{"id":29484,"date":"2016-09-15T00:36:23","date_gmt":"2016-09-15T03:36:23","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=29484"},"modified":"2022-08-15T21:50:36","modified_gmt":"2022-08-16T00:50:36","slug":"rivera-paisagem-zapatista","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/rivera-paisagem-zapatista\/","title":{"rendered":"Rivera \u2013 PAISAGEM ZAPATISTA"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho
\n<\/strong><\/p>\n

\"paza\"<\/a><\/p>\n

\u00c9 um quadro de um cubismo amb\u00edguo, n\u00e3o ortodoxo. (Raquel Tibol)<\/em><\/strong><\/p>\n

A composi\u00e7\u00e3o Paisagem Zapatista, <\/em>que num primeiro momento foi chamada de El Guerrillero,<\/em> \u00e9 uma obra do pintor mexicano Diego Rivera, tida por muitos cr\u00edticos como a sua obra-prima cubista. \u00c9 tamb\u00e9m uma homenagem ao revolucion\u00e1rio Emiliano Zapata, respons\u00e1vel por comandar a revolu\u00e7\u00e3o de 1910 no pa\u00eds, assumindo o poder. O artista prestou-lhe, com o seu pincel, in\u00fameras homenagens.<\/p>\n

O artista usa o Cubismo para falar sobre a revolu\u00e7\u00e3o vitoriosa, liderada por Zapata.\u00a0 Como \u00e9 poss\u00edvel observar, Rivera, apesar de usar o estilo cubista, n\u00e3o abre m\u00e3o de sua forte personalidade art\u00edstica. Ele mant\u00e9m a combina\u00e7\u00e3o de cores incomum ao estilo, a reprodu\u00e7\u00e3o figurativa \u00e9 mais compreens\u00edvel, mostrando vigorosamente o seu M\u00e9xico.<\/p>\n

O rifle, a bandoleira (correia usada a tiracolo, \u00e0 qual se prende a arma), a caixa de muni\u00e7\u00e3o de madeira, a cartucheira, a manta colorida, tamb\u00e9m conhecida por poncho, e o chap\u00e9u, tamb\u00e9m chamado de sombrero e usado pelos zapatistas, s\u00e3o refer\u00eancias diretas \u00e0 revolu\u00e7\u00e3o mexicana. Tamb\u00e9m est\u00e3o presentes as terras localizadas no sul do M\u00e9xico, atrav\u00e9s do verde representando a vegeta\u00e7\u00e3o,\u00a0 onde se deu a luta agr\u00e1ria.<\/p>\n

O M\u00e9xico est\u00e1 representado por um bloco compacto, cuja imagem central flutua no espa\u00e7o, tendo abaixo um fundo azul, que pode significar os oceanos Pac\u00edfico e Atl\u00e2ntico, que o banham. Ao fundo est\u00e3o as montanhas, ricas em min\u00e9rios. \u00a0As sombras s\u00e3o pintadas de branco.<\/p>\n

O chap\u00e9u parece fundir-se com uma forma parecida com um olho. \u00c0 direita, na parte inferior da composi\u00e7\u00e3o, uma folha de papel em branco, presa por uma tacha, representa uma esp\u00e9cie de den\u00fancia ou manifesto dos milh\u00f5es de mexicanos que ainda se encontravam analfabetos.<\/p>\n

Ficha t\u00e9cnica<\/span>
\nAno: 1915
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre linho
\nDimens\u00f5es: 144 x 123 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu Nacional de Arte Moderna, Cidade do M\u00e9xico, M\u00e9xico<\/p>\n

Fontes de pesquisa
\n<\/u>G\u00eanios da Pintura\/ Abril Cultural
\nhttp:\/\/www.diegorivera.org\/zapatista-landscape.jsp<\/p>\n

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