A Carta de Amor<\/em> foi planejado pelo pintor como sendo um tr\u00edptico, com a cena dom\u00e9stica a ocupar a parte central. Atrav\u00e9s da porta aberta, v\u00ea-se uma sala, onde se encontram uma senhora e sua criada, pr\u00f3ximas a uma lareira. Segundo alguns historiadores de arte trata-se de parte do interior da pr\u00f3pria casa do artista.<\/p>\nA mulher, elegantemente vestida com saia e casaco amarelo, com acabamento em arminho, estava a tocar seu ala\u00fade, quando foi interrompida pela criada, que lhe entrega uma carta. Segurando a missiva na m\u00e3o direita levantada, ela lan\u00e7a um olhar interrogativo \u00e0 mo\u00e7a, que sorri levemente. O ala\u00fade no seu colo remete a uma carta de amor, segundo a simbologia da \u00e9poca (s\u00edmbolo do amor, muitas vezes do amor carnal).<\/p>\n
No primeiro plano encontra-se uma suntuosa cortina (elemento quase sempre presente nas pinturas de Vermeer), recolhida \u00e0 direita, como se mostrasse ao observador que a cena \u00e9 privada. Uma cadeira, com algumas pe\u00e7as de roupa em seu espaldar e umas partituras no assento, localiza-se \u00e0 direita. Um mapa do Norte da Holanda posiciona-se \u00e0 esquerda. Complementam a pintura uma vassoura (ou esfreg\u00e3o), um cesto de vime com roupas, duas paisagens na parede, um par de chinelos na entrada, etc. Sobre a lareira \u00e9 poss\u00edvel notar pequenas pe\u00e7as de adorno. O ladrilho, em diagonais, repassa a impress\u00e3o de profundidade.<\/p>\n
Nas pinturas holandesas da \u00e9poca, os objetos possu\u00edam uma forte simbologia. No quadro estudado, por exemplo, o instrumento musical e as partituras aludem ao amor; as p\u00e9rolas tanto podem simbolizar a vaidade como a virgindade; o quadro maior na parede alude a um ente querido em viagem, enquanto o menor, mostrando um andarilho, pode significar separa\u00e7\u00e3o e o desejo de reencontro; a vassoura tanto pode significar limpeza como um empecilho para que o observador entre, refor\u00e7ando o sentido de privacidade da cena, etc.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: c.1667-1670
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 44 x 38,5 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Rijksmuseum, Amsterdam, Holanda<\/p>\n
Fontes de pesquisa
\n<\/u>A Enciclop\u00e9dia dos Museus\/ Mirador
\n1000 obras-primas da pintura europeia\/ K\u00f6nemann
\nhttps:\/\/translate.google.com.br\/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http:\/\/www.essentialvermeer.com\/catalogue\/love_letter.html&prev<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho A composi\u00e7\u00e3o A Carta de Amor \u00e9 uma obra do pintor holand\u00eas Johannes van der Meer, tamb\u00e9m conhecido como\u00a0 Jan Vermeer, ou apenas Vermeer, (1632-1675). Presume-se que ele tenha estudado com os professores Leonaert e Carel Fabritius. Foi mestre da Guilda de S\u00e3o Lucas. Embora tenha apenas 35 obras conhecidas, […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11,42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28973"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=28973"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28973\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47215,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28973\/revisions\/47215"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=28973"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=28973"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=28973"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}