<\/a><\/p>\nA composi\u00e7\u00e3o denominada Prometeu \u00e9 uma obra do pintor barroco Peter Paul Rubens, o mais importante de todos os pintores flamengos do s\u00e9culo XVII, com a participa\u00e7\u00e3o de Frans Snyders (pintou a \u00e1guia). Rubens tinha na mitologia um de seus principais temas, e considerava esta pintura, em especial, uma das mais importantes de sua vasta cria\u00e7\u00e3o. Manteve-a em seu poder durante muito tempo.
\nRubens narra o momento em que o tit\u00e3 Prometeu est\u00e1 sendo castigado por ter roubado o fogo no Monte Olimpo, elemento exclusivo dos deuses, ofertando-o aos mortais. Zeus, o deus dos deuses, sabendo que o fogo aumentaria o poder dos homens, fazendo com que dominassem os animais, puniu o tit\u00e3 severamente. Ele seria castigado dia ap\u00f3s dia, tendo o f\u00edgado bicado por uma \u00e1guia. S\u00f3 que esse regenerava, pois Prometeu trazia consigo o dom da imortalidade, de modo que o castigo seria eterno.
\nNo quadro, o corpo nu, belo e musculoso de Prometeu encontra-se sobre um len\u00e7ol branco e outro azul, no alto de um monte, pr\u00f3ximo a uma grande \u00e1rvore. O tit\u00e3 traz o bra\u00e7o esquerdo preso por uma corrente a uma rocha. Sobre seu corpo encontra-se uma enorme \u00e1guia, que lhe devora o f\u00edgado, deixando \u00e0 vista parte desse. Filetes de sangue escorrem pelo tronco do her\u00f3i, que observa o animal com o olho esquerdo, uma vez que o direito est\u00e1 tampado por suas garras. O tronco em desalinho, o olho aberto, as pernas e boca contorcidas e o punho cerrado indicam que o torturado encontra-se consciente. Seus cabelos em desalinho transmitem sua intensa dor. Tem-se a impress\u00e3o de que o corpo de Prometeu resvala para baixo.
\nA \u00e1guia est\u00e1 com as asas aberta, tomando quase todo o comprimento do corpo de Prometeu, desde a m\u00e3o esquerda at\u00e9 a ponta do p\u00e9 direito. Seu bico afiado agarra o f\u00edgado, como se fosse pux\u00e1-lo para fora. Com as garras fortes, a ave imobiliza o tit\u00e3, empurrando-lhe a cabe\u00e7a e firmando-se no seu ventre.
\n\u00c0 esquerda de Prometeu, uma tocha acesa lembra o motivo de sua tortura. Um c\u00e9u com nuvens densas e escuras acentuam ainda mais a tragicidade da cena. \u00c0 esquerda do tit\u00e3, abaixo de onde ele se encontra, descortina-se uma paisagem aberta.
\nNesta composi\u00e7\u00e3o, Rubens recebeu a ajuda do artista Frans Snyders, um especialista na arte de pintar flores e animais, respons\u00e1vel pela pintura da \u00e1guia. A intera\u00e7\u00e3o entre os artistas era muito comum em Antu\u00e9rpia, nas duas primeiras d\u00e9cadas do s\u00e9culo XVII, tendo Rubens feito uso de tal pr\u00e1tica em algumas obras suas.
\nFicha t\u00e9cnica
\nAno: 1610-1611
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 242,6 x 209,5 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museum of Art, Philadelphia, EUA<\/p>\n
Fontes de pesquisa
\nhttp:\/\/www.philamuseum.org\/collections\/permanent\/104468.html
\nhttp:\/\/www.peterpaulrubens.net\/prometheus-bound.jsp<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho A composi\u00e7\u00e3o denominada Prometeu \u00e9 uma obra do pintor barroco Peter Paul Rubens, o mais importante de todos os pintores flamengos do s\u00e9culo XVII, com a participa\u00e7\u00e3o de Frans Snyders (pintou a \u00e1guia). Rubens tinha na mitologia um de seus principais temas, e considerava esta pintura, em especial, uma das […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25404"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=25404"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25404\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46933,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25404\/revisions\/46933"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=25404"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=25404"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=25404"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}