{"id":20380,"date":"2015-09-17T16:05:05","date_gmt":"2015-09-17T19:05:05","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=20380"},"modified":"2022-08-12T22:34:46","modified_gmt":"2022-08-13T01:34:46","slug":"mit-piramo-e-tisbe-uma-historia-de-amor","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/mit-piramo-e-tisbe-uma-historia-de-amor\/","title":{"rendered":"Mit. \u2013 P\u00cdRAMO E TISBE, UMA HIST\u00d3RIA DE AMOR"},"content":{"rendered":"

Recontado por Lu Dias Carvalho
\n<\/strong><\/p>\n

\"crinarei1\"<\/a><\/p>\n

P\u00edramo e Tisbe eram dois jovens conhecidos em toda a Babil\u00f4nia, reino de Sam\u00edramis, pela beleza que ostentavam. Jamais se podia aludir a um ou outro sem pensar em como foram contemplados pelos deuses com tanta formosura. As fam\u00edlias de ambos moravam em casas vizinhas, o que fez com que o amor dos dois tomasse forma muito cedo. Por\u00e9m, para desgra\u00e7a de ambos, essas eram inimigas e totalmente contr\u00e1rias ao casamento dos jovens apaixonados. Era-lhes vedada at\u00e9 uma pequena conversa, tendo eles que usar sinais ou olhares, para dar vida \u00e0quele amor t\u00e3o intenso.<\/p>\n

A maior alegria de P\u00edramo e Tisbe foi o dia em que encontraram uma fenda na parede que dividia a casa de ambos, provavelmente origin\u00e1ria de alguma falha na constru\u00e7\u00e3o. Ainda que m\u00ednima, permita aos enamorados uma boa comunica\u00e7\u00e3o atrav\u00e9s da voz. Quando se encontravam a s\u00f3s, cada um punha-se de seu lado, rente \u00e0 parede, de modo que at\u00e9 a respira\u00e7\u00e3o podia ser sentida. Ao se despedirem, colavam os l\u00e1bios naquela fenda, com ardor. Naquela agrura, era a parede o \u00fanico meio di\u00e1rio, usado pelo casal, para transmitir o seu amor. Ambos bendiziam aos deuses por tamanha gra\u00e7a.<\/p>\n

Havia, por\u00e9m, um local, onde P\u00edramo e Tisbe conseguiam se encontrar vez ou outra, ap\u00f3s fugirem da vigil\u00e2ncia de suas fam\u00edlias. E foi assim que, logo ap\u00f3s a chegada da aurora, os dois foram at\u00e9 o lugar de sempre, e ali marcaram de verem-se na noite seguinte, quando conseguissem escapar de seus cru\u00e9is carrascos. O local do encontro ficava fora da cidade, pr\u00f3ximo a um monumento denominado T\u00famulo de Nino. Aquele, que conseguisse desvencilhar de sua vigil\u00e2ncia primeiro, aguardaria calmamente pelo outro.<\/p>\n

Tisbe foi a primeira a chegar ao local marcado, e debaixo da \u00e1rvore combinada, pr\u00f3xima a uma fonte, ficou a esperar pelo amado. Enquanto ali estava, uma leoa, depois de devorar sua presa, dirigiu-se \u00e0 fonte para tomar \u00e1gua. Tibes correu para dentro de uma gruta. O animal, ao retornar, e encontrar o v\u00e9u da jovem no ch\u00e3o, cheirou-o e estra\u00e7alhou-o com suas garras e dentes, deixando ali sinais de sangue da presa que comera. Por\u00e9m, ao chegar ao lugar, vendo as pegadas da leoa no ch\u00e3o e o v\u00e9u de Tibes espeda\u00e7ado e cheio de sangue, P\u00edramo entrou em profunda agonia, imaginando que a amada havia sido devorada, sendo ele a causa de sua desgra\u00e7a. Culpava-se por ali n\u00e3o se encontrar para proteg\u00ea-la. Com o v\u00e9u entre as m\u00e3os, beijava-o, enquanto chorava convulsivamente, desejando para si sorte igual. Queria que o seu sangue tamb\u00e9m o banhasse. E n\u00e3o mais aguentando tanta dor, enfiou a espada, que trazia \u00e0 cintura, em seu cora\u00e7\u00e3o. O sangue jorrou furiosamente por todos os lados, colorindo de vermelho at\u00e9 os frutos da \u00e1rvore.<\/p>\n

Nesse \u00ednterim, Tisbe retornou ao lugar combinado, mas qual n\u00e3o foi a sua dor ao encontrar o amado exalando o \u00faltimo alento de vida. Tomou-o nos bra\u00e7os, beijando-lhe os l\u00e1bios e a ferida causada pela espada. Pedia-lhe desesperadamente que lhe contasse quem lhe havia feito aquilo. Mas n\u00e3o demorou a entender, ao ver a bainha da espada vazia e o v\u00e9u ensanguentado, que ele se matara por ela. Era ela a raz\u00e3o de sua morte. S\u00f3 lhe restava segui-lo, de modo que o amor e a morte uni-los-iam para sempre. Antes, implorou aos c\u00e9us que aquela \u00e1rvore, que presenciara o amor de ambos, passasse a ter seus frutos vermelhos, e que ambos fossem sepultados juntos. E tamb\u00e9m mergulhou a espada em seu cora\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Seus pais e os deuses permitiram que seu desejo fosse cumprido: o de serem enterrados num \u00fanico t\u00famulo. E a \u00e1rvore, que era uma amoreira branca, passou a ter frutos vermelhos.<\/p>\n

Curiosidade:<\/span> Sonho de Uma Noite de Ver\u00e3o<\/em>, obra de Shakespeare, retrata tal epis\u00f3dio, em forma de com\u00e9dia.<\/p>\n

Nota:<\/span> P\u00edramo e Tisbe<\/em>, obra de Pierre-Claude Gautherot<\/p>\n

Fontes de Pesquisa<\/span>
\nMitologia\/ Thomas Bulfinch
\nMitologia\/ LM<\/p>\n

Views: 1<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Recontado por Lu Dias Carvalho P\u00edramo e Tisbe eram dois jovens conhecidos em toda a Babil\u00f4nia, reino de Sam\u00edramis, pela beleza que ostentavam. Jamais se podia aludir a um ou outro sem pensar em como foram contemplados pelos deuses com tanta formosura. As fam\u00edlias de ambos moravam em casas vizinhas, o que fez com que […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[36],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20380"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=20380"}],"version-history":[{"count":6,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20380\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46827,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/20380\/revisions\/46827"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=20380"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=20380"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=20380"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}