A Terra da Cocanha<\/em>, \u00e9 uma obra do artista Pieter Bruegel, o Velho, renomado pintor e gravurista holand\u00eas do s\u00e9culo XVI. Em sua composi\u00e7\u00e3o, ele toma como tema um dos chamados \u201csete pecados capitais\u201d. \u00c9 bom que o leitor saiba antes que, nos tempos medievais, \u201cCocanha\u201d era considerada uma terra m\u00edtica de grande abund\u00e2ncia, contudo, Bruegel usa-a como pano de fundo para sua condena\u00e7\u00e3o \u00e0 gula.<\/p>\nO pintor traz para sua alegoria uma terra de fartura e prazeres, na qual se encontram: um campon\u00eas, um cl\u00e9rigo (ou acad\u00eamico) e um cavaleiro (ou soldado), representantes de diferentes classes. Cansados de tanto comer, eles se deitam debaixo da \u00e1rvore da fartura, representada por um tronco, no qual est\u00e1 inserida uma t\u00e1bua de madeira (mesa) cheia de guloseimas, e em cujos galhos h\u00e1 p\u00e3es. \u00c0 esquerda, um nobre vestindo uma armadura de cavaleiro medieval, descansa debaixo de uma tenda coberta por empad\u00f5es e tortas, mas est\u00e1 de olho no pombo assado a voar, que, infelizmente, foi removido acidentalmente durante o trabalho de restaura\u00e7\u00e3o da obra. E mais ao fundo, em segundo plano \u00e0 direita, outro personagem cava um t\u00fanel numa montanha de pudim.<\/p>\n
Os personagens, com suas formas adiposas, s\u00e3o dispostos, pelo pintor, debaixo da \u00e1rvore da fartura, como se eles fossem os raios de uma roda, numa alus\u00e3o ao ciclo formado pela roda, que n\u00e3o tem fim, pois assim tamb\u00e9m funciona a gula, pois deixa a pessoa sempre insatisfeita. Em volta deles circulam petiscos: um ovo cozido com duas pernas traz uma faca dentro de si; um frango assado deita-se numa bandeja sobre uma toalha branca, formando o quarto raio da roda; um leit\u00e3o, cortado em seu dorso, traz uma faca de cabo preto enfiada em sua pele; e de uma roda de queijo, \u00e0 esquerda, pr\u00f3xima ao ref\u00fagio do nobre, j\u00e1 foi retirada uma parte. Sobre a mesa est\u00e3o dispostas in\u00fameras iguarias, e os jarros virados d\u00e3o a entender que os personagens j\u00e1 comeram at\u00e9 n\u00e3o mais se aguentarem de p\u00e9. Salsichas enroladas, \u00e0 esquerda, delimitam parte da \u00e1rea pr\u00f3xima ao abismo.<\/p>\n
Um despenhadeiro leva a um mar sereno, na parte superior da tela, onde s\u00e3o vistas duas embarca\u00e7\u00f5es, o que tamb\u00e9m pode ser uma refer\u00eancia \u00e0queles que, por n\u00e3o abrirem m\u00e3o dos v\u00edcios, jamais encontram tranquilidade na vida, como a vista abaixo.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1567
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre madeira
\nDimens\u00f5es: 52 x 78 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Pinacoteca de Munique, Alemanha<\/p>\n
\u00a0Fontes de pesquisa
\n<\/u>Enciclop\u00e9dia dos Museus\/ Mirador
\n1000 obras-primas da pintura europeia\/ K\u00f6nemann
\nhttps:\/\/en.wikipedia.org\/wiki\/The_Land_of_Cockaigne_(Bruegel)<\/p>\n
Views: 70<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho N\u00e3o estejas entre os bebedores de vinho nem entre os comil\u00f5es de carne. Porque o beberr\u00e3o e o comil\u00e3o caem em pobreza; e a sonol\u00eancia vestir\u00e1 de trapos o homem. (Prov\u00e9rbios 23:20-21) \u00a0A alegoria O Pa\u00eds da Cocanha, tamb\u00e9m conhecida como A Terra da Cocanha, \u00e9 uma obra do artista […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32121"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=32121"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32121\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47564,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32121\/revisions\/47564"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=32121"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=32121"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=32121"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}