{"id":19607,"date":"2015-07-22T23:59:01","date_gmt":"2015-07-23T02:59:01","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=19607"},"modified":"2022-08-12T19:44:24","modified_gmt":"2022-08-12T22:44:24","slug":"a-lenda-do-guarana-ii","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/a-lenda-do-guarana-ii\/","title":{"rendered":"A LENDA DO GUARAN\u00c1 (II)"},"content":{"rendered":"

Recontada por Lu Dias Carvalho
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\"man12\"<\/a><\/p>\n

O indiozinho nasceu com os olhos mais bonitos da Floresta Amaz\u00f4nica, at\u00e9 ent\u00e3o jamais vistos entre os habitantes da aldeia. A oca de seus pais vivia cheia de mulheres prenhes, mirando nos olhos do pequenino, para que seus filhos fossem agraciados com tamanha maravilha. \u00c0 medida que ele crescia, tornava-se cada vez mais esperto, ajudando seus pais numa coisa e noutra. Tamb\u00e9m gostava de colher frutas com os garotos de sua idade.<\/p>\n

.Assim que o dia clareava, l\u00e1 estava o garoto ind\u00edgena com o cesto \u00e0s costas, coletando frutas das mais variadas esp\u00e9cies e sabores. Certa manh\u00e3, estava t\u00e3o embevecido com o seu trabalho, que nem percebeu que se afastava dos amigos que o acompanhavam. E, sem se dar conta, foi cada vez mais se embrenhando na selva. Perdido em meio \u00e0quele mundar\u00e9u de sons e de tantos perigos desconhecidos, procurou o oco de uma \u00e1rvore bem alta, para ali pernoitar. Contudo, o Jurupari, um esp\u00edrito malfeitor da floresta, sempre \u00e0 cata das pessoas solit\u00e1rias, n\u00e3o se detinha diante de obst\u00e1culo algum, quando via uma v\u00edtima indefesa. O malvado sentiu prazer em tirar a vida do indiozinho inocente, em cujo corpo moravam os olhos mais lindos da floresta.<\/p>\n

Homens, mulheres e jovens da aldeia passaram toda a noite \u00e0 procura do menino \u00edndio, selva adentro. Depois veio o dia, prosseguindo a busca incans\u00e1vel. Quando o sol bandeava para o meio do c\u00e9u, um dos grupos de busca encontrou o cesto de frutas no p\u00e9 de uma alta \u00e1rvore. Dois guerreiros subiram at\u00e9 sua copa e l\u00e1, para desola\u00e7\u00e3o de todos, estava o corpo do pequeno \u00edndio. Durante um dia e uma noite, a aldeia velou, entre lamentos e l\u00e1grimas, o corpo do indiozinho. Mas, em meio \u00e0quela dor, na qual sucumbia a tribo, um trovou chamou a aten\u00e7\u00e3o para a voz de Tup\u00e3, que disse \u00e0 tribo:<\/p>\n

– Peguem os olhos do pequeno \u00edndio e plantem-no junto a uma \u00e1rvore j\u00e1 destitu\u00edda de vida. Reguem-na com as l\u00e1grimas de seu povo. E aguardem o brotar de uma nova esp\u00e9cie de planta, cujos frutos ofertar\u00e3o um suco energ\u00e9tico, capaz de tornar fortes todos os que o tomarem. E vir\u00e1 um tempo em que muitos homens, em v\u00e1rias partes do mundo, procurar\u00e3o por ele. O fruto ter\u00e1 o nome de Guaran\u00e1, que significa “a \u00e1rvore da vida e da vitalidade”.<\/p>\n

E assim aconteceu.<\/p>\n

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Recontada por Lu Dias Carvalho O indiozinho nasceu com os olhos mais bonitos da Floresta Amaz\u00f4nica, at\u00e9 ent\u00e3o jamais vistos entre os habitantes da aldeia. A oca de seus pais vivia cheia de mulheres prenhes, mirando nos olhos do pequenino, para que seus filhos fossem agraciados com tamanha maravilha. \u00c0 medida que ele crescia, tornava-se […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[36],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19607"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=19607"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19607\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46755,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/19607\/revisions\/46755"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=19607"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=19607"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=19607"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}