{"id":27618,"date":"2016-05-10T00:52:30","date_gmt":"2016-05-10T03:52:30","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=27618"},"modified":"2022-08-14T20:51:21","modified_gmt":"2022-08-14T23:51:21","slug":"historiando-chico-buarque-carolina","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/historiando-chico-buarque-carolina\/","title":{"rendered":"Historiando Chico Buarque \u2013 CAROLINA"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho
\n<\/strong><\/p>\n

\"janu1\"<\/a><\/strong><\/p>\n

L\u00e1 fora, amor\/ Uma rosa nasceu\/ Uma estrela caiu\/ L\u00e1 fora, amor\/ Uma rosa morreu\/ Uma festa acabou. (Chico Buarque)<\/em><\/strong><\/p>\n

Por que o amor chega e vai tomando forma, criando vida, trazendo brotos, inundando tudo, como se sua for\u00e7a fosse capaz de transformar o mundo? E por que no seu bojo tamb\u00e9m traz contratempos, perde seiva e vivacidade, esgota-se, e, aborrecido, vai enfeando tudo, e na mesma intensidade com que chegou tamb\u00e9m vai embora? Abusado, ele n\u00e3o se dissolve em conjunto. Enquanto uma das partes da por\u00e7\u00e3o al\u00e7a voo, a outra, com suas asas despeda\u00e7adas, jaz no fundo do po\u00e7o, aniquilada.<\/p>\n

Carolina apareceu em meu caminho e foi me absorvendo por inteiro. Fez morada no meu corpo, povoando meus dias e minhas noites. Era meu in\u00edcio, meu meio e meu fim. Para ela fiz os mais belos versos e musiquei lindas can\u00e7\u00f5es. Ela se revigorou, recebeu minhas sementes, intumesceu e produziu frutos. N\u00e3o houve benqueren\u00e7a maior no mundo. Mas nem mesmo sei porque, com o tempo, o meu sentir perdeu vivacidade, amornou o aprazimento e definhou, levando nossos sonhos e juras de amor. E hoje, <\/em>ela, \u00a0\u201cNos seus olhos fundos\/ Guarda tanta dor\/ A dor de todo esse mundo\u201d<\/em>.<\/p>\n

Ao ver minha antiga musa assim t\u00e3o murcha e amargurada, sinto-me o pior dos canalhas. \u201cEu j\u00e1 lhe expliquei que n\u00e3o vai dar\/ Seu pranto n\u00e3o vai nada mudar\u201d<\/em>, mas justificativa alguma mitiga seu desalento. \u201cEu j\u00e1 convidei para dan\u00e7ar\/ \u00c9 hora, j\u00e1 sei, de aproveitar\u201d<\/em>, mas ela faz ouvidos ao vento. \u201cEu bem que mostrei sorrindo\/ Pela janela, \u00f3i que lindo\/ Mas Carolina n\u00e3o viu\u201d<\/em> a rosa que nasceu e a estrela que caiu.<\/p>\n

J\u00e1 n\u00e3o sei mais o que fazer para traz\u00ea-la de volta \u00e0 realidade, pois \u201cCarolina\/ Nos seus olhos tristes\/ Guarda tanto amor\/ O amor que j\u00e1 n\u00e3o existe\u201d<\/em>. \u00c9 fato que n\u00e3o parti de uma vez, n\u00e3o sendo t\u00e3o cruel e covarde. \u201cEu bem que avisei, vai acabar\/ De tudo lhe dei para aceitar\/ Mil versos cantei para lhe agradar\/ Agora n\u00e3o sei como explicar\u201d<\/em>. Sinto-me um desprez\u00edvel e abjeto patife. Fui tra\u00eddo pelas minhas emo\u00e7\u00f5es, que mudaram de dire\u00e7\u00e3o feito uma corrente desvairada, atrav\u00e9s da qual \u201cNosso barco partiu.\u201d<\/em>. Mas \u201cEu bem que mostrei a ela\/ O tempo passou na janela\/ S\u00f3 Carolina n\u00e3o viu\u201d<\/em>.<\/p>\n

Obs.:
\n<\/u>1- m\u00fasica com Chico Buarque: <\/em>
CAROLINA<\/a>
\n2- <\/em>m\u00fasica com Caetano Veloso –
CAROLINA<\/a><\/p>\n

Nota:<\/u> Mulher com Gato<\/em>, obra de Di Cavalcanti<\/p>\n

Views: 6<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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