<\/a><\/strong><\/p>\nEu planejo o quadro como um arquiteto. Uso c\u00e1lculos sucessivos at\u00e9 achar a linha final para a constru\u00e7\u00e3o definitiva. O quadro se fabrica, se constr\u00f3i como uma casa. Esse neg\u00f3cio de falar de inspira\u00e7\u00e3o, s\u00f3 no tachismo e no expressionismo, aonde o artista vai com o corpo e a cara, com tudo, improvisa. Mas eu acho que o artista, depois do cubismo, constr\u00f3i seu trabalho. (Vicente do Rego Monteiro)<\/em><\/strong><\/p>\n\u00a0<\/em><\/strong>O primeiro contato do pintor brasileiro Vicente do Rego Monteiro<\/em> com a arte foi atrav\u00e9s de sua irm\u00e3 mais velha, ao acompanh\u00e1-la nos cursos na Escola Nacional de Belas-Artes (Enba), no Rio de Janeiro. Depois sua fam\u00edlia mudou-se para a Fran\u00e7a, quando ele estava com 12 anos de idade. Em Paris, o garoto frequentou importantes academias, nas quais teve aulas de escultura, desenho e pintura. Tamb\u00e9m aproveitou para conhecer muitos pa\u00edses europeus, dando \u00eanfase \u00e0 visita de museus de arte. Paris tamb\u00e9m lhe proporcionou o conhecimento dos espet\u00e1culos de dan\u00e7a, que teria grande influ\u00eancia em sua arte.<\/p>\nVicente montou um ateli\u00ea em Paris, ali permanecendo at\u00e9 1933, morando mais de 10 anos na Fran\u00e7a. Segundo os cr\u00edticos, ele realizou nesse per\u00edodo a sua mais representativa produ\u00e7\u00e3o pict\u00f3rica. Foi nessa \u00e9poca que apresentou sua primeira exposi\u00e7\u00e3o individual. Dois livros com ilustra\u00e7\u00f5es suas foram publicados: \u201cMontmartre\u201d e \u201cQuelques Visages de Paris\u201d. Foi tamb\u00e9m nesse per\u00edodo que perdeu v\u00e1rias obras, em raz\u00e3o de um inc\u00eandio em seu ateli\u00ea.<\/p>\n
\u00a0<\/strong>No Brasil, o pintor criou desenhos e aquarelas, tendo como refer\u00eancia as lendas amaz\u00f4nicas e outras tem\u00e1ticas do pa\u00eds, como as cabe\u00e7as de negras. Tempos depois seria a vez da tem\u00e1tica marajoara. O estudo da arte e culturas ind\u00edgenas levou-o ao conhecimento da obra de Rugendas e Debret, tendo o \u00faltimo exercido grande influ\u00eancia em seus trabalhos. Em S\u00e3o Paulo tornou-se amigo dos modernistas Victor Brecheret, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e do pintor acad\u00eamico Pedro Alexandrino. Em sua viagem \u00e0 B\u00e9lgica e \u00e0 Alemanha travou conhecimento com os expressionistas, que sobre ele exerceriam uma grande influ\u00eancia. Tamb\u00e9m viria a interessar-se pelo Surrealismo.<\/p>\nVicente foi muito aberto em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 tem\u00e1tica de sua obra, que apresenta telas religiosas, m\u00fasicos, nus femininos, trabalhadores, esportistas, etc. Contudo, quando se trata do estilo, pode-se dizer que esse era \u00fanico, pois quase todas as suas obras trazem suas figuras meio geometrizadas, sendo que o volume e o peso escult\u00f3rico recebiam um tratamento especial. Em seu trabalho de poucas cores, os tons ocre e marrom s\u00e3o predominantes. Usava contornos e sombreados pretos para sugerir relevo.<\/p>\n
No in\u00edcio de sua carreira, Vicente frequentava aulas de escultura, de desenho e de pintura. E esse interesse pela escultura acompanhou-o, principalmente pela eg\u00edpcia antiga, gosto esse que se fez presente em algumas de suas obras.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Obra: Adora\u00e7\u00e3o dos Magos
\nAno: 1925
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 82 x 101 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: n\u00e3o encontrada<\/p>\n
Fontes de pesquisa
\n<\/u>Livro de arte brasileira\/ Projeto Brazilian Art
\nVicente do Rego Monteiro\/ Cole\u00e7\u00e3o Folha
\nA arte brasileira em 25 quadros\/ Rafael Cardoso<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho Eu planejo o quadro como um arquiteto. Uso c\u00e1lculos sucessivos at\u00e9 achar a linha final para a constru\u00e7\u00e3o definitiva. O quadro se fabrica, se constr\u00f3i como uma casa. Esse neg\u00f3cio de falar de inspira\u00e7\u00e3o, s\u00f3 no tachismo e no expressionismo, aonde o artista vai com o corpo e a cara, […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[28],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28717"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=28717"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28717\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47124,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28717\/revisions\/47124"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=28717"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=28717"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=28717"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}