{"id":3273,"date":"2013-03-28T13:30:08","date_gmt":"2013-03-28T16:30:08","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=3273"},"modified":"2015-10-10T22:12:51","modified_gmt":"2015-10-11T01:12:51","slug":"relogio-para-que","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/relogio-para-que\/","title":{"rendered":"REL\u00d3GIO PARA QU\u00ca?"},"content":{"rendered":"

Autoria de Alfredo Domingos<\/b><\/p>\n

\"rel\u00f3gio<\/a>
\n<\/strong><\/p>\n

\u00a0Diariamente, fa\u00e7o caminhada. \u00c9 muito bom! Al\u00e9m do proveito para a sa\u00fade, vale como\u00a0 terapia, longe dos consult\u00f3rios apertados, refrigerados e repletos de assuntos delicados. Meu trajeto \u00e9 feito pelas ruas da vizinhan\u00e7a. S\u00e3o arborizadas, agrad\u00e1veis, prop\u00edcias \u00e0 atividade. J\u00e1 conhe\u00e7o alguns vizinhos, caminhantes ou n\u00e3o, porteiros, ambulantes, jornaleiros, o resto mais. Carrego o celular, que me oferece m\u00fasica e a hora certa. O rel\u00f3gio de pulso tamb\u00e9m me acompanha. Fica mais f\u00e1cil consult\u00e1-lo do que retirar o celular do bolso para saber da hora.<\/p>\n

Outro dia, esqueci em casa tudo de que preciso. “Cabe\u00e7a de vento”, como diria a minha m\u00e3e! Mas aceitei o desafio. Fui caminhando e curtindo.\u00a0 Quando precisasse situar-me no tempo, perguntaria a algu\u00e9m. Pois \u00e9, veio, ent\u00e3o, o momento. Avistei um perfeito atleta aproximando-se. Passadas vigorosas, alto, fort\u00e3o, bon\u00e9 vermelho da Ferrari, grandes \u00f3culos escuros espelhados, t\u00eanis turbinados e alaranjados, fones de ouvido e para completar um vistoso rel\u00f3gio dourado, daquele tipo usado pelo famoso apresentador das tardes de domingo. \u201c\u00d4, loco, meu!\u201d<\/p>\n

Ao cruzarmos um pelo outro, perguntei sem querer atrapalhar o exerc\u00edcio:<\/p>\n

\u00a0– Companheiro, diga as horas, por favor. <\/i><\/p>\n

A resposta deixou-me boquiaberto. Foi deste jeito:<\/p>\n

– N\u00e3o posso. Este rel\u00f3gio n\u00e3o marca hora. <\/i><\/p>\n

O qu\u00ea?! Pensei, mas n\u00e3o falei que n\u00e3o acreditava.<\/p>\n

Um rel\u00f3gio serve para muitas coisas, n\u00f3s sabemos, por\u00e9m, o m\u00ednimo que ele faz, o essencial mesmo, \u00e9 indicar a hora presente. Registrar o tempo que nos envolve. Mostrar o momento de sair, chegar, correr, estudar, pedir \u201chelp\u201d, comer, tomar rem\u00e9dio, etc., etc. O homem trazia tantos apetrechos engenhosos, que imaginei ser fac\u00edlima a minha pergunta. Ou ser\u00e1 que o amigo se ligava em v\u00e1rias coisas grand\u00edssimas que o simples passar dos ponteiros n\u00e3o tinha a menor relev\u00e2ncia? Ser\u00e1?<\/p>\n

Em decorr\u00eancia, s\u00f3 sei que at\u00e9 desisti de continuar na caminhada. “Enfiei a viola no saco” e voltei quietinho para casa, vexado! Assimilei que o problema havia sido meu – que abuso da minha parte interpelar altiva figura.<\/p>\n

\u00a0Finalmente, perguntei-me querendo apoio:<\/p>\n

– Rel\u00f3gio para qu\u00ea?<\/i><\/p>\n

(*) <\/b>Imagem copiada de www.relogioserelogios.com.br<\/a><\/i><\/p>\n

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