{"id":20372,"date":"2015-09-20T23:37:25","date_gmt":"2015-09-21T02:37:25","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=20372"},"modified":"2022-08-12T22:29:17","modified_gmt":"2022-08-13T01:29:17","slug":"mit-a-paixao-de-apolo-por-dafne","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/mit-a-paixao-de-apolo-por-dafne\/","title":{"rendered":"Mit. \u2013 A PAIX\u00c3O DE APOLO POR DAFNE"},"content":{"rendered":"

Recontado por Lu Dias Carvalho
\n<\/strong><\/p>\n

\"dafne\"<\/a><\/p>\n

A Terra ficou, durante muitos anos ap\u00f3s a passagem do dil\u00favio enviado pelos deuses, cheia de lodo e lama, o que lhe trouxe muita fertilidade, mas tamb\u00e9m a presen\u00e7a de seres indesej\u00e1veis. Dentre as mal\u00e9ficas apari\u00e7\u00f5es encontrava-se uma pavorosa serpente de nome P\u00edton. A nova ra\u00e7a de pessoas, com seus rebanhos, teve que se abrigar nas cavernas do Monte Parnaso, tamanho era o horror que sentia daquela fera.<\/p>\n

O deus Apolo tomou para si a fun\u00e7\u00e3o de matar aquele animal, que vinha infernizando a humanidade. E assim o fez, matando-o com suas setas. Em comemora\u00e7\u00e3o a t\u00e3o importante feito, o deus vitorioso criou os jogos p\u00edticos, em que o vencedor nas provas de coragem, for\u00e7a e velocidade era coroado com uma grinalda de folhas.<\/p>\n

Ainda orgulhoso de seu feito, Apolo, ao ver Cupido (filho de V\u00eanus) brincando com seu arco e setas, chamou a sua aten\u00e7\u00e3o por brincar com armas t\u00e3o perigosas, pois elas lhe pertenciam, devendo o menino contentar apenas com a tocha. Mas Cupido argumentou que, se as setas do deus podiam ferir todas as coisas, as dele eram muito mais possantes, pois poderiam feri-lo. Como carregava duas flechas, uma de ouro (para atrair o amor) e uma de chumbo (para afugentar o amor), ele feriu Apolo com a primeira e a ninfa Dafne (filha do rio-deus-Peneu) com a segunda.<\/p>\n

Apolo foi tomado de uma grande paix\u00e3o pela ninfa, que passou a nutrir por ele um desamor na mesma propor\u00e7\u00e3o. Dafne odiava a ideia de casar-se, embora muitos pretendentes buscassem-na, enamorados. Nem sequer pensava em Cupido ou Himeneu (o deus grego do casamento). O pr\u00f3prio pai, Peneu, j\u00e1 havia atendido ao pedido da filha de nunca se casar. Ela gostava de passear pelos bosques, e fora num desses passeios, que o pequenino deus flechara-a, para desespero seu, enfatizando ainda mais o seu desgosto pelo casamento.<\/p>\n

O deus do canto e da lira estava inconsol\u00e1vel por n\u00e3o possuir a bela Dafne. N\u00e3o queria apenas v\u00ea-la, mas t\u00ea-la em seus bra\u00e7os como sua. Mas ela fugiu amedrontada, com ele em seu encal\u00e7o. Ele temia que Dafne viesse a machucar-se nas pedras, ao correr t\u00e3o assustada. Gritava-lhe, dizendo que era filho do poderoso J\u00fapiter, e, que s\u00f3 queria lhe dar o seu amor. Dizia-lhe, em s\u00faplicas, que uma flecha mais poderosa do que a dele havia acertado seu cora\u00e7\u00e3o. E que nada poderia cur\u00e1-lo, embora fosse o deus da medicina e conhecesse as plantas medicinais, sen\u00e3o o amor dela. Movido pela for\u00e7a do amor, ele conseguiu alcan\u00e7\u00e1-la pelos cabelos. E ela, quase exaurida, pediu ajuda ao pai.<\/p>\n

Ao ouvir os rogos desesperados da filha, o pai transformou-a numa \u00e1rvore. O deus Apolo abra\u00e7ou-se aos ramos daquela \u00e1rvore e, entre l\u00e1grimas, beijou-a com ardor. Mas esses se desviaram de seus l\u00e1bios. Ele ent\u00e3o compreendeu que Dafne jamais seria sua. Decidiu ent\u00e3o que ela seria a sua planta predileta. E que faria sua coroa daquelas folhas, com elas adornaria sua lira e aljava, e coroaria os romanos vitoriosos em suas conquistas, quando desfilassem em dire\u00e7\u00e3o ao Capit\u00f3lio. E que aquela \u00e1rvore seria eternamente jovem, como ele, e suas folhas jamais perderiam o verdor. E assim aconteceu.<\/p>\n

Nota:<\/span> Apolo e Dafne<\/em> \u00e9 uma das esculturas mais famosas de Gian Lorenzo Bernini.<\/p>\n

Fontes de Pesquisa<\/span>
\nMitologia\/ Thomas Bulfinch
\nMitologia\/ LM<\/p>\n

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