{"id":28275,"date":"2016-10-04T00:09:10","date_gmt":"2016-10-04T03:09:10","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=28275"},"modified":"2022-08-15T23:20:05","modified_gmt":"2022-08-16T02:20:05","slug":"rodolpho-chambelland-baile-a-fantasia","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/rodolpho-chambelland-baile-a-fantasia\/","title":{"rendered":"Rodolpho Chambelland \u2013 BAILE \u00c0 FANTASIA"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho
\n<\/strong><\/p>\n

\"baifan\"<\/a><\/strong><\/p>\n

Para entender a originalidade que representava, em 1913, um quadro como \u201cBaile \u00e0 Fantasia\u201d, \u00e9 preciso um esfor\u00e7o para enxerg\u00e1-lo com um olhar contempor\u00e2neo, e n\u00e3o atrav\u00e9s do filtro daquilo que veio depois. (Rafael Cardoso)<\/em><\/strong><\/p>\n

\u00a0Incontestavelmente o quadro, que mais de pronto chama a aten\u00e7\u00e3o e a empolga, \u00e9 o denominado \u201cBaile \u00e0 Fantasia\u201d, do jovem artista Rodolpho Chambelland. \u00c9 uma poderosa nota de cor, um magn\u00edfico esp\u00e9cime de t\u00e9cnica colorista executada com singular gosto e habilidade. (Cr\u00edtico an\u00f4nimo do Jonal do Commercio)<\/em><\/strong><\/p>\n

\u00a0<\/em><\/strong>A composi\u00e7\u00e3o Baile \u00e0 Fantasia<\/em> \u00e9 uma obra do pintor brasileiro Rodolpho Chambelland e, como o pr\u00f3prio t\u00edtulo indica, retrata um tema popular \u2013 o Carnaval – onde predominam a alegria, a liberdade trazida pelo anonimato, em raz\u00e3o do uso de fantasias, e a\u00a0 anima\u00e7\u00e3o. A tela foi comprada pela Escola Nacional de Belas-Artes (ENBA).<\/p>\n

O artista retrata uma festa carnavalesca. No baile \u00e0 fantasia, in\u00fameros personagens encontram-se presentes, em pares ou sozinhos. A vibra\u00e7\u00e3o parece ressoar de todos os pontos da pintura. O principal destaque \u00e9 dado ao par composto por um pierr\u00f4 e uma colombina trajando um esvoa\u00e7ante vestido vermelho, em primeiro plano, \u00e0 direita da composi\u00e7\u00e3o. As demais figuras espalham-se livremente por toda a tela, sob uma chuva de confetes e serpentinas, que inunda todo o sal\u00e3o.<\/p>\n

O historiador da arte Rafael Cardoso, afirma que, para a \u00e9poca, o tema era bastante moderno, \u201cn\u00e3o uma modernidade program\u00e1tica, de manifesto intelectual, mas uma sensibilidade para os assuntos e as experi\u00eancias da vida urbana, das novas classes oper\u00e1rias, da boemia e da multid\u00e3o\u201d. N\u00e3o apenas a tem\u00e1tica usada pelo artista como tamb\u00e9m o tratamento dado ao quadro eram inovadores \u00e0 \u00e9poca.<\/p>\n

O pintor, em sua tela, faz uso do \u201cdivisionismo\u201d, ou seja, ele aplica toques de cores puras, pr\u00f3ximos uns dos outros, com o objetivo de criar uma vibra\u00e7\u00e3o \u00f3tica no observador. Vistas de uma certa dist\u00e2ncia, as cores fundem-se, dando maior claridade e brilho \u00e0 obra como um todo. A pintura \u00e9, em todos os sentidos, uma explos\u00e3o de alegria, movimento e cores.<\/p>\n

O Carnaval tem sido, em raz\u00e3o de sua riqueza visual, uma das festas populares brasileiras mais representadas nas artes pl\u00e1sticas. S\u00e3o in\u00fameras as obras retratando a magia do universo carnavalesco.<\/p>\n

Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1913
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 149 x 209 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil<\/p>\n

Fonte de pesquisa
\n<\/u>A arte brasileira em 25 quadros\/ Rafael Cardoso<\/p>\n

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