“N\u00e3o h\u00e1 vestido mais resplandecente na mulher do que o sil\u00eancio”<\/em> (R\u00fassia). Pelo visto, melhor seria, para o macho, que a f\u00eamea nascesse muda, pois quanto mais resignada, mais “perfeita” ela se torna a seus olhos. Mas isso \u00e9 coisa do passado, pois a mulher hoje comanda.
\n<\/span><\/p>\nApesar de os prov\u00e9rbios<\/i> alertarem para o fato de que a boa mulher \u00e9 aquela que \u00e9 submissa ao homem, tamb\u00e9m reconhecem que ela \u00e9 muito perigosa, capaz de p\u00f4r o var\u00e3o em risco, usando apenas o olhar, pois, se cheio de \u00f3dio ou inveja, pode levar a v\u00edtima \u00e0 morte, como prega o prov\u00e9rbio alem\u00e3o que reza que \u201cA mulher pede, toma, engana e mata com os olhos<\/i>\u201d. No fundo eles sabem que ela \u00e9 poderosa!<\/p>\n
O nariz da f\u00eamea lembra sempre a sua arrog\u00e2ncia, principalmente quando \u00e9 arrebitado, porque mostra o qu\u00e3o caprichosa ela \u00e9. Mas mesmo o seu nariz sendo assim ou assado, ela continua ignorante, pois \u201cOs pensamentos da mulher chegam-lhe \u00e0 porta do nariz<\/i>\u201d, ou seja, sua capacidade intelectual \u00e9 praticamente zero. Quanto medo da capacidade da mulher em todas as \u00e1reas em que se encontra.<\/p>\n
A mulher tamb\u00e9m n\u00e3o sabe fazer bom uso dos ouvidos, ao contr\u00e1rio do homem, pois, \u201cQuando se fala com um homem, entra-lhe por um ouvido e lhe sai pelo outro; em contrapartida, \u00e0 mulher entra-lhe pelos dois ouvidos e lhe sai pela boca<\/i>\u201d, uma vez que ela fala pelos cotovelos. A f\u00eamea humana precisa n\u00e3o se esquecer de que \u201cUma mulher s\u00f3 deve abrir a boca para comer<\/i>\u201d\u00a0 N\u00e3o lhe cabe o papel de falar em p\u00fablico, tarefa exclusiva do homem. Bem, era isso que o macho queria, mas os tempos s\u00e3o outros.<\/p>\n
A mo\u00e7a ideal para se casar \u00e9 aquela que \u201cTem uma boca que come, mas n\u00e3o fala<\/i>\u201d, porque \u201cNenhuma galinha tem o direito de cantar diante do galo<\/i>\u201d, sem falar que, diante de sua insignific\u00e2ncia, a mulher precisa reconhecer o seu lugar. \u201cQuando um homem fala, a mulher deve manter a boca fechada<\/i>\u201d em sinal de respeito e tamb\u00e9m pelo fato de n\u00e3o haver signific\u00e2ncia naquilo que diz. Segundo um prov\u00e9rbio romeno, \u201cA mulher ganha dente de ju\u00edzo (siso) s\u00f3 depois que morre<\/i>\u201d Se nunca tem raz\u00e3o, melhor mesmo \u00e9 que se mantenha de boca fechada. Assim deseja o machismo que morre a cada dia.<\/p>\n
Diferentemente do \u00f3rg\u00e3o masculino, \u201cA l\u00edngua da mulher mede sete metros<\/i>\u201d, o que traz muito sofrimento para seu companheiro, pois, se \u201cA l\u00edngua da mulher fosse mais curta, a vida do marido seria mais comprida<\/i>\u201d. Ele luta para coloc\u00e1-la no seu lugar, mas acaba reconhecendo a inutilidade de seus esfor\u00e7os, porque \u201cQuem pode ter a \u00faltima palavra com sua mulher, se a l\u00edngua dela d\u00e1 voltas no pesco\u00e7o?<\/i>\u201d. Coitadinho do macho!<\/p>\n
O homem precisa ter muita intelig\u00eancia para lidar com sua ardilosa f\u00eamea. \u00c9 preciso traz\u00ea-la no cabresto, pois ela \u00e9 um po\u00e7o de engana\u00e7\u00e3o e ardilezas (embora seja considerada sem intelig\u00eancia). \u201cAntes de se casar a jovem tem sete bra\u00e7os e uma boca; depois de se casar tem sete bocas e um bra\u00e7o<\/i>\u201d. Trocando em mi\u00fados, a espertalhona, para pegar o passarinho, trabalha como se tivesse sete bra\u00e7os, usando a boca apenas para comer, mas, quando se casa, tudo se reverte porque \u201cQuem quer pegar passarinho n\u00e3o fala x\u00f4<\/i>\u201d. Portanto, \u201cQuem cai nas m\u00e3os de uma mulher, cai no fogo<\/i>\u201d. Que peninha deles! A mulher se empodera cada vez mais.<\/p>\n
Fontes de pesquisa:
\n<\/span>Nunca se case com uma mulher de p\u00e9s grandes\/ Mineke Schipper
\nLivro dos prov\u00e9rbios, ditados, ditos populares e anexins\/ Ci\u00e7a Alves Pinto
\nProv\u00e9rbios e ditos populares\/ Pe. Paschoal Rangel<\/p>\n\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho \u00a0 \u00c9 comum encontrar em quase todas as culturas prov\u00e9rbios que criticam a capacidade de falar que possui a mulher, como se isso representasse um perigo para o homem. Vejamos alguns: “A l\u00edngua da mulher \u00e9 mais comprida do que seus bra\u00e7os” (Reino Unido), “As mulheres nascem tagarelas” (Jap\u00e3o), “Onde […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[43],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3114"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3114"}],"version-history":[{"count":10,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3114\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":45888,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3114\/revisions\/45888"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3114"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3114"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3114"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}