{"id":19498,"date":"2015-06-20T00:25:13","date_gmt":"2015-06-20T03:25:13","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=19498"},"modified":"2022-08-12T19:12:40","modified_gmt":"2022-08-12T22:12:40","slug":"a-lenda-do-uirapuru-i","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/a-lenda-do-uirapuru-i\/","title":{"rendered":"A LENDA DO UIRAPURU (I)"},"content":{"rendered":"

Recontada por Lu Dias Carvalho
\n<\/strong><\/p>\n

\"sol123\"<\/a><\/p>\n

Em certa aldeia situada na floresta Amaz\u00f4nica, existiam duas indiazinhas que eram muito amigas. Dividiam tudo que possu\u00edam e, onde uma estava a outra tamb\u00e9m ali se encontrava. Toda a aldeia comentava que nunca vira uma amizade t\u00e3o bonita e leal. Mas eis que, passeando pela selva, elas encontraram um belo guerreiro de uma tribo vizinha. Imediatamente, as duas garotas enamoraram-se do jovem, mas sem que uma dissesse \u00e0 outra, pois temiam ser rejeitadas pelo valente guerreiro. Diziam apenas que se encontravam apaixonadas, mas n\u00e3o sabiam se eram correspondidas. E assim que tivessem certeza de que o amor era m\u00fatuo, revelariam os sujeitos de tamanho ardor.<\/p>\n

Certo dia, com o cora\u00e7\u00e3o explodindo de tanta paix\u00e3o, uma delas resolveu contar o seu segredo. E, para sua surpresa, a amiga estava apaixonada pelo mesmo \u00edndio que ela. Ainda assim, n\u00e3o desfizeram a amizade, e resolveram perguntar-lhe qual das duas ele amava.\u00a0 Para espanto das garotas, ele disse amar as duas. Mas isso n\u00e3o estava certo, conforme as regras da tribo. Para resolver com qual se casaria, o guerreiro apresentou-lhes uma prova: aquela que flechasse certa ave, ap\u00f3s sua ordem, seria a escolhida. E, como haveria de ser, apenas uma delas ganhou.<\/p>\n

O guerreiro ind\u00edgena casou-se com a vencedora, mas a outra ficou inconsol\u00e1vel, pois amor n\u00e3o \u00e9 coisa que a gente joga fora quando quer. Sem falar que n\u00e3o mais\u00a0 teria a companhia da amiga como antes. Ent\u00e3o ela chorou, mas chorou tanto, que suas l\u00e1grimas criaram um novo riacho. Ao ver aquele pequeno rio at\u00e9 ent\u00e3o inexistente, Tup\u00e3 foi ver o que estava acontecendo. Ele encontrou a jovem \u00edndia desfazendo-se em l\u00e1grimas. Ela lhe disse que sentia saudades da amiga e do guerreiro. Queria pelo menos v\u00ea-los, mas eles iriam perceber como se encontrava desolada. Ela ent\u00e3o foi transformada num passarinho, pelo deus Tup\u00e3, e foi visitar o casal. Mas ao ver a felicidade dos dois, sentiu-se mais triste ainda.<\/p>\n

Tup\u00e3 n\u00e3o queria ver aquela jovem, que virara um passarinho, desfazendo-se em tristeza. Resolveu, ent\u00e3o, dar-lhe um canto t\u00e3o maravilhoso, mas t\u00e3o belo, que fosse capaz de parar todo o vozeio das aves, para escut\u00e1-la, e ao ouvir a belezura de sua voz, ela pr\u00f3pria\u00a0 sentir-se-ia alegre. E assim aconteceu . Deu-lhe o nome de uirapuru<\/em>, que alguns chamam de irapuru<\/em>, guirapuru<\/em>, arapuru<\/em>, irapur\u00e1<\/em>, virapuru<\/em>, tangar\u00e1<\/em>, dentre outros nomes.<\/p>\n

Nota:<\/span> Escutem a voz melodiosa do p\u00e1ssaro e a m\u00fasica que o tornou famoso, clicando nos links abaixo:<\/p>\n

CANTO DO UIRAPURU<\/a><\/b><\/p>\n

M\u00daSICA O UIRAPURU<\/a><\/b><\/p>\n

Uirapuru<\/span>
\nComposi\u00e7\u00e3o de Jacobina\/ Murilo Latini<\/p>\n

Uirapuru, uirapuru
\nSeresteiro cantador do meu sert\u00e3o
\nUirapuru, uirapuru
\nTens no canto as m\u00e1goas do meu cora\u00e7\u00e3o!
\nA mata inteira fica muda ao teu cantar
\nTudo se cala para ouvir sua can\u00e7\u00e3o
\nQue vai ao c\u00e9u numa sentida melodia
\nVai a Deus em forma triste de ora\u00e7\u00e3o!
\nSe Deus ouvisse o que te sai do cora\u00e7\u00e3o
\nEntenderia que \u00e9 de dor, tua can\u00e7\u00e3o
\nE dos seus olhos tanto pranto rolaria
\nQue daria pra salvar o meu sert\u00e3o!<\/p>\n

Views: 5<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Recontada por Lu Dias Carvalho Em certa aldeia situada na floresta Amaz\u00f4nica, existiam duas indiazinhas que eram muito amigas. Dividiam tudo que possu\u00edam e, onde uma estava a outra tamb\u00e9m ali se encontrava. Toda a aldeia comentava que nunca vira uma amizade t\u00e3o bonita e leal. Mas eis que, passeando pela selva, elas encontraram um […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[36],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19498"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=19498"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19498\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46695,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19498\/revisions\/46695"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=19498"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=19498"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=19498"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}