{"id":20710,"date":"2015-09-22T00:39:59","date_gmt":"2015-09-22T03:39:59","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=20710"},"modified":"2022-08-12T22:25:38","modified_gmt":"2022-08-13T01:25:38","slug":"mit-o-deus-midas-e-o-ouro","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/mit-o-deus-midas-e-o-ouro\/","title":{"rendered":"Mit. – O DEUS MIDAS E O OURO"},"content":{"rendered":"

Recontado por Lu Dias Carvalho
\n<\/strong><\/p>\n

\"midas\"<\/a><\/p>\n

Baco, conhecido como o deus do vinho, era filho adotivo de Sileno, que era tamb\u00e9m muito chegadinho ao vinho, passando muitas vezes dos limites. E foi assim, totalmente embriagado, que perdeu o caminho de casa. Andando ao l\u00e9u, foi dar numa vila, onde os camponeses, penalizados, levaram-no ao rei Midas, que o reconheceu, deixando-o em sua companhia durante 10 dias e noites, tratando-o com grande amabilidade. Estando Sileno totalmente recuperado da bebedeira, levou-o at\u00e9 seu filho Baco, que ficou bastante agradecido com tamanha gentileza. E como gentileza gera gentileza, a hist\u00f3ria prossegue…<\/p>\n

Em raz\u00e3o da hospitalidade dispensada ao pai, Baco quis presentear Midas com a recompensa que lhe aprouvesse. Esse n\u00e3o tardou a expressar o que desejava: tudo que tocasse fosse transformado em ouro. Com certeza, o ambicioso rei n\u00e3o deu conta do destino que o aguardava. Se pensasse duas vezes n\u00e3o teria sido t\u00e3o tolo. Mas, ainda que insatisfeito com o pedido, o deus do vinho n\u00e3o teve como voltar atr\u00e1s. E assim foi concedido a Midas o presente almejado, partindo ele feliz da vida para o seu castelo.<\/p>\n

Pouco havia se distanciado do pal\u00e1cio de Baco, quando Midas quis botar \u00e0 prova o rec\u00e9m-adquirido poder. Tomou um punhado de terra nas m\u00e3os e viu-o, estupefato, transformar-se num montinho de ouro. Precisava testar mais uma vez para ter certeza absoluta. Puxou um galhinho de uma \u00e1rvore e esse tamb\u00e9m se transformou em ouro. Ficou deslumbrado. Chegou a seu pal\u00e1cio faminto e cheio de uma incontida alegria. A mesa j\u00e1 se encontrava posta com in\u00fameras iguarias, com os comensais a esper\u00e1-lo. Como sempre, gostava de come\u00e7ar pelo p\u00e3o com carne de vitela, acompanhados de uma ta\u00e7a de vinho. Mas que horror! O p\u00e3o havia se transformado num peda\u00e7o de ouro e o vinho convertido em ouro l\u00edquido, para assombro dos presentes. Desesperou-se! N\u00e3o era bem daquele jeito que queria.<\/p>\n

Midas precisava encontrar uma sa\u00edda para tal flagelo provocado pela sua gan\u00e2ncia e sede de poder. Sua pen\u00faria fazia-se cada vez mais vis\u00edvel. Precisava livrar-se daquilo que tanto desejara. Tinha a certeza de que se isso n\u00e3o acontecesse, morreria por definhamento, pois tudo em que punha as m\u00e3os transformava-se em ouro. S\u00f3 lhe restava pedir miseric\u00f3rdia \u00e0quele que o beneficiara com o dom pedido. Seria vexamoso, pois poria \u00e0 vista sua estupidez, mas n\u00e3o havia outra sa\u00edda. E foi assim que clamou a Baco, em altos e chorosos brados, para que dele tivesse pena, tirando-lhe tal capacidade. O deus, penalizado, aconselhou-o a ir ao Rio Pactolo, at\u00e9 a fonte onde ele ganhava vida, e ali mergulhasse todo o corpo, incluindo a cabe\u00e7a. Assim fazendo, estaria redimindo-se da culpa e do castigo que recebera.<\/p>\n

Ao entrar nas \u00e1guas do Rio Pactolo, o rei Midas presenciou suas areias transformarem-se em ouro. Ao dali sair, voltou \u00e0 sua condi\u00e7\u00e3o antiga. Passou a odiar a riqueza e o luxo, escolhendo o campo, como morada, bem longe dos prazeres da cidade. Tornou-se tornou devoto do deus P\u00e3, respons\u00e1vel pelos campos, rebanhos e pastores.<\/p>\n

Nota:<\/span> A Mesa do Rei Midas<\/em> , obra de Frans Francken II, o Jovem<\/p>\n

Fontes de Pesquisa<\/span>
\nMitologia\/ Thomas Bulfinch
\nMitologia\/ LM<\/p>\n

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