Crucifix\u00e3o <\/em>\u00e9 uma obra do pintor brasileiro Vicente do Rego Monteiro. Nela, o artista retrata a crucifica\u00e7\u00e3o de Cristo. Em suas pinturas de tem\u00e1tica religiosa, Vicente tamb\u00e9m retratou outras passagens da vida de Jesus, assim como epis\u00f3dios b\u00edblicos e imagens de santos. Esta \u00e9 um de seus trabalhos mais conhecidos.<\/p>\nEsta foi a primeira tela em que Vicente retratou um tema religioso. Para ela fez in\u00fameros estudos. Trata-se de uma obra estilizada e toda baseada em formas geom\u00e9tricas. Linhas horizontais e verticais estruturam a tela. Nas figuras s\u00e3o usados tra\u00e7os da cultura marajoara. A refer\u00eancia a essa cultura tamb\u00e9m est\u00e1 presente no tra\u00e7ado das m\u00e3os e dos p\u00e9s das figuras (somente os p\u00e9s de Cristo aparecem), assim como na supremacia dos tons terrosos.<\/p>\n
Cristo traz na cabe\u00e7a uma coroa de espinhos que faz o seu rosto sangrar. Seu olhar \u00e9 de grande tristeza. Uma ferida \u00e9 vista em seu peito direito, de onde escorre uma gota de sangue. Dois pequenos c\u00edrculos escuros indicam as patelas de Jesus. Os quadrados com um x representam os pregos em suas m\u00e3os e p\u00e9s. Abaixo deles escorrem gotas de sangue.<\/p>\n
A figura de Cristo na cruz est\u00e1 ladeada por duas outras, com seus olhos a verterem l\u00e1grimas. Ao rosto de cada mulher, em formato de cora\u00e7\u00e3o e partindo diretamente do ombro, agrega-se o corpo escuro e o bra\u00e7o levantado. Embora os rostos das mulheres sejam frontais, seus corpos encontram-se de perfil. H\u00e1 uma pequena diferen\u00e7a no rosto de cada uma delas (uma est\u00e1 com os olhos fechados e a outra, abertos), mas a postura do corpo \u00e9 a mesma, como se fossem espelhados. Ambas trazem os bra\u00e7os apoiados na cruz.<\/p>\n
Cristo crucificado est\u00e1 de frente para o observador. Encontra-se centralizado na tela, em tamanho bem superior ao das mulheres, o que reafirma sua import\u00e2ncia sobre essas. A luz, que \u00e9 refletida no centro do corpo do Mestre, propaga-se pelas linhas brancas das vestes das mulheres, sendo respons\u00e1veis por esbo\u00e7ar o drapeado das mesmas e tamb\u00e9m o contorno das montanhas que se erguem atr\u00e1s.<\/p>\n
Os efeitos de claro-escuro contribuem para aumentar a dramaticidade da tela.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1922
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 88,5 x 77,7 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Acervo da Cole\u00e7\u00e3o Gilberto Chateaubriand, MAM\/RJ, Brasil<\/p>\n
Fontes de pesquisa
\n<\/u>Vicente do Rego Monteiro\/ Cole\u00e7\u00e3o Folha
\nEnciclop\u00e9dia Ita\u00fa Cultural<\/p>\n
Views: 63<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho A composi\u00e7\u00e3o denominada Crucifix\u00e3o \u00e9 uma obra do pintor brasileiro Vicente do Rego Monteiro. Nela, o artista retrata a crucifica\u00e7\u00e3o de Cristo. Em suas pinturas de tem\u00e1tica religiosa, Vicente tamb\u00e9m retratou outras passagens da vida de Jesus, assim como epis\u00f3dios b\u00edblicos e imagens de santos. Esta \u00e9 um de seus […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[28],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28296"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=28296"}],"version-history":[{"count":6,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28296\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47112,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28296\/revisions\/47112"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=28296"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=28296"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=28296"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}