{"id":20703,"date":"2015-09-21T18:46:33","date_gmt":"2015-09-21T21:46:33","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=20703"},"modified":"2015-11-06T16:33:43","modified_gmt":"2015-11-06T18:33:43","slug":"nos-somos-semelhantes-as-arvores","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/nos-somos-semelhantes-as-arvores\/","title":{"rendered":"N\u00d3S SOMOS SEMELHANTES \u00c0S \u00c1RVORES!"},"content":{"rendered":"

Autoria de Celina Telma Hohmann<\/strong><\/p>\n

\"arvores\"<\/a><\/p>\n

Comemora-se hoje, no Brasil, o Dia da \u00c1rvore! Uma forma singela de tentar conscientizar a import\u00e2ncia da natureza, especificamente das \u00e1rvores. Uma bela homenagem!<\/p>\n

N\u00e3o sou bot\u00e2nica, portanto, nadica de nada de estender-me em especificar plantas! Desde a inf\u00e2ncia, quando me pegava pensando “nas coisas da vida”, sempre comparei as \u00e1rvores \u00e0 nossa vida, afinal, nascemos, sempre pela fecunda\u00e7\u00e3o da “sementinha”. Na inf\u00e2ncia acreditava em sementinhas… Via minha av\u00f3, j\u00e1 um tanto cansadinha, mas ainda assim, nos dando uma bela sombra! Olhava para os sulcos de seu rosto e os comparava \u00e0s cascas enrugadas das grandes \u00e1rvores. Minha av\u00f3 foi uma boa semente, uma bela \u00e1rvore e um dia, arrancada de suas ra\u00edzes pelo decorrer do tempo, pelo envelhecimento natural, pela transcorr\u00eancia normal da vida. Deixou-nos sem a sombra, mas ficaram as ra\u00edzes: expostas, fincadas terra adentro, meio l\u00e1, meio c\u00e1…<\/p>\n

N\u00e3o h\u00e1 como deixar de pensar nessa compara\u00e7\u00e3o! A inf\u00e2ncia da \u00e1rvore com seus pequenos e fr\u00e1geis galhos. Depois, o crescimento, mais tarde, em plena adolesc\u00eancia, suas flores, com seus perfumes peculiares, atraindo os p\u00e1ssaros e os insetos, espalhando o p\u00f3len, criando novas e pequenas \u00e1rvores e aperfei\u00e7oando seu ciclo. De repente, os frutos! Deliciosos, por vezes perigosos, mas ainda assim, os frutos…<\/p>\n

E a \u00e1rvore, madura, imponente, cheia de vigor, dando-nos o prazer de sua sombra em nossas pregui\u00e7as, descansos e necessidades de um belo cochilo sob uma grande prote\u00e7\u00e3o refrescante. E que n\u00e3o nos esque\u00e7amos que casais apaixonados j\u00e1 deixaram em seus caules, um belo cora\u00e7\u00e3o contendo o nome dos enamorados. Uma maldade que n\u00e3o faz mal. A \u00e1rvore jamais reclamou e manteve ou mant\u00e9m aquele cora\u00e7\u00e3o, mesmo que aquele casal j\u00e1 tenha deixado que a paix\u00e3o daquela fase escoasse.<\/p>\n

E quando vem o vento? Um espet\u00e1culo aquele olhar sobre os galhos que se agitam, voejam, sem deixar-se arrancar pela for\u00e7a, por vezes maldosa de um vendaval mais forte. Eis a \u00e1rvore! Nossa melhor compara\u00e7\u00e3o na natural sequ\u00eancia da vida. Como as \u00e1rvores, dependendo de sol, \u00e1gua, cuidados e tendo a nossa serventia.<\/p>\n

Temos \u00e1rvores de todos os portes, fun\u00e7\u00f5es e vida, mais ou menos longa. Temos as que nos d\u00e3o os frutos, ap\u00f3s a flora\u00e7\u00e3o; temos a arauc\u00e1ria, t\u00e3o comum aqui no Sul, que sem que d\u00ea flores j\u00e1 nos presenteia com os frutos, em classifica\u00e7\u00e3o bot\u00e2nica, chamam-na de gimenospermas: os frutos s\u00e3o as sementes. Em alguns pa\u00edses, as majestosas sequoias, seculares, hoje uma \u00fanica esp\u00e9cie ainda sobrevivente, mas ainda assim, mantendo-se em p\u00e9 e chamando a aten\u00e7\u00e3o, afinal, s\u00e3o lindas como todas as \u00e1rvores!<\/p>\n

Volto \u00e0 inf\u00e2ncia e \u00e0 minha av\u00f3. Um dia, numa tarde gostosa, convers\u00e1vamos sobre as dores sobre as quais ela reclamava: era o joelho que do\u00eda, as costas que n\u00e3o se ajeitavam. Comentei sobre sermos como as \u00e1rvores e ela adorou. Lembro-me da express\u00e3o de aten\u00e7\u00e3o total que dedicou \u00e0s minhas “filosofias”. Concordou comigo e eu adorei! Falei-lhe sobre sermos como as \u00e1rvores: crescemos, e ao final, envelhecemos e envelhecendo vamos perdendo o vigor. Nosso caule fica aparentemente resistente, mas por dentro, como seres vivos que somos, podemos j\u00e1 notar sinais de que estamos corro\u00eddos, j\u00e1 em perigo de cair. Folhas j\u00e1 n\u00e3o t\u00e3o viscosas. Frutos j\u00e1 inexistentes, restando apenas a nossa sombra. Um dia tombamos!<\/p>\n

Por fim, temos um valor inestim\u00e1vel, mas um dia, se chegarmos \u00e0 velhice, sem que nos tenham “tombado” por interesses in\u00fameros, ressecamos e nos vamos… Sempre haver\u00e1 uma nova \u00e1rvore. N\u00e3o ocupar\u00e1 o lugar da que se foi, mas vir\u00e1 outra, insistente, persistente, teimosa e pronta para nos presentear com um novo espet\u00e1culo chamado VIDA!<\/p>\n

\u00c1rvores, queridas \u00e1rvores! Felicidades e muitos anos de vida!<\/p>\n

Nota:<\/span> imagem copiada de biciclotheka.wordpress.com<\/em><\/p>\n

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