{"id":28278,"date":"2016-06-26T22:09:33","date_gmt":"2016-06-27T01:09:33","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=28278"},"modified":"2022-08-14T23:37:07","modified_gmt":"2022-08-15T02:37:07","slug":"pintores-brasileiros-vicente-do-rego-monteiro","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/pintores-brasileiros-vicente-do-rego-monteiro\/","title":{"rendered":"Pintores Brasileiros \u2013 VICENTE DO REGO MONTEIRO"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho<\/b><\/span><\/span>
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\"viremon\"<\/a><\/strong><\/p>\n

A vida \u00e9 tudo o que tenho. A vida e somente a vida. \u00c9 sobre ela que estou construindo a minha obra. (Vicente do Rego Monteiro)<\/strong><\/em><\/p>\n

Em geral, o ideal do artista brasileiro \u00e9 fugir de sua terra para ir adorar os \u00eddolos europeus e voltar com alguns esquisitos nus de \u201ccocotes\u201d francesa ou alguns pinheiros romanos, pintados e repintados por meio mundo, como se n\u00e3o houvesse lindas mulheres e poderosas paisagens em nossa terra.\u201d (Enrico Castelli, o Chim)<\/em><\/strong><\/p>\n

\u00a0<\/em><\/strong>O pintor, ilustrador, desenhista, muralista, escultor, poeta e professor Vicente do Rego Monteiro<\/em> (1899-1970) nasceu na cidade do Recife\/PE. Era filho do comerciante de tecidos Ildefonso do Rego Monteiro e da professora Elisa C\u00e2ndida Figueiredo Melo do Rego Monteiro. Desde pequenos ele e seus irm\u00e3os foram incentivados pela m\u00e3e em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s artes. Dos cinco filhos tr\u00eas tornaram-se pintores, outro se tornou arquiteto e a outra, escritora.<\/p>\n

A fam\u00edlia de Vicente<\/em> mudou-se para a Fran\u00e7a, quando ele estava com a idade de 12 anos. Antes disso tivera contato com a arte, ao acompanhar sua irm\u00e3 mais velha nos cursos na Escola Nacional de Belas-Artes (Enba), no Rio de Janeiro. Em Paris o garoto frequentou importantes academias, nas quais teve aulas de escultura, desenho e pintura. Tamb\u00e9m aproveitou para conhecer muitos pa\u00edses europeus, dando \u00eanfase \u00e0 visita de museus de arte. Paris tamb\u00e9m lhe proporcionou o conhecimento dos espet\u00e1culos de dan\u00e7a. Apaixonou-se, sobretudo, pelo bal\u00e9 russo, paix\u00e3o essa que se faria presente em seu trabalho. Aos 13 anos de idade participou do Sal\u00e3o dos Independentes com duas obras: uma pintura e uma escultura.<\/p>\n

No final de 1914 a fam\u00edlia de Vicente<\/em> retornou ao Brasil, fugindo da Primeira Guerra Mundial. O artista passou a viver no Rio de Janeiro, onde fez esculturas e mostrou-se interessado pela m\u00fasica e pela dan\u00e7a popular do pa\u00eds. Tr\u00eas anos depois voltou ao Recife, onde fez desenhos de dan\u00e7as e pinturas. O pintor criou desenhos e aquarelas tendo como refer\u00eancia as lendas amaz\u00f4nicas e outras tem\u00e1ticas do pa\u00eds, como as cabe\u00e7as de negras. Tempos depois seria a vez da tem\u00e1tica marajoara. O estudo da arte e culturas ind\u00edgenas levou-o ao conhecimento da obra de Rugendas e Debret, tendo o \u00faltimo exercido grande influ\u00eancia em seus trabalhos. Tamb\u00e9m dedicou-se \u00e0 tem\u00e1tica religiosa. Em S\u00e3o Paulo tornou-se amigo dos modernistas Victor Brecheret, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e do pintor acad\u00eamico Pedro Alexandrino. Em sua viagem \u00e0 B\u00e9lgica e \u00e0 Alemanha travou conhecimento com os expressionistas que sobre ele exerceriam uma grande influ\u00eancia. Tamb\u00e9m viria a interessar-se pelo Surrealismo.<\/p>\n

O artista retornou a Paris, onde montou um ateli\u00ea, ali permanecendo at\u00e9 1933, morando mais de 10 anos na Fran\u00e7a. Segundo os cr\u00edticos, ele realizou nesse per\u00edodo a sua mais representativa produ\u00e7\u00e3o pict\u00f3rica. Foi nessa \u00e9poca que apresentou sua primeira exposi\u00e7\u00e3o individual. Dois livros com ilustra\u00e7\u00f5es suas foram publicados: \u201cMontmartre\u201d e \u201cQuelques Visages de Paris\u201d. Foi tamb\u00e9m nesse per\u00edodo que perdeu v\u00e1rias obras em raz\u00e3o de um inc\u00eandio em seu ateli\u00ea. Ali tamb\u00e9m conviveu com artistas e intelectuais brasileiros.<\/p>\n

Ao retornar ao Brasil, Vicente<\/em> ficou um grande per\u00edodo sem se dedicar \u00e0 pintura com o afinco de antes. Comprou uma fazenda, onde passou a fabricar cacha\u00e7a. Em 1937 retornou a Paris, apenas por alguns meses, e ali realizou duas exposi\u00e7\u00f5es. Em 1942 retomou a pintura. Dedicou-se aos temas nordestinos, religiosos e \u00e0s cenas de dan\u00e7a. Dedicou-se tamb\u00e9m \u00e0 poesia. Continuou indo a Paris para expor sua arte. Foi professor na Escola de Belas-artes da Universidade Federal de Pernambuco.<\/p>\n

Tendo se separado de sua primeira esposa, a francesa Marcelle Louis Villard, Vicente uniu-se a Crisolita Pontual Barreto Beltr\u00e3o que lhe deu tr\u00eas filhos, e com quem viveu at\u00e9 o final de sua vida. O artista morreu de infarto na cidade do Rio de Janeiro em 1970, aos 71 anos de idade.<\/p>\n

Fontes de pesquisa
\n<\/u>Vicente do Rego Monteiro\/ Cole\u00e7\u00e3o Folha
\nA arte brasileira em 25 quadros\/ Rafael Cardoso<\/p>\n

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