<\/a><\/p>\nTeme a mulher e brinca com as v\u00edboras.
\nMulher \u00e9 como bolacha, pois em todo lugar se acha.<\/i><\/b><\/p>\n
Os prov\u00e9rbios s\u00e3o o mais sint\u00e9tico dos estilos liter\u00e1rios e trazem no seu bojo uma parte de nossa hist\u00f3ria ao longo dos tempos. Possuem um cunho moral, ensinando qual \u00e9 a maneira correta de pensar ou agir em determinadas ocasi\u00f5es, mas de acordo com a cultura desse ou daquele povo, o que n\u00e3o significa que sempre estejam corretos. Tamb\u00e9m fantasiam, exageram e debocham. Mostram as dessemelhan\u00e7as entre homens e mulheres, quase sempre defendendo a superioridade e o privil\u00e9gio dos primeiros, ou seja, em sua maioria s\u00e3o machistas, uma vez que retratam a sociedade.<\/p>\n
Ao se remeterem \u00e0 hist\u00f3ria da humanidade, os prov\u00e9rbios deixam clara a posi\u00e7\u00e3o do homem e da mulher, atrav\u00e9s dos tempos, dentro das diversas sociedades, principalmente naquelas mais fechadas em que predomina a oralidade. Retratam os pontos de vista de uma determinada cultura e, por sua vez, refor\u00e7am-nos. E como a mulher \u00e9 malvista desde o surgimento de Eva, n\u00e3o seria de esperar que fossem generosos para com ela, na imensa maioria das vezes. Poucas s\u00e3o as sociedades que evolu\u00edram a ponto de rebater, e at\u00e9 mesmo eliminar, os prov\u00e9rbios de cunho machista.<\/p>\n
Revendo a hist\u00f3ria da f\u00eamea humana atrav\u00e9s dos tempos \u00e9 poss\u00edvel certificar-se de que o homem sempre esteve no comando, quer no \u00e2mbito familiar, do trabalho, pol\u00edtico ou religioso, enquanto \u00e0 mulher coube a tarefa de cuidar dos filhos e da casa. S\u00e3o poucas as culturas que, mesmo nos dias de hoje, fogem a tais ditames,\u00a0 ainda que muitas mulheres trabalhem fora de casa para ajudar no or\u00e7amento dom\u00e9stico.<\/p>\n
\u00c9 interessante notar que a diferencia\u00e7\u00e3o entre o homem e a mulher, que vem desde as culturas mais remotas, originou-se em raz\u00e3o da forma que possui o corpo feminino, de modo que, inconscientemente, isso acabou por definir a posi\u00e7\u00e3o social que um e outro deveriam ter dentro da sociedade. Mesmo em pa\u00edses onde se prega a igualdade entre os sexos \u00e9 poss\u00edvel notar vest\u00edgios da submiss\u00e3o feminina. Contudo, existem sociedades hoje, como a espanhola, que possuem leis severas que co\u00edbem qualquer forma de machismo, n\u00e3o importando a classe social do agressor.<\/p>\n
Ser\u00e1 que a mulher vem fazendo uma releitura de sua posi\u00e7\u00e3o dentro da sociedade, ou continua seguindo o comportamento que seus antepassados preconizaram para ela? Para responder tal pergunta, ter\u00edamos que dar um giro pelo planeta. Mas j\u00e1 sabemos que, quanto maior for o acesso \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, mais os pap\u00e9is executados pelo homem e pela mulher tornam-se mais coincidentes, partilhando os mesmos deveres e as mesmas responsabilidades. No Brasil, homens e mulheres exercendo a mesma fun\u00e7\u00e3o, t\u00eam direito a um sal\u00e1rio semelhante, sob pena de multas severas ao empregador. O que j\u00e1 \u00e9 um bom come\u00e7o rumo \u00e0 igualdade.<\/p>\n
O prov\u00e9rbio ruand\u00eas, direcionado ao homem, que reza \u201cUm mau lar, obriga-te a buscar \u00e1gua e lenha<\/i>\u201d, mostra o quanto a mulher ainda \u00e9 discriminada em certas culturas. Lenha e \u00e1gua simbolizam o trabalho dom\u00e9stico, tido como servi\u00e7o inferior em tais sociedades, e que cabe \u00e0 mulher fazer, mas jamais ao homem.<\/p>\n
Exemplos de prov\u00e9rbios sobre mulheres<\/span>:<\/p>\n\n- Um mau marido \u00e0s vezes \u00e9 um bom pai, mas uma m\u00e1 esposa nunca \u00e9 uma boa m\u00e3e. (Prov\u00e9rbio espanhol)<\/li>\n
- As mulheres s\u00e3o como sapatos, sempre podem ser trocadas. (Prov\u00e9rbio indiano)<\/li>\n
- As mulheres s\u00e3o como \u00f4nibus: quando um parte, outro chega. (Prov\u00e9rbio venezuelano)<\/li>\n
- Sabedoria de mulher, sabedoria de macaco. (Prov\u00e9rbio japon\u00eas)<\/li>\n
- O barco segue o leme, a mulher segue o homem. (Prov\u00e9rbio vietnamita)<\/li>\n
- As mulheres e os bifes, quanto mais batidos, melhores. (Prov\u00e9rbio alem\u00e3o)<\/li>\n
- Mulher \u00e9 como cabra: amarra-a onde crescem os espinhos. (Prov\u00e9rbio ruand\u00eas)<\/li>\n
- Nunca confies numa mulher, mesmo que tenha te dado sete filhos. (Prov\u00e9rbio japon\u00eas)<\/li>\n
- Ter uma \u00fanica esposa \u00e9 viver com um \u00fanico olho. (Prov\u00e9rbio congol\u00eas)<\/li>\n
- A galinha sabe quando \u00e9 manh\u00e3, mas olha para o bico do galo. (Prov\u00e9rbio gan\u00eas)<\/li>\n<\/ul>\n
Obs.:<\/span> Temos aqui neste espa\u00e7o uma sele\u00e7\u00e3o de prov\u00e9rbios relativos \u00e0s mais diferentes viv\u00eancias das mulheres.<\/p>\n\u00cdNDICE \u2013 DITOS POPULARES<\/a><\/strong><\/p>\nFontes de pesquisa:
\n<\/span>Nunca se case com uma mulher de p\u00e9s grandes\/ Mineke Schipper
\nLivro dos prov\u00e9rbios, ditados, ditos populares e anexins\/ Ci\u00e7a Alves Pinto
\nProv\u00e9rbios e ditos populares\/ Pe. Paschoal Rangel<\/p>\nIlustra\u00e7\u00e3o:<\/span> Artesanato do Vale do Jequitinhonha<\/p>\nViews: 110<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho Teme a mulher e brinca com as v\u00edboras. Mulher \u00e9 como bolacha, pois em todo lugar se acha. Os prov\u00e9rbios s\u00e3o o mais sint\u00e9tico dos estilos liter\u00e1rios e trazem no seu bojo uma parte de nossa hist\u00f3ria ao longo dos tempos. Possuem um cunho moral, ensinando qual \u00e9 a maneira […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[43],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2997"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2997"}],"version-history":[{"count":11,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2997\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":49242,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2997\/revisions\/49242"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2997"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2997"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2997"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}