A Ceia em Ema\u00fas<\/em> \u00e9 uma das obras-primas do pintor em sua idade madura, per\u00edodo em que d\u00e1 mais destaque \u00e0 figura de Cristo. A hist\u00f3ria b\u00edblica sobre a \u201cCeia em Ema\u00fas\u201d, na qual Jesus aparece, e depois tem uma refei\u00e7\u00e3o com dois de seus disc\u00edpulos, ap\u00f3s a sua ressurrei\u00e7\u00e3o, \u00e9 um tema comum na hist\u00f3ria da arte crist\u00e3, tendo sido retratado por in\u00fameros artistas, inclusive o pr\u00f3prio Rembrandt j\u00e1 o havia pintado. Aqui ele apresenta um cen\u00e1rio arquitet\u00f4nico gigantesco, embora seja extremamente simples, comportando poucos elementos: a porta, as colunas e a moldura do nicho, lembrando o come\u00e7o do cristianismo com suas bas\u00edlicas paleocristianas. \u00a0O nicho \u00e9 respons\u00e1vel por servir de fundo para os personagens, especialmente para a figura de Cristo.<\/p>\nO Mestre Jesus \u00e9 o personagem central da obra, o centro espiritual da cena, respons\u00e1vel por difundir luz num ambiente escuro, atingindo o rosto e as m\u00e3os dos tr\u00eas homens ali presentes. Nesta difus\u00e3o de luz natural e divina, tudo \u00e9 matizado, come\u00e7ando pelas cores iridescentes das vestes de Cristo, chegando aos gestos emocionais dos peregrinos, que reconhecem o Salvador ressuscitado. Cristo n\u00e3o \u00e9 visto a repartir o p\u00e3o, como em outras pinturas,\u00a0 o artista retrata-o ap\u00f3s esse momento, estando os dois ap\u00f3stolos j\u00e1 conscientes de sua ressurrei\u00e7\u00e3o e, por isso, a luz que dele emana enche todo o ambiente em que se encontram, exalando paz.<\/p>\n
Cristo est\u00e1 sentado \u00e0 mesa com as duas m\u00e3os unidas, apoiadas sobre essa. Embora se encontre de frente para o observador, seus olhos est\u00e3o voltados para cima. \u00c0 sua esquerda, o rapazinho ainda segura a bandeja com dois peda\u00e7os de p\u00e3o, aparentemente sem compreender o que se passa. Um dos ap\u00f3stolos, de costas para o observador, com as m\u00e3os em postura de ora\u00e7\u00e3o, mostra-se em estado de adora\u00e7\u00e3o. O outro, com o olhar voltado para o Mestre, apoia-se no bra\u00e7o da cadeira e segura na m\u00e3o direita um guardanapo. A mesa est\u00e1 forrada com um tapete e, sobre ele, uma toalha branca. Poderia ser uma simples cena de g\u00eanero, t\u00e3o despojada que \u00e9 de detalhes, se n\u00e3o houvesse uma aur\u00e9ola a circundar a cabe\u00e7a de Jesus e a luz resplandecente que reflete de seu corpo ressuscitado.<\/p>\n
Jesus Cristo \u00e9 visto nesta pintura de Rembrandt como a Luz do Mundo, respons\u00e1vel pela salva\u00e7\u00e3o da humanidade atrav\u00e9s de uma experi\u00eancia interior. Por isso, a luz que dele emana, iluminando a escurid\u00e3o, \u00e9 a parte essencial da pintura, responsavel por sua narrativa.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1648
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre madeira
\nDimens\u00f5es: 68 x 65 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu do Louvre, Paris, Fran\u00e7a<\/p>\n
Fontes de pesquisa
\n<\/u>Enciclop\u00e9dia dos Museus\/ Mirador
\n1000 obras-primas da pintura europeia\/ K\u00f6nemann
\nhttp:\/\/rembrandt.louvre.fr\/en\/html\/r13.html
\nhttp:\/\/www.wga.hu\/html_m\/r\/rembrand\/13biblic\/39newtes.html
\nhttp:\/\/www.artway.eu\/content.php?id=1154&lang=en&action=show<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho O pintor holand\u00eas Rembrandt Harmenszoon van Rijn (1606-1669) recebeu educa\u00e7\u00e3o formal na Escola Latina, dos sete aos 14 anos de idade. Da\u00ed seguiu para a universidade, a qual abandonou num per\u00edodo de poucos meses, pois sua voca\u00e7\u00e3o era outra: a pintura. Tornou-se aluno do pintor holand\u00eas Jacob van Swanenburgh, ap\u00f3s […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11,42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32692"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=32692"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32692\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47616,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32692\/revisions\/47616"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=32692"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=32692"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=32692"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}