<\/a><\/p>\nO franc\u00eas Jean Fouquet<\/em> (c.1420\u2013 c.1480), foi o mais importante pintor franc\u00eas do s\u00e9culo XV, in\u00edcio do Renascimento, segundo fontes documentais dos s\u00e9culos XV e XVI. Mas pouco ou quase nada se sabe sobre sua juventude e forma\u00e7\u00e3o, pois s\u00e3o pouqu\u00edssimas as informa\u00e7\u00f5es encontradas sobre sua vida e obra. Sabe-se que foi bem conceituado no seu pa\u00eds e fora de suas fronteiras \u00e0 \u00e9poca. Influ\u00eancias da pintura flamenga s\u00e3o encontradas nas obras do artista, assim como fica evidente nelas o seu amor pela natureza e o esmero usado nos detalhes. Acredita-se que, quando esteve em Floren\u00e7a, ele tenha se relacionado com Fra Angelico, Paolo Ucello e Masolino.<\/p>\nA composi\u00e7\u00e3o Carlos VII, Rei da Fran\u00e7a<\/em> deixa evidente o qu\u00e3o Fouquet levava a s\u00e9rio o retratismo flamengo, principalmente no que diz respeito \u00e0 representa\u00e7\u00e3o maravilhosamente elaborada dos tecidos, como vemos aqui na roupagem vermelha do rei franc\u00eas, toda pregueada e com gola e punhos de pele. Suas volumosas ombreiras tornam o peito do soberano ainda maior. Esta pintura \u00e9 muito marcante, pois d\u00e1 in\u00edcio a este tipo de retrato na Fran\u00e7a, sendo o mais antigo dos retratos no Ocidente. O rei \u00e9 apresentado em tr\u00eas quartos de corpo, diante de um fundo verde luminoso, usando uma suntuosa veste vermelha, mas sem nenhum atributo que possa indicar sua posi\u00e7\u00e3o de rei. O feitio marcante de seu rosto apresenta olhos pequenos, j\u00e1 com olheiras e p\u00e1lpebras ca\u00eddas, nariz grande, boca carnuda e um furo no queixo redondo, j\u00e1 com as rugas da idade. Suas sobrancelhas arqueadas est\u00e3o de acordo com a moda da \u00e9poca.<\/p>\nAo que nos parece, o rei encontra-se ajoelhado, como se estivesse a olhar para fora de uma janela, provavelmente de uma capela, ladeado por duas partes de uma cortina verde-claro, recolhidas \u00e0 esquerda e \u00e0 direita. \u00a0\u00c9 de supor que ele esteja fazendo parte de uma cerim\u00f4nia religiosa, tamanha \u00e9 a sua concentra\u00e7\u00e3o e seriedade. Tamb\u00e9m pode se tratar de um retrato votivo (ofertado em raz\u00e3o de um voto ou promessa), se for levada em conta a inscri\u00e7\u00e3o \u201ctr\u00e8 victorieux\u201d (muito vitorioso), inscrita na moldura que acompanha o retrato, mas n\u00e3o mostrada aqui. A representa\u00e7\u00e3o do espa\u00e7o onde o rei Carlos VII encontra-se \u00e9 m\u00ednima, e as cores sobrepostas e o rigor das formas geom\u00e9tricas fazem com que ele se apresente autorit\u00e1rio e severo, mas tamb\u00e9m meio cansado.<\/p>\n
Partindo do pressuposto de que o rei encontra-se ajoelhado, seus bra\u00e7os, com as m\u00e3os entrela\u00e7adas, apoiam-se numa volumosa almofada amarela, decorada com folhas e flores marrons. Seu rosto est\u00e1 banhado sutilmente pela luz que tamb\u00e9m destaca os adornos de seu chap\u00e9u azul-escuro, al\u00e9m de real\u00e7ar as cortinas de um verde-claro, contrapondo-se ao verde-escuro do fundo.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: c. 1445\/50
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre madeira
\nDimens\u00f5es: 86 x 71 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu do Louvre, Paris, Fran\u00e7a<\/p>\n
Fontes de pesquisa
\n<\/u>Enciclop\u00e9dia dos Museus\/ Mirador
\n1000 obras-primas da pintura europeia\/ K\u00f6nemann
\nhttp:\/\/www.louvre.fr\/oeuvre-notices\/charles-vii-1403-1461-roi-de-france<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho O franc\u00eas Jean Fouquet (c.1420\u2013 c.1480), foi o mais importante pintor franc\u00eas do s\u00e9culo XV, in\u00edcio do Renascimento, segundo fontes documentais dos s\u00e9culos XV e XVI. Mas pouco ou quase nada se sabe sobre sua juventude e forma\u00e7\u00e3o, pois s\u00e3o pouqu\u00edssimas as informa\u00e7\u00f5es encontradas sobre sua vida e obra. Sabe-se […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11,42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32379"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=32379"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32379\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":48527,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32379\/revisions\/48527"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=32379"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=32379"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=32379"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}