<\/a><\/p>\nApesar de J\u00fapiter ser chegado a um rabo de t\u00fanica, sua esposa Juno parecia nunca se acostumar com as trai\u00e7\u00f5es costumeiras do marido. E pior, quem pagava o pato (ou seria o cisne?) eram sempre as ninfas e mulheres humanas seduzidas por ele, sob os mais diferentes disfarces, e os filhos com elas gerados. Uma das v\u00edtimas foi o deus Baco, filho de J\u00fapiter com a mortal S\u00eamole.<\/p>\n
Para se vingar de S\u00eamole, a intempestiva Juno, assumiu a forma de sua ama, dizendo que poderia ser outro e n\u00e3o J\u00fapiter o seu amante, pois nem sempre as pessoas, e at\u00e9 mesmo os deuses, s\u00e3o o que dizem ser. Para tirar a prova, ela deveria pedir ao amante que viesse visit\u00e1-la majestosamente vestido, em todo o seu esplendor, como andava pelo c\u00e9u. E assim fez a ing\u00eanua S\u00eamole. Perguntou ao rei dos reis se ele atenderia um pedido seu. Ele jurou pelo Rio Estige, juramento esse que jamais poderia ser quebrado, que sim. E ela pediu aquilo que lhe aconselhara a esperta Juno. J\u00fapiter, ainda que aflitivo com o pedido, n\u00e3o teve outra sa\u00edda sen\u00e3o cumpri-lo. Vestiu-se esplendorosamente nos c\u00e9us e veio visitar a amante. Ao v\u00ea-lo, S\u00eamole sucumbiu diante de tanta luz que de suas vestes irradiava, transformando-se instantaneamente em cinzas.<\/p>\n
Com a morte da m\u00e3e, Baco foi entregue \u00e0s ninfas, para que dele cuidassem em sua inf\u00e2ncia. Ap\u00f3s se transformar em homem, aprendeu como cultivar a vinha e como extrair o suco da uva. Mas Juno, ainda insatisfeita com sua vingan\u00e7a, pois nutria grande \u00f3dio pelos filhos do marido com as amantes, fez com que ele ficasse louco e vagasse sem rumo pela Terra. Ao chegar \u00e0 Fr\u00edgia, o coitado foi curado pela deusa Reia, que lhe ensinou seus ritos religiosos. Baco tamb\u00e9m instruiu v\u00e1rios povos sobre como cultivar a vinha. Ao retornar \u00e0 Gr\u00e9cia, depois de muito tempo fora do pa\u00eds, fez com que tamb\u00e9m fosse cultuado, embora encontrasse forte oposi\u00e7\u00e3o naqueles que temiam que ele fosse provocar desregramento e doidice. Em Tebas, sua terra natal, seu culto foi proibido pelo rei Penteu, mas as pessoas receberam-no triunfalmente.<\/p>\n
Baco encontrou Ariadne, aquela que fora abandonada por Teseu, a quem ajudara a matar o Minotauro, na Ilha de Naxos. A jovem encontrava-se desesperada por encontrar-se sozinha naquele local ermo. Dormira e, ao despertar-se, n\u00e3o havia mais ningu\u00e9m, apenas a nau do ingrato a singrar em alto mar. Mas V\u00eanus, que a tudo observava, prometeu-lhe como companheiro um ser imortal, no lugar do mortal e desagradecido Teseu. E assim aconteceu, conforme prometera a deusa. Baco encontrou a jovem, consolou-a e por ela se apaixonou, vindo a casarem-se. Ela recebeu como presente de casamento, por parte do marido, uma coroa de ouro, cravejadas de pedras preciosas. Quando Ariadne morreu, Baco atirou essa mesma coroa aos c\u00e9us. Ela varou o espa\u00e7o e suas pedras preciosas transformaram-se em estrelas. (Ver descri\u00e7\u00e3o do quadro no blog)<\/p>\n
Nota:<\/span> Baco e Ariadne<\/em>, obra de Ticiano.<\/p>\nFontes de Pesquisa<\/span>
\nMitologia\/ Thomas Bulfinch
\nMitologia\/ LM<\/p>\nViews: 7<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Recontado por Lu Dias Carvalho Apesar de J\u00fapiter ser chegado a um rabo de t\u00fanica, sua esposa Juno parecia nunca se acostumar com as trai\u00e7\u00f5es costumeiras do marido. E pior, quem pagava o pato (ou seria o cisne?) eram sempre as ninfas e mulheres humanas seduzidas por ele, sob os mais diferentes disfarces, e os […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[36],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/23886"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=23886"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/23886\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46854,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/23886\/revisions\/46854"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=23886"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=23886"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=23886"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}