{"id":28529,"date":"2016-07-24T22:50:26","date_gmt":"2016-07-25T01:50:26","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=28529"},"modified":"2022-08-15T00:05:04","modified_gmt":"2022-08-15T03:05:04","slug":"pintores-brasileiros-eliseu-visconti","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/pintores-brasileiros-eliseu-visconti\/","title":{"rendered":"Pintores Brasileiros \u2013 ELISEU VISCONTI"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho<\/b><\/span><\/span>\"elisvisc\"<\/a><\/strong><\/p>\n

Nasce uma nova paisagem na pintura do Brasil […] Foi pena que o movimento moderno brasileiro, no seu in\u00edcio, n\u00e3o tivesse tido contato com Visconti. Os seus precursores teriam tido muito que aprender com o velho artista, mais experimentado, senhor da t\u00e9cnica da luz, aprendido diretamente na escola do neoimpressionismo. (M\u00e1rio Pedrosa)<\/strong><\/em><\/p>\n

O professor e pintor brasileiro Eliseu d\u2019Angelo Visconti<\/em> (1866-1944) nasceu na It\u00e1lia, mas aos sete anos de idade veio para o Brasil com sua irm\u00e3 Marianella, ao encontro dos irm\u00e3os mais velhos, que para aqui vieram anos antes. Os dois foram morar na propriedade do bar\u00e3o de Guararema, em Minas Gerais, ganhando a afei\u00e7\u00e3o da baronesa Francisca de Souza Monteiro de Barros, que os conheceu na It\u00e1lia, onde estivera em tratamento. A baronesa, apreciadora de arte e colecionadora de pinturas, encarregou-se dos estudos de Eliseu<\/em>, por quem nutria grande carinho, sendo tamb\u00e9m sua grande incentivadora nas artes. O garoto foi para a cidade do Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos de m\u00fasica. Mas ao ver um de seus desenhos, a baronesa incentivou-o a estudar artes.<\/p>\n

Eliseu Visconti<\/em>, aos nove anos de idade, foi matriculado no Liceu de Artes e Of\u00edcios. Ali se tornou um destaque entre os colegas. Em uma das exposi\u00e7\u00f5es de final de ano, sua escultura \u201cAs Rom\u00e3s\u201d chamou a aten\u00e7\u00e3o de dom Pedro II, que lhe sugeriu estudar na Academia Imperial de Belas-Artes (Aiba), tendo Eliseu<\/em> acatado sua sugest\u00e3o. Na nova escola, onde teve como mestres Zeferino da Costa, Rodolfo Amoedo, Henrique Bernardelli, Victor Meirelles e Jos\u00e9 Maria de Medeiros, grandes nomes da arte brasileira, ele recebeu in\u00fameros pr\u00eamios pelos trabalhos apresentados. Mas em 1890, aos 17 anos, juntou-se ao grupo dos \u201cmodernos\u201d, composto por professores e alunos que n\u00e3o mais aceitavam a imposi\u00e7\u00e3o das normas ensinadas pela Academia de Belas-Artes. O grupo criou o \u201cAteli\u00ea Livre\u201d.<\/p>\n

O governo republicano aprovou reformas na Academia, que veio a tornar-se a Escola Nacional de Belas-Artes. Sob novas diretrizes, Eliseu Visconti<\/em> retomou seu lugar de aluno na institui\u00e7\u00e3o. E logo depois foi agraciado com um pr\u00eamio que lhe foi concedido pela Rep\u00fablica, conhecido como Pr\u00eamio de Viagem ao Exterior, que o levou a estudar na Europa. Na Fran\u00e7a foi aluno de Eug\u00e8ne Samuel Grasset, tido como uma das mais importantes figuras da \u201cArt Nouveau\u201d. Estudou tamb\u00e9m com os mestres Bouquereau e Ferrier. Em muitos de seus trabalhos est\u00e3o vis\u00edveis as influ\u00eancias dos movimentos simbolista, impressionista e art-nouveau. Em Madri, ele teve contato com a arte de Diego Vel\u00e1zquez.<\/p>\n

Em Paris, Visconti<\/em> recebeu uma medalha de prata na Exposi\u00e7\u00e3o Universal de 1900, por seus quadros \u201cOr\u00e9adas\u201d e \u201cGiovent\u00f9\u201d. L\u00e1 tamb\u00e9m passou a viver com Louise Palombe, aquela que viria a ser sua esposa durante toda a vida e m\u00e3e de seus filhos. Ao retornar ao Brasil faz sua primeira exposi\u00e7\u00e3o, que foi bem recebida pelos cr\u00edticos de arte da \u00e9poca, como o famoso Gonzaga Duque. Foi chamado para decorar o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, decora\u00e7\u00e3o essa feita em Paris, em duas etapas. Ap\u00f3s esse trabalho, ao retornar ao Brasil, em 1920, passou a criar um impressionismo pr\u00f3prio, bem ao jeito tropical.<\/p>\n

Eliseu Visconti<\/em> foi um dos grandes artistas do cen\u00e1rio brasileiro. Sempre aberto a ideias novas, trabalhou com diversas t\u00e9cnicas e influ\u00eancias, trafegando pelo naturalismo, renascentismo, realismo, pontilhismo, impressionismo e neorrealismo. Infelizmente, aos 78 anos de idade, o artista sofreu um assalto em seu ateli\u00ea, quando levou um golpe na cabe\u00e7a, morrendo tr\u00eas meses depois. Ele se tornou oficialmente brasileiro em raz\u00e3o de uma lei que tornava brasileiros todos os imigrantes que viviam no pa\u00eds, quando a Rep\u00fablica foi proclamada.<\/p>\n

Nota:<\/u> autorretrato do pintor<\/p>\n

Fontes de pesquisa
\n<\/u>A arte brasileira em 25 quadros\/ Rafael Cardoso
\nEliseu Visconti\/ Cole\u00e7\u00e3o Folha
\nhttp:\/\/www.eliseuvisconti.com.br\/Site\/Apresentacao\/Sobre.aspx<\/p>\n

Views: 2<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho Nasce uma nova paisagem na pintura do Brasil […] Foi pena que o movimento moderno brasileiro, no seu in\u00edcio, n\u00e3o tivesse tido contato com Visconti. Os seus precursores teriam tido muito que aprender com o velho artista, mais experimentado, senhor da t\u00e9cnica da luz, aprendido diretamente na escola do neoimpressionismo. […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[28],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28529"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=28529"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28529\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47154,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28529\/revisions\/47154"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=28529"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=28529"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=28529"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}