O Pequeno Mendigo<\/em>, o artista retrata uma cena do cotidiano, no entanto, n\u00e3o projeta nela nenhuma intensidade dram\u00e1tica. Apenas alia o tema \u00e0 est\u00e9tica. Um garoto de rua, esmolambado, com os p\u00e9s sujos, encontra-se recostado a uma parede de um edif\u00edcio velho e abandonado. No ch\u00e3o est\u00e3o alguns camar\u00f5es. \u00c0 sua direita v\u00ea-se uma cesta de palha, deitada, que deixa \u00e0 vista tr\u00eas velhas e estragadas ma\u00e7\u00e3s. Um jarro de barro completa a cena. O garoto pode ter terminado de fazer a sua parca refei\u00e7\u00e3o.<\/p>\nO pequeno mendigo olha para baixo, segurando parte da camisa com as duas m\u00e3os, como se estivesse a matar piolhos (ou seriam pulgas, conforme afirmam alguns?). Como eram os pais os respons\u00e1veis por \u201ccatar\u201d piolhos na cabe\u00e7a dos filhos, a a\u00e7\u00e3o do garoto mostra que ele era abandonado, n\u00e3o tendo quem olhasse por ele. Chama a aten\u00e7\u00e3o sua cabe\u00e7a raspada nuns pontos e com tufos de cabelo escuro em outro.<\/p>\n
O pintor usa o \u201cchiaroscuro\u201d em sua tela, uma influ\u00eancia de Caravaggio e Zurbar\u00e1n. Um feixe de luz, que entra por uma janela \u00e0 esquerda, banha o garoto sentado num canto escurecido, como se fosse um potente holofote a projet\u00e1-lo para o observador.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1645\/55
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre painel
\nDimens\u00f5es: 137 x 115 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu do Louvre, Paris, Fran\u00e7a<\/p>\n
\u00a0Fontes de pesquisa
\n<\/u>Murillo\/ Abril Cultural
\nhttp:\/\/www.peintre-analyse.com\/jeunees.htm<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho A composi\u00e7\u00e3o O Pequeno Mendigo \u00e9 a primeira obra conhecida sobre um menino de rua, na pintura do artista espanhol Bartolom\u00e9 Esteban Murillo. Embora ele n\u00e3o expressasse formalmente uma cr\u00edtica de cunho social atrav\u00e9s de sua pintura e, de certa forma, mostrasse o belo na pobreza, ao trabalhar apenas com […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11,42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/30133"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=30133"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/30133\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47353,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/30133\/revisions\/47353"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=30133"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=30133"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=30133"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}