{"id":19495,"date":"2015-06-20T20:27:23","date_gmt":"2015-06-20T23:27:23","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=19495"},"modified":"2022-08-12T19:12:00","modified_gmt":"2022-08-12T22:12:00","slug":"a-lenda-do-guarana","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/a-lenda-do-guarana\/","title":{"rendered":"A LENDA DO GUARAN\u00c1 (I)"},"content":{"rendered":"

Recontada por Lu Dias Carvalho
\n<\/strong><\/p>\n

\"sol12\"<\/a>
\nContam os habitantes mais velhos de certa aldeia tupi, alojada no cora\u00e7\u00e3o da floresta Amaz\u00f4nica brasileira, que havia na taba um casal de \u00edndios que era muito feliz. Eles se amavam muito, estando sempre um a ajudar e proteger o outro, sem falar que eram generosos com todos aqueles que os procuravam. A \u00fanica coisa que lhes faltava, para arrematar tamanha felicidade, era um filho.<\/p>\n

O casal pediu a Tup\u00e3 que os aben\u00e7oasse com um garotinho cheio de sa\u00fade, e, que esse tivesse o cora\u00e7\u00e3o transbordante de bondade. Outras pessoas da aldeia tamb\u00e9m fizeram o mesmo pedido. E Tup\u00e3 ouviu-os, enviando-lhes uma crian\u00e7a encantadora, meiga e generosa como seus pais. E toda a tribo tinha por ela um grande amor. Tanto os pais quanto os \u00edndios mais velhos ensinavam-na todos os segredos da floresta. Ou melhor, apenas um n\u00e3o foi lhe dado a conhecer: o que era o Jurupari. Por mais que o “mitang” (menino) perguntasse, as pessoas achavam que ele ainda estava muito novo para receber tal informa\u00e7\u00e3o. Necessitava ficar um pouco mais velho.<\/p>\n

Por sua vez, o Jurupari, um dos dem\u00f4nios conhecidos pela na\u00e7\u00e3o tupi, tomou conhecimento da exist\u00eancia desse garoto nobre, leal e valente, e passou a espumar de raiva. Ele n\u00e3o gostava de ningu\u00e9m que fosse inteligente e bondoso. Achava que o procedimento da crian\u00e7a, com o tempo, iria transformar outras pessoas, levando-as para o caminho do bem. Mas isso n\u00e3o iria ficar assim. Daria um fim naquele fedelho, pensava ele carregado de \u00f3dio. Passou a estudar a melhor maneira de matar o pequenino.<\/p>\n

Como o “mitang” gostasse muito da companhia dos animais, das \u00e1rvores, dos rios e, sobretudo, de comer as frutas deliciosas da floresta ao lado dos bichos, assim que ele se levantava, ia para o cora\u00e7\u00e3o da selva encontrar-se com seus amigos. E foi a\u00ed que o Jurupari encontrou uma sa\u00edda para mat\u00e1-lo: transformar-se-ia numa cobra venenosa e acabaria com a sua ra\u00e7a. E assim aconteceu.<\/p>\n

A crian\u00e7a foi encontrada morta, sendo chorada por toda a aldeia, por\u00e9m, repentinamente, um ensurdecedor trov\u00e3o, antecedido por um intenso rel\u00e2mpago, estrondou por todos os lados da floresta. Os bichos correram para suas tocas, amedrontados, e as pessoas n\u00e3o entendiam o porqu\u00ea, pois o c\u00e9u estava azulzinho como a plumagem de uma gralha-do-campo. Somente a m\u00e3e da crian\u00e7a entendeu a mensagem enviada por Tup\u00e3. Ela disse:<\/p>\n

– N\u00e3o choremos mais! Tup\u00e3 quer que plantemos os olhos de nosso filho. Deles nascer\u00e1 uma planta miraculosa, de modo que seus pequenos frutos h\u00e3o de fazer nosso povo feliz, assim como fazia nossa crian\u00e7a \u00e0 nossa gente.<\/p>\n

E foi assim que nasceu o guaran\u00e1<\/em> que significa “frutos semelhantes a olhos de gente<\/em>.”.<\/p>\n

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Recontada por Lu Dias Carvalho Contam os habitantes mais velhos de certa aldeia tupi, alojada no cora\u00e7\u00e3o da floresta Amaz\u00f4nica brasileira, que havia na taba um casal de \u00edndios que era muito feliz. Eles se amavam muito, estando sempre um a ajudar e proteger o outro, sem falar que eram generosos com todos aqueles que […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[36],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19495"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=19495"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19495\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46693,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19495\/revisions\/46693"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=19495"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=19495"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=19495"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}