na\u00eff<\/em>, tamb\u00e9m conhecida como arte primitiva ou ing\u00eanua. Esta foi uma das \u00faltimas pinturas do artista, que viria a morrer no ano seguinte.<\/p>\nNo quadro, o artista retrata o Morro da Mangueira, morro que se localiza na cidade do Rio de Janeiro, e com o qual tinha enorme liga\u00e7\u00e3o afetiva. Heitor mostra como as pessoas, empurradas do centro do Rio de Janeiro para a periferia, a princ\u00edpio ocuparam a base dos morros, para depois subirem atrav\u00e9s de suas encostas, como vimos aqui. As casas, pintadas de diferentes cores, e muito unidas entre si, d\u00e3o um colorido majestoso ao morro. Ainda se pode ver parte de seu cume e de sua encosta verdejante \u00e0 esquerda.<\/p>\n
Em primeiro plano, uma rua asfaltada comp\u00f5e toda a parte inferior horizontal do quadro. Nela se encontram v\u00e1rios personagens. No meio da rua est\u00e3o tr\u00eas mulheres com seus vestidos rodados. Uma delas, a de vestido cor-de-rosa, carrega uma lata com \u00e1gua na cabe\u00e7a, e encontra-se de frente para o observador, enquanto as outras duas, uma de amarelo, com uma bacia na cabe\u00e7a, e a outra de verde, com uma lata na m\u00e3o, est\u00e3o de costas para\u00a0 o observador. Parte de um quarta mulher \u00e9 vista na lateral esquerda da rua, com seu vestido vermelho de bolinhas. Essas mulheres retratam a vida dif\u00edcil que levavam, pois era preciso descer o morro em busca de \u00e1gua.<\/p>\n
Somente dois ve\u00edculos encontram-se na rua, o que explicita as condi\u00e7\u00f5es prec\u00e1rias dos moradores do morro. Um deles \u00e9 um caminh\u00e3o cheio de caixas, conduzido por um negro, tendo dois outros na carroceria, o que comprova que o trabalho duro era feito por eles. Um negro de bicicleta, com sua camisa branca listrada de preto, segue o ve\u00edculo. Contrapondo \u00e0 den\u00fancia feita em rela\u00e7\u00e3o ao primeiro ve\u00edculo, um autom\u00f3vel de passeio, em sentido contr\u00e1rio, \u00e9 conduzido por um casal de brancos que olha curiosamente para as pessoas. No meio da rua, onde ficam os postes de energia, dois garotos observam o movimento.<\/p>\n
Na cal\u00e7ada est\u00e3o in\u00fameras figuras, formadas por homens, mulheres e crian\u00e7as, possivelmente esperando a passagem dos ve\u00edculos para atravessarem a rua. Ali tamb\u00e9m se encontram postes com fios e l\u00e2mpadas. Um segundo morro acinzentado aparece \u00e0 direita. Tamb\u00e9m n\u00e3o \u00e9 possivel deixar de descrever a grande quantidade de roupas coloridas secando nos quintais e alpendres das casas.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1965
\nDimens\u00f5es: 97,5 x 131 cm
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Acervo da Cole\u00e7\u00e3o Roberto Marinho, Brasil.<\/p>\n
Fonte de pesquisa
\n<\/u>Heitor dos Prazeres\/ Cole\u00e7\u00e3o Folha<\/p>\n
Views: 97<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho A composi\u00e7\u00e3o Morro da Mangueira \u00e9 uma obra do compositor, cantor e pintor brasileiro Heitor dos Prazeres. O artista optou pela arte na\u00eff, tamb\u00e9m conhecida como arte primitiva ou ing\u00eanua. Esta foi uma das \u00faltimas pinturas do artista, que viria a morrer no ano seguinte. No quadro, o artista retrata […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[28],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/27788"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=27788"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/27788\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47076,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/27788\/revisions\/47076"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=27788"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=27788"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=27788"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}