{"id":28053,"date":"2016-06-20T23:40:22","date_gmt":"2016-06-21T02:40:22","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=28053"},"modified":"2022-08-14T23:45:04","modified_gmt":"2022-08-15T02:45:04","slug":"historiando-c-buarque-e-v-de-moraes-valsinha","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/historiando-c-buarque-e-v-de-moraes-valsinha\/","title":{"rendered":"Historiando C. Buarque e V. de Moraes \u2013 VALSINHA"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho<\/b><\/span><\/span>
\n<\/strong><\/p>\n

\"valsi\"<\/a><\/p>\n

A mulher sentia que seu homem dela se afastava. Lembrou-se com saudade dos anos em que eram t\u00e3o felizes juntos e nada faziam sem compartilhar, numa afinada sintonia. Muitos casais invejavam-nos, tamanha era a adora\u00e7\u00e3o que dos olhos deles brotava. Mas ele mudara tanto. Sua indiferen\u00e7a aquebrantava seu cora\u00e7\u00e3o delicado. N\u00e3o mais a olhava com ardor e reclamava de tudo. Relegada, a desditosa s\u00f3 fazia chorar, sozinha num canto escondido da casa. At\u00e9 que \u201cUm dia ele chegou t\u00e3o diferente do seu jeito de sempre chegar\/ Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar\/ E n\u00e3o maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar\/ E nem deixou-a s\u00f3 num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar\u201d<\/em>.<\/p>\n

A mulher correu para o quarto para se enfeitar e perfumar para seu amante. \u201cEnt\u00e3o ela se fez bonita como h\u00e1 muito tempo n\u00e3o queria ousar\/ Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar\/ Depois os dois deram-se os bra\u00e7os como h\u00e1 muito tempo n\u00e3o se usava dar\/ E cheios de ternura e gra\u00e7a foram para a pra\u00e7a e come\u00e7aram a se abra\u00e7ar\/ E ali dan\u00e7aram tanta dan\u00e7a que a vizinhan\u00e7a toda despertou.\u201d<\/em>.<\/p>\n

\u201cE foi tanta felicidade que toda a cidade se iluminou\/ E foram tantos beijos loucos\/ Tantos gritos roucos como n\u00e3o se ouvia mais\/ Que o mundo compreendeu\/ E o dia amanheceu em paz\u201d<\/em>. O homem percebeu ent\u00e3o que bastava uma fagulha de amor para despertar todos os desejos, que se apagaram, em raz\u00e3o do seu enfado com seu costumeiro e enfadonho trabalho. E a mulher percebeu que o ardor que os unia reacendera, tomara forma, ganhara vida para n\u00e3o se arrefecer jamais, pelo menos era isso que queria. E seu cora\u00e7\u00e3o acordou em paz.<\/p>\n

Obs.:<\/u> Clique no link para ouvir VALSINHA<\/a><\/p>\n

Nota:<\/u><\/em> Arte da Dan\u00e7a<\/em>, obra de Leonid Afremov<\/p>\n

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