V\u00eanus e Cupido com um S\u00e1tiro,<\/em> e trata-se de uma alegoria.\u00a0 Presumem eles que esta alegoria do amor terreno era acompanhada de outra, denominada “A Escola do Amor” que celebrava o amor celestial.<\/p>\nVejamos, ent\u00e3o, sobre esta \u00f3tica:<\/p>\n
A tocha flamejante que se v\u00ea entre Cupido e a mulher que se encontra dormindo \u00e9 na verdade um atributo de V\u00eanus, a deusa do amor. A tocha e as setas s\u00e3o tamb\u00e9m um atributo de Cupido \u2013 filho de V\u00eanus \u2013 mostrando que o amor faz arder as pessoas acometidas por ele, afetando-as, mesmo que se encontrem distantes.<\/p>\n
Cupido, ao lado de sua m\u00e3e, encontra-se dormindo profundamente sobre a pele de le\u00e3o \u2013 s\u00edmbolo da for\u00e7a que ganhara de sua vit\u00f3ria sobre H\u00e9rcules\u00a0\u2013 e sobre seu arco vermelho. Do lado direito da deusa est\u00e1 sua aljava. V\u00eanus, por sua vez, dorme profundamente, com o bra\u00e7o direito em volta da cabe\u00e7a e o esquerdo descansando sobre o arco vermelho de Cupido. Seu corpo nu \u00e9 de grande beleza, com a pele sedosa e branca a irradiar luz.<\/p>\n
O s\u00e1tiro \u2013 criatura metade homem e metade bode \u2013 postado atr\u00e1s da deusa \u00e9 tido na mitologia greco-romana como perseguidor das ninfas e participantes das bacanais do deus Baco, sempre afeito aos desejos do sexo. Ele levanta parte do manto azul sobre o qual a deusa encontra-se dormindo, o que faz sombrear sua cabe\u00e7a, pesco\u00e7o e bra\u00e7o direito.<\/p>\n
Na mitologia greco-romana n\u00e3o h\u00e1 nenhuma hist\u00f3ria referente a V\u00eanus ser violentada por um s\u00e1tiro, portanto, esta pintura deve ser vista mais como uma alegoria do que como uma hist\u00f3ria mitol\u00f3gica. Segundo estudos, o nome recebido por ela, no s\u00e9culo 17, era \u201cVenerie Mundano\u201d (Terrena V\u00eanus), dando \u00eanfase ao amor carnal.<\/p>\n
Quer seja J\u00fapiter e Ant\u00edope<\/em> ou V\u00eanus e Cupido com um S\u00e1tiro, <\/em>o fato \u00e9 que esta composi\u00e7\u00e3o de Correggio tem colecionado admiradores em todos os tempos. A pele sedosa da jovem como se expelisse luz interior, nunca fora antes vista na pintura. Outro motivo de encantamento \u00e9 o modo como o artista apresentou a beleza feminina.<\/p>\nFicha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: c. 1524
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 188 x 125 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu do Louvre, Paris, Fran\u00e7a<\/p>\n
Fontes de pesquisa
\n<\/u>1000 obras-primas da pintura europeia\/ K\u00f6nemann
\nCorreggio\/ Editora Abril<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho A composi\u00e7\u00e3o J\u00fapiter e Ant\u00edope \u00e9 uma obra mitol\u00f3gica do pintor italiano Correggio. O artista baseou-se na lenda grega que narra a hist\u00f3ria de Ant\u00edope\u00a0\u2013 princesa de Tebas\u00a0\u2013, dona de uma beleza que fascinava quem a visse, tendo o pr\u00f3prio J\u00fapiter sucumbido a seus encantos. Correggio comp\u00f4s uma tela de […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11,42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/30860"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=30860"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/30860\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":48033,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/30860\/revisions\/48033"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=30860"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=30860"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=30860"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}