<\/a><\/p>\nA composi\u00e7\u00e3o denominada A Cabe\u00e7a da Medusa<\/i> \u00e9 uma obra do pintor barroco Peter Paul Rubens, o mais importante de todos os pintores flamengos do s\u00e9culo XVII, e de Frans Snyders. Trata-se de um tema mitol\u00f3gico.<\/p>\n
Na pintura os insetos, os r\u00e9pteis e a ornamenta\u00e7\u00e3o s\u00e3o obras de Frans Snyders, especialista em animais, enquanto a Rubens coube pintar a cabe\u00e7a decepada da Medusa. Dentre os animais, al\u00e9m das v\u00edboras, podemos distinguir escorpi\u00e3o, vermes, aranha, lagarto, etc. Este tipo de intera\u00e7\u00e3o entre os artistas era muito comum em Antu\u00e9rpia nas duas primeiras d\u00e9cadas do s\u00e9culo XVII, tendo os dois pintores trabalhado juntos em algumas obras.<\/p>\n
O tema mitol\u00f3gico sobre a cabe\u00e7a decepada de Medusa foi abordado aparentemente com Leonardo de Minerva, cujo trabalho infelizmente n\u00e3o sobreviveu. Caravaggio imitou-o criando a sua apavorante “Cabe\u00e7a de Medusa”. Contudo, Rubens n\u00e3o a usa na forma de escudo, como apregoa o mito, mas posta a cabe\u00e7a decepada sobre a borda de uma pedra, tendo uma paisagem escura ao fundo, o que acentua ainda mais a lividez do rosto do horripilante ser, com seus olhos esbugalhados a saltar-lhe das \u00f3rbitas, l\u00e1bios entreabertos e roxos, sangue brotando dos olhos e das narinas, testa contra\u00edda, sobrancelhas baixas e vis\u00edveis veias azuis espalhadas pela face.<\/p>\n
A cabe\u00e7a, apesar de decepada, traz um amontoado de cobras vivas e inquietas circulando sobre ela. Elas se levantam, entrela\u00e7am, contorcem, lutam entre si e giram desesperadas, tentando se livrar do couro cabeludo da figura sem vida. Algumas, livres, deslizam pelo topo da pedra, tentando fugir. Presume-se que as duas cobras unidas, \u00e0 direita da cabe\u00e7a, estejam copulando. O macho \u00e9 de cor esverdeada, mais forte e dominante, enquanto a f\u00eamea \u00e9 de cor amarelada, fortemente enrodilhada no corpo deste. Debaixo do pano branco, tamb\u00e9m \u00e0 direita, jaz um amontoado de cobras. Uma delas est\u00e1 parindo filhotes que saem de seu corpo e n\u00e3o da eclos\u00e3o de ovos.<\/p>\n
Pode-se perguntar o porqu\u00ea de a Medusa ter cobras como cabelos. Segundo cren\u00e7as populares ou supersti\u00e7\u00f5es \u201cuma cobra pode ser criada a partir do cabelo de uma mulher menstruada, sendo enterrado no esterco ou na terra\u201d. O mesmo aconteceria no que se refere \u201caos pelos pubianos, misturados com menstrua\u00e7\u00e3o e enterrados da mesma forma”, sendo que \u201cos cabelos mais longos de mulheres s\u00e3o facilmente transformados em serpentes”. As mulheres, portanto, eram vistas como seres perigosos e p\u00e9rfidos, principalmente quando menstruadas, cujo sangue envenenado poderia matar o companheiro durante o ato sexual.<\/p>\n
Para conhecer o mito sobre Medusa, procure-o em MITOS E LENDAS, aqui no blog.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica<\/span>
\nAno: 1617
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre madeira
\nDimens\u00f5es: 68,5 x 118 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Kunsthistoriesches Museum, Viena, \u00c1ustria<\/p>\nFontes de pesquisa<\/span>
\nRubens\/ Taschen
\nhttp:\/\/profkoslow.com\/publications\/medusa.html<\/p>\nViews: 39<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho A composi\u00e7\u00e3o denominada A Cabe\u00e7a da Medusa \u00e9 uma obra do pintor barroco Peter Paul Rubens, o mais importante de todos os pintores flamengos do s\u00e9culo XVII, e de Frans Snyders. Trata-se de um tema mitol\u00f3gico. Na pintura os insetos, os r\u00e9pteis e a ornamenta\u00e7\u00e3o s\u00e3o obras de Frans Snyders, […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25936"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=25936"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25936\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":46957,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/25936\/revisions\/46957"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=25936"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=25936"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=25936"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}