{"id":24486,"date":"2015-11-05T01:00:22","date_gmt":"2015-11-05T03:00:22","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=24486"},"modified":"2022-08-13T18:48:03","modified_gmt":"2022-08-13T21:48:03","slug":"poussin-paisagem-com-polifemo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/poussin-paisagem-com-polifemo\/","title":{"rendered":"Poussin \u2013 PAISAGEM COM POLIFEMO"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho
\n<\/strong><\/p>\n

\"Paipolif\"<\/a><\/p>\n

A composi\u00e7\u00e3o denominada Paisagem com Polifemo \u00e9 uma obra do pintor franc\u00eas Nicolas Poussin, tido como o fundador do neoclassicismo franc\u00eas. Ele gostava de inspirar-se na arte da Antiguidade e na do Renascimento Italiano.<\/p>\n

Poussin incorpora, na sua bel\u00edssima paisagem, uma passagem da hist\u00f3ria da paix\u00e3o do ciclope Polifemo pela ninfa Galateia. Ele narra o momento anterior \u00e0 morte de \u00c1cis, o amante da ninfa, provocada por um acesso de ci\u00fame e raiva por parte do gigante.<\/p>\n

\u00c1cis encontra-se com uma coroa de flores na cabe\u00e7a, totalmente tranquilo, recostado numa pedra, \u00e0 esquerda, de onde observa os personagens em volta, incluindo a sua amada Galateia junto a outras tr\u00eas companheiras, que est\u00e3o sendo tentadas por dois s\u00e1tiros, que se encontram escondidos atr\u00e1s da folhagem.<\/p>\n

No alto de uma montanha est\u00e1 o ciclope Polifemo tocando para aquela que \u00e9 motivo de sua louca paix\u00e3o. Ele se encontra de costas para o grupo, voltado para a cidade e as serras, ao longe. Outra montanha, mais alta, separa-o do grupo, impossibilitando-o de v\u00ea-lo.<\/p>\n

Segundo o mito, a jovem ninfa era amante de \u00c1cis, filho de Fauno e de uma N\u00e1iade. Os dois amavam-se desde jovenzinhos, mas os ciclopes n\u00e3o a deixavam em paz, em busca de sua companhia, especialmente Polifemo, por quem nutria um grande \u00f3dio. Ele era um gigante violento e irrefre\u00e1vel, que vivia a aterrorizar os bosques. Aquele ser abomin\u00e1vel acabou por conhecer o amor e suas paix\u00f5es, escolhendo-a como motivo de sua avassaladora obceca\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

De uma feita, estava ela com \u00c1cis, quando Polifemo subiu num rochedo e, com seu gigantesco instrumento feito de tubos, come\u00e7ou a cantar seu amor por ela e sua beleza, e tamb\u00e9m a censurando por sua indiferen\u00e7a e dureza de cora\u00e7\u00e3o. Nesse momento, ela e \u00c1cis encontravam-se abrigados sob um rochedo. Como o ciclope acabasse com a sua cantoria, ela e seu amado n\u00e3o mais se preocuparam com ele. Adentrando-se no bosque, por\u00e9m, Polifemo encontrou-a ao lado de \u00c1cis. Aterrorizada, ela mergulhou nas \u00e1guas, enquanto o jovem corria desesperado. Polifemo arrancou um peda\u00e7o de um rochedo e desferiu-o contra \u00c1cis, esmigalhando-o.<\/p>\n

Ficha t\u00e9cnica<\/span>
\nAno: provavelmente na d\u00e9cada de 60 do s\u00e9culo XVII
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 150 x 198 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu Hermitage, Sampetersburgo, R\u00fassia<\/p>\n

Fontes de pesquisa<\/span>
\n1000 obras-primas da pintura europeia\/ K\u00f6nemann
\nMitologia\/ Thomas Bulfinch<\/p>\n

Views: 0<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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