<\/a><\/p>\nOs deuses criaram a Terra, os animais e a humanidade. Aqui embaixo tudo transcorria na mais perfeita paz e harmonia. Embora n\u00e3o houvesse leis determinadas, reinava a inoc\u00eancia, a verdade e a justi\u00e7a. O homem era tido como animal superior, zelando pela flora, fauna, \u00e1guas e de tudo que fazia parte desse novo mundo. Em troca, a Terra, que vivia numa eterna primavera, acumulava-o de bens, suprindo todas as suas necessidades, sem que tivesse necessidade de trabalhar. Ela era t\u00e3o dadivosa, que nem era preciso plantar sementes para a produ\u00e7\u00e3o de alimentos. Os rios, em vez de \u00e1gua, eram cheios de leite e de vinho. As \u00e1rvores vertiam mel abundantemente. Vivia-se a Idade de Ouro<\/em>.<\/p>\nTransforma\u00e7\u00f5es aconteceram com a humanidade que passou a desviar-se da retid\u00e3o. O poderoso deus J\u00fapiter optou por fazer mudan\u00e7as na organiza\u00e7\u00e3o terrena. A primavera deixou de ser eterna e subdividiu-se em quatro esta\u00e7\u00f5es. E com elas vieram a severidade do frio e a rudeza do calor. Para proteger-se, a humanidade teve que buscar abrigo, a princ\u00edpio nas cavernas e depois em cabanas. A Terra n\u00e3o mais dava tudo de m\u00e3o beijada. Tornou-se necess\u00e1rio plantar para colher. O homem conheceu o suor de seu corpo. Ainda assim, ele levava uma vida muito boa, apenas inferior \u00e0 idade passada. Vivia-se a Idade de Prata<\/em>.<\/p>\nMesmo com as mudan\u00e7as proporcionadas por J\u00fapiter, a humanidade n\u00e3o aprendeu que era preciso retomar a vida de inoc\u00eancia, verdade e justi\u00e7a. Ao contr\u00e1rio, mostrava-se indiferente \u00e0s li\u00e7\u00f5es de J\u00fapiter. Parte dela j\u00e1 vivia sob o poder de certas armas, ainda que toscas. Mesmo assim, ainda havia esperan\u00e7a no cora\u00e7\u00e3o dos deuses. Eles torciam para o retorno \u00e0 vida de antes, bastando apenas corrigir o mal que n\u00e3o havia tomado conta de toda a Terra. Vivia-se a Idade do Bronze<\/em>.<\/p>\nE por \u00faltimo, a Terra viveu seu pior momento com a Idade do Ferro<\/em>. A humanidade havia perdido todo o senso da raz\u00e3o. N\u00e3o se importava com os deuses e tampouco com os pr\u00f3prios semelhantes e demais formas de vida. A criminalidade fez-se presente. A mod\u00e9stia, a verdade, a justeza e a honra cederam lugar \u00e0 viol\u00eancia, \u00e0 corrup\u00e7\u00e3o, ao ego\u00edsmo exacerbado, \u00e0 sede de poder e \u00e0 estupidez. \u00c1rvores foram sendo aniquiladas e a terra deixou de ser comunit\u00e1ria, para ser dividida em posses, numa briga feroz. Perfuraram-lhe o corpo em busca de metais preciosos, sugando o ouro, a prata, o ferro… E por eles surgiu a guerra com suas armas cada vez mais mort\u00edferas. N\u00e3o havia confian\u00e7a nem mesmo entre pai e filho ou marido e mulher. O sangue passou a banhar a terra. Os deuses ent\u00e3o a abandonaram, ficando apenas Astreia (deusa da inoc\u00eancia e da pureza) talvez por acreditar, inocentemente, que ainda poderia salvar a humanidade.<\/p>\nNota:<\/span> imagem copiada de dodecateismo.blogspot.com<\/em><\/p>\nFontes de Pesquisa<\/span>
\nMitologia\/ Thomas Bulfinch
\nMitologia\/ LM<\/p>\nViews: 5<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Recontado por Lu Dias Carvalho Os deuses criaram a Terra, os animais e a humanidade. Aqui embaixo tudo transcorria na mais perfeita paz e harmonia. Embora n\u00e3o houvesse leis determinadas, reinava a inoc\u00eancia, a verdade e a justi\u00e7a. O homem era tido como animal superior, zelando pela flora, fauna, \u00e1guas e de tudo que fazia […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[36],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20342"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=20342"}],"version-history":[{"count":8,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20342\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46832,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20342\/revisions\/46832"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=20342"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=20342"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=20342"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}