{"id":28138,"date":"2016-09-30T00:49:03","date_gmt":"2016-09-30T03:49:03","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=28138"},"modified":"2022-08-15T23:22:45","modified_gmt":"2022-08-16T02:22:45","slug":"joao-zeferino-da-costa-a-pompeiana","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/joao-zeferino-da-costa-a-pompeiana\/","title":{"rendered":"Jo\u00e3o Zeferino da Costa \u2013 A POMPEIANA"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho
\n<\/strong><\/p>\n

\"apompei\"<\/a><\/strong><\/p>\n

Este corpo \u00e9 p\u00e9rfido como a deslumbrante apar\u00eancia da urtiga das montanhas a que a popula\u00e7\u00e3o montezinha chama arrebenta-cavalos. (Gonzaga Dutra)<\/em><\/strong><\/p>\n

A composi\u00e7\u00e3o Pompeiana <\/em>\u00e9 uma obra do pintor brasileiro Jo\u00e3o Zeferino da Costa<\/em>. A palavra \u201cpompeiana\u201d \u00a0que d\u00e1 t\u00edtulo \u00e0 tela significa \u201chabitante de Pompeia\u201d. O quadro foi pintado quando o artista encontrava-se em Roma, na It\u00e1lia.<\/p>\n

A modelo, de frente para o observador, encontra-se de p\u00e9 sobre um couro de on\u00e7a, espalhado sobre o ladrilho do ambiente. Seu corpo nu est\u00e1 levemente cingido por uma fita azul, que de seus cabelos desce-lhe pelas costa e cobre quase toda a p\u00fabis. Seu bra\u00e7o esquerdo, que se ergue para segurar a fita nos cabelos, faz com que seu corpo incline-se para a direita, enquanto o\u00a0 direito, dobrado em dire\u00e7\u00e3o ao ombro, parece bem menor. Suas coxas tamb\u00e9m s\u00e3o desproporcionais ao tamanho das pernas.<\/p>\n

O ar faceiro da mulher dilui qualquer forma de timidez que dela possa advir. Ela usa sand\u00e1lias vermelhas, tran\u00e7adas, segundo o modelo romano, at\u00e9 o meio das pernas. Atr\u00e1s da modelo, ocupando quase todo o m\u00f3vel de \u00e9bano e parte do ch\u00e3o, est\u00e1 o que parece ser uma longa t\u00fanica bege-claro com bordados dourados em torno. Sobre essa descansa um espelho oval, com uma moldura de bronze. Uma parede vermelha, com ornamentos etruscos, ao fundo, destaca ainda mais a cor esmaecida da pele da mulher. Uma coluna romana encontra-se \u00e0 sua esquerda. E \u00e0 sua frente, no ch\u00e3o, est\u00e1 uma rosa despetalada e outras pequenas flores.<\/p>\n

Segundo a cr\u00edtica da \u00e9poca, o artista esmerou-se no tratamento dado ao cen\u00e1rio, mas foi desleixado com a figura humana, quer nas despropor\u00e7\u00f5es do corpo quer na cor. Esta pintura recebeu do cr\u00edtico Gonzaga Duque, \u00e0 \u00e9poca, um contundente ataque, a ponto de classificar a figura retratada como \u201crameira\u201d e \u201cmeretriz\u201d. \u00a0Isso chega a ser ris\u00edvel para os dias de hoje, em que a pobre \u201cpompeiana\u201d mais se parece com uma mocinha bela, recatada e do lar. Nada como o tempo para mudar os costumes.<\/p>\n

Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1876
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 219 x 120 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil<\/p>\n

Fonte de pesquisa
\n<\/u>A arte brasileira em 25 quadros\/ Rafael Cardoso<\/p>\n

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Autoria de Lu Dias Carvalho Este corpo \u00e9 p\u00e9rfido como a deslumbrante apar\u00eancia da urtiga das montanhas a que a popula\u00e7\u00e3o montezinha chama arrebenta-cavalos. (Gonzaga Dutra) A composi\u00e7\u00e3o Pompeiana \u00e9 uma obra do pintor brasileiro Jo\u00e3o Zeferino da Costa. A palavra \u201cpompeiana\u201d \u00a0que d\u00e1 t\u00edtulo \u00e0 tela significa \u201chabitante de Pompeia\u201d. O quadro foi pintado […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[23],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28138"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=28138"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28138\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47297,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28138\/revisions\/47297"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=28138"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=28138"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=28138"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}