunca visto at\u00e9 ent\u00e3o por ali, pousar numa \u00e1rvores. Para encurtar conversa, mataram a ave e ficaram brigando pelo despojo. Resolveram, depois de muita disputa, que as penas seriam divididas entre o Sol e a Lua. Mas nenhum dos dois amantes aceitou. Cada um queria o lote todo para si. A disputa estava cerrada. Foi nessa hora que ave de penas majestosas, at\u00e9 ent\u00e3o tida como morta, tomou a forma do deus Tup\u00e3. Toda a aldeia ajoelhou-se diante dele. E Tup\u00e3, com sua voz forte e entristecida, dirigiu-se ao casal:<\/p>\n
– Envaidecidos e assoberbados humanos, que s\u00f3 pensam em si, sem jamais voltar o olhar para o pr\u00f3ximo. Tampouco se apiedam dos animais, que matam, para roubar-lhes os atrativos que eu lhes dei. Se os dois desejam ser opulentos e cultuados, assim ser\u00e3o, daqui para frente. O Sol ter\u00e1 um trono de ouro, enquanto a Lua ter\u00e1 um de prata. Os dois vagar\u00e3o pelo Universo, sem nunca mais se encontrarem.<\/p>\n
E assim aconteceu!<\/p>\n
Nota:<\/span> imagem copiada de apascentarospequeninos.blogspot.com<\/em><\/p>\nViews: 79<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Recontada por Lu Dias Carvalho Quem pensa, que conhece tudo sobre a hist\u00f3ria de nosso Sistema Solar, anda muito enganado. Pouca gente sabe, por exemplo, que bem antigamente, quando os primeiros \u00edndios come\u00e7aram a habitar a Terra, a Lua e o Sol eram tamb\u00e9m pessoas como eles. Por isso, tudo era um breu, uma escurid\u00e3o […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[36],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19489"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=19489"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19489\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46729,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19489\/revisions\/46729"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=19489"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=19489"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=19489"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}