Moema<\/em> \u00e9 uma obra do pintor brasileiro Victor Meirelles, pintor de hist\u00f3ria, que nela retrata um tema indianista e, que faz parte do imagin\u00e1rio nacional. O artista inspirou-se no canto VI do poema \u00e9pico “Caramuru”, escrito de frei Jos\u00e9 de Santa Rita Dur\u00e3o, em 1781, especificamente em \u201cCaramuru, Poema \u00c9pico do Descobrimento da Bahia\u201d.<\/p>\nPara entender melhor a pintura, o leitor precisa conhecer um pouco do mito sobre Moema, uma \u00edndia brasileira que se apaixonou por\u00a0 Diogo \u00c1lvares Correia, n\u00e1ufrago portugu\u00eas, que recebeu dos ind\u00edgenas o apelido de Caramuru. Ao se ver abandonada, a \u00edndia jogou-se no mar, nadando atr\u00e1s do navio franc\u00eas que conduzia seu amado de volta \u00e0 Europa. Ele levava em sua companhia apenas a \u00edndia Paragua\u00e7u. Moema morre de exaust\u00e3o e seu corpo \u00e9 levado at\u00e9 \u00e0 praia pela mar\u00e9, onde \u00e9 encontrado.<\/p>\n
Na pintura, o corpo nu de Moema, em primeiro plano, encontra-se numa \u00a0praia des\u00e9rtica, em meio a pedras, areia e conchas. Tudo em derredor parece silencioso e calmo. At\u00e9 o mar mostra-se quieto. O dia parece estar amanhecendo. Os cabelos negros e revoltos da \u00edndia est\u00e3o espalhados sobre a areia, como se servissem de travesseiro para seu rosto p\u00e1lido, voltado para o c\u00e9u. Ela ainda traz no corpo parte da tanga de penas coloridas, que lhe cobre a p\u00fabis, arranjo esse que tira a naturalidade da pose.<\/p>\n
O artista escolheu para pintar, n\u00e3o uma cena descrita pelo poema \u00e9pico, mas aquilo que imaginou ter acontecido com a \u00edndia, ap\u00f3s seguir o navio em que se encontrava Caramuru. Ou seja, ele ampliou o enredo do escritor, dando-lhe um final de acordo com sua imagina\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Na \u00e9poca em que foi feita, a pintura teve pouca repercuss\u00e3o, contudo, atualmente \u00e9 vista com outros olhos. Cr\u00edticos e historiadores de arte t\u00eam-na como um importante marco na carreira de Victor Meirelles, sendo um dos mais not\u00e1veis exemplos do indianismo rom\u00e2ntico na artes visuais brasileira, transformando-se num \u00edcone nacional, inclusive recebendo v\u00e1rias releituras e sendo objeto de estudo nas escolas.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1866
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 129 x 190
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu de Arte de S\u00e3o Paulo (MASP), Brasil<\/p>\n
Fonte de pesquisa
\n<\/u>Enciclop\u00e9dia dos Museus\/ Mirador
\nhttps:\/\/www.escritoriodearte.com\/artista\/victor-meirelles\/
\nhttps:\/\/pt.wikipedia.org\/wiki\/Victor_Meirelles<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho A tela, que assim nos arrebata e seduz, resiste \u00e0 an\u00e1lise cr\u00edtica a mais exigente, considerando-se a execu\u00e7\u00e3o art\u00edstica e as exig\u00eancias da composi\u00e7\u00e3o. (Homem de Melo) Obra de maior valor, pois que re\u00fane em grau muito subido todas as qualidades da grande pintura, \u00e9 a Moema do Sr. Vctor […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[42,28],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28135"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=28135"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28135\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47090,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28135\/revisions\/47090"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=28135"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=28135"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=28135"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}