{"id":30421,"date":"2017-02-02T13:59:01","date_gmt":"2017-02-02T15:59:01","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=30421"},"modified":"2022-08-23T20:13:38","modified_gmt":"2022-08-23T23:13:38","slug":"mestres-da-pintura-joshua-reynolds","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/mestres-da-pintura-joshua-reynolds\/","title":{"rendered":"Mestres da Pintura \u2013 JOSHUA REYNOLDS"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho <\/strong><\/p>\n

\"josre\"<\/a><\/strong><\/p>\n

Os princ\u00edpios da arte, quer se trate de poesia ou de pintura, t\u00eam sua origem no intelecto. (Joshua Reynolds)<\/em><\/strong><\/p>\n

O pintor ingl\u00eas Joshua Reynolds (1723-1740) era filho do reverendo Samuel Reynolds. Seu pai almejava que ele fosse m\u00e9dico, mas o garoto, j\u00e1 aos oito anos de idade, mostrava sua forte propens\u00e3o pela arte, reproduzindo pinturas e gravuras. Ao tomar conhecimento do \u201cEnsaio sobre a Teoria da Pintura\u201d, anos depois, viu que ser pintor era o que desejava. Prometeu ao pai que seria um pintor de talento.<\/p>\n

Reynolds foi para Londres aos 17 anos de idade, onde estudou com Thomas Hudson, um retratista conservador, ficando com o mestre por um per\u00edodo de dois anos e meio, trabalhando com t\u00e9cnica e composi\u00e7\u00e3o, sem agregar novos conhecimentos a seus estudos. Ao voltar para a sua cidade natal, Devonshire, o artista passou a visitar Londres com frequ\u00eancia, onde tomou conhecimento dos retratos do escoc\u00eas Ramsay, que se atinha \u00e0 varia\u00e7\u00e3o crom\u00e1tica das superf\u00edcies e gostava de mudar sempre a posi\u00e7\u00e3o dos retratados. Reynolds sempre instru\u00eda seus colaboradores (a pintura inglesa do s\u00e9culo XVIII trabalhava com ajudantes), que ficavam com as paisagens e panejamentos, enquanto ele fazia os desenhos, pintava rostos e m\u00e3os da figura e retocava o que fosse necess\u00e1rio.\u00a0 E foi esse tipo de colabora\u00e7\u00e3o que permitiu a Reynolds pintar mais de uma centena e meia de retratos por ano, embora ele achasse que a superioridade da arte pict\u00f3rica encontrava-se na pintura hist\u00f3rica, aguardando seu reaparecimento na Inglaterra. Enquanto isso, ele pintava retratos.<\/p>\n

O artista, a convite do Comodoro Augustus Keppel, fez uma visita \u00e0 It\u00e1lia, sofrendo um acidente em Minorca, respons\u00e1vel por deixar uma cicatriz nos seus l\u00e1bios. Ali ficou durante cinco meses, antes de chegar a Roma, onde estudou a obra de Michelangelo e Rafael. Em outras cidades italianas conheceu o trabalho de Guido Reni, Ticiano, Tintoretto e Veronese. Ele acreditava que os grandes mestres da Renascen\u00e7a italiana \u2014 Rafael, Michelangelo, Corregio e Ticiano \u2014 eram o que havia de melhor na verdadeira arte.<\/p>\n

Ao voltar \u00e0 Inglaterra, passou a morar definitivamente em Londres, produzindo quadros para a elite. Apesar de cri\u00e1-los em s\u00e9ries, sua capacidade inventiva n\u00e3o permitia que fossem iguais. Eximidos de qualquer forma de sentimento, ele os criava totalmente impessoais. Sua equipe trabalhava tanto, que chegava a produzir nove d\u00e9cimos da feitura da obra. Para o artista, a cria\u00e7\u00e3o era mais importante do que a execu\u00e7\u00e3o. Cobrava por suas obras pre\u00e7os exorbitantes, e ainda ganhava muitos presentes caros. Achava que somente o suntuoso e impressivo merecia receber o nome de “grande” arte. Para alguns cr\u00edticos, \u201cele eram melhor te\u00f3rico do que realizador\u201d, sendo que sua capacidade intelectual sobressa\u00eda mais do que seu talento criativo. Veio a tornar-se um grande admirador da obra de Peter Paul Rubens, tanto pela intensidade das cores quanto pela inspira\u00e7\u00e3o renascentista e solu\u00e7\u00f5es barrocas.<\/p>\n

Joshua Reynolds tinha predile\u00e7\u00e3o pelos ambientes requintados. Era sempre frequente nos meios liter\u00e1rios e culturais. Contudo, sua vida privada era impenetr\u00e1vel. Antes de completar 60 anos, passou a sentir o enfraquecimento de sua vis\u00e3o. E tr\u00eas anos depois teve que paralisar seu trabalho, estando tamb\u00e9m a audi\u00e7\u00e3o a falhar. A quase cegueira levou-o a distanciar-se dos sal\u00f5es aristocr\u00e1ticos de que tanto gostava. Faleceu aos 69 anos, sendo enterrado na Catedral de S\u00e3o Paulo. Isso comprova a sua import\u00e2ncia como pintor paparicado pelos nobres e poderosos. Deixou, pelo menos, 43 autorretratos. Tornou-se um dos mais renomados pintores da arte brit\u00e2nica.<\/p>\n

Fontes de pesquisa
\n<\/u>Reynolds\/ Abril Cultural
\n1000 obras-primas da pintura europeia<\/p>\n

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