{"id":24356,"date":"2015-10-29T00:30:06","date_gmt":"2015-10-29T02:30:06","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=24356"},"modified":"2022-08-13T18:38:02","modified_gmt":"2022-08-13T21:38:02","slug":"mit-a-transformacao-de-driope","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/mit-a-transformacao-de-driope\/","title":{"rendered":"Mit. – A TRANSFORMA\u00c7\u00c3O DE DR\u00cdOPE"},"content":{"rendered":"

Recontado por Lu Dias Carvalho
\n<\/strong><\/p>\n

\"ATRADRI\"<\/a><\/p>\n

Dr\u00edope e Iole eram muito unidas, sendo a primeira delas a esposa de Andr\u00eamon, j\u00e1 tendo ambos a alegria do primeiro filho. As duas irm\u00e3s gostavam de colher flores para ornamentarem o altar das ninfas. Para esse fim, encontravam-se \u00e0 margem de certo rio, trazendo Dr\u00edope o filho nos bra\u00e7os, quando viram um l\u00f3tus cheio de flores de cor p\u00farpura. A mam\u00e3e feliz colheu algumas delas e ofertou-as \u00e0 sua crian\u00e7a. Ao levar a m\u00e3o para tamb\u00e9m colh\u00ea-las, Iole notou que as hastes, de onde sua irm\u00e3 apanhara as flores, vertiam sangue.<\/p>\n

As duas irm\u00e3s quedaram-se horrorizadas com a cena. Queriam fugir daquele local, mas j\u00e1 era tarde. Dr\u00edope, respons\u00e1vel por ter apanhado as flores, come\u00e7ou a sentir seu corpo agregado ao solo, como se estivesse criando ra\u00edzes. Como se isso n\u00e3o bastasse, sentiu-o endurecendo e seus bra\u00e7os e m\u00e3os enchendo-se de folhas. Estava se transformando numa \u00e1rvore. Iole abra\u00e7ou-a na tentativa de impedir sua metamorfose, mas em v\u00e3o. Nesse \u00ednterim, chegaram Andr\u00eamon e o pai das duas mulheres. Ao tomarem conhecimento do acontecido, enlearam o tronco da \u00e1rvore, ainda com a quentura do corpo de Dr\u00edope, enchendo-o de l\u00e1grimas, beijos e abra\u00e7os. Mas isso n\u00e3o impediu que a transforma\u00e7\u00e3o continuasse.<\/p>\n

O rosto de Dr\u00edope foi o \u00faltimo a transformar-se, dando-lhe tempo para dizer aos seus que se sentia injusti\u00e7ada, pois nunca fizera mal a nenhum ser vivo, n\u00e3o merecendo aquela sorte malfazeja. Entregou-lhes o filho, pedindo-lhes que o levassem sempre para brincar debaixo de sua sombra. E, quando ele j\u00e1 se encontrasse maior, ensinasse-lhe a cham\u00e1-la de m\u00e3e, contando-lhe sua hist\u00f3ria. E, sobretudo, instru\u00edsse-o a ter cuidado com as flores que colhesse nas margens dos rios, alertando-o para o fato de que em cada moita de arbustos poderia ali se encontrar uma deusa dissimulada.<\/p>\n

Antes da conclus\u00e3o de sua metamorfose final, Dr\u00edope pediu a seus entes queridos que n\u00e3o permitissem que seu tronco fosse ferido pelo machado e nem que os rebanhos corroessem seus galhos. Que subissem em seu tronco e beijassem seu rosto, e levantassem seu filho para que ela o beijasse, enquanto ainda trazia um alento de vida humana.<\/p>\n

Depois de cumprido o ritual pedido pela pobre Dr\u00edope, nada mais havia nela que lembrasse a linda mulher que fora, a n\u00e3o ser o calor de seu corpo que na \u00e1rvore permaneceu por algum tempo. Para aqueles que indagam sobre o porqu\u00ea de t\u00e3o triste hist\u00f3ria, informo-lhes que a planta da qual a jovem mulher arrancara as flores n\u00e3o era outra sen\u00e3o a ninfa L\u00f3tus, que se metamorfoseara, ao fugir de um brutal perseguidor. Mas quem pagou o pato foi a bela Dr\u00edope. Esse \u00e9 o mundo dos deuses, e por sinal muito parecido com o nosso.<\/p>\n

Nota:<\/span> Dr\u00edope Transformada em \u00c1rvore<\/em>, obra de Julien de Parme<\/p>\n

Fontes de pesquisa<\/span>
\nO Livro de Ouro da Mitologia\/ Thomas Bulfinch
\nMitologia\/ LM<\/p>\n

Views: 5<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Recontado por Lu Dias Carvalho Dr\u00edope e Iole eram muito unidas, sendo a primeira delas a esposa de Andr\u00eamon, j\u00e1 tendo ambos a alegria do primeiro filho. As duas irm\u00e3s gostavam de colher flores para ornamentarem o altar das ninfas. Para esse fim, encontravam-se \u00e0 margem de certo rio, trazendo Dr\u00edope o filho nos bra\u00e7os, […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[36],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/24356"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=24356"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/24356\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46875,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/24356\/revisions\/46875"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=24356"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=24356"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=24356"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}