Cristo Dando as Chaves a S\u00e3o Pedro<\/em> \u00e9 uma obra religiosa do artista. O equil\u00edbrio, a harmonia e o uso do espa\u00e7o tridimensional desta pintura renascentista tornam-na uma obra-prima.\u00a0 Faz parte da ornamenta\u00e7\u00e3o da Capela Sistina em Roma\/It\u00e1lia. Tinha como objetivo fazer um paralelo entre a vida do profeta Mois\u00e9s (Antigo Testamento) e a de Jesus Cristo (Segundo Testamento). A cena refere-se \u00e0 passagem b\u00edblica (Mateus: 16,18-19) em que S\u00e3o Pedro recebe as chaves do reino dos c\u00e9us (chaves essas que viriam a tornar-se seu atributo), destacando a entrega do poder espiritual de Cristo a S\u00e3o Pedro. Pendendo do bra\u00e7o do ap\u00f3stolo encontra-se outra chave.<\/p>\nAs cenas acontecem numa ampla pra\u00e7a. S\u00e3o in\u00fameras as figuras humanas vistas no afresco em estudo. Seu campo pict\u00f3rico foi dividido em tr\u00eas planos distintos: primeiro plano, meio termo e fundo.<\/p>\n
Em primeiro plano, Jesus Cristo, de p\u00e9 no centro, usando uma t\u00fanica p\u00farpura e um manto azul, serve de divisor para os dois grupos. O conjunto \u00e0s suas costas \u00e9 formado por oito pessoas, enquanto \u00e0 frente est\u00e3o 12. Entre elas se encontram Pedro, ajoelhado, e outros ap\u00f3stolos (identificados com um halo, t\u00fanica e manto), incluindo Judas (quinta figura \u00e0 esquerda de Jesus). Pedro recebe as chaves de prata e ouro das m\u00e3os do Mestre. Outros personagens presentes ao acontecimento s\u00e3o homens romanos e florentinos, contempor\u00e2neas do artista, que tamb\u00e9m se retratou (figura atr\u00e1s de Judas). Tal retrata\u00e7\u00e3o era muito comum \u00e0 \u00e9poca do Renascimento italiano. Para uma maior harmonia entre as figuras, Perugino retrata-as repetindo as cores (azul, amarelo e verde) e suas posturas.<\/p>\n
Servindo de pano de fundo e ocupando o centro da composi\u00e7\u00e3o est\u00e1 o Templo de Salom\u00e3o com suas duas varandas. Trata-se de uma imponente edifica\u00e7\u00e3o, dona de uma arquitetura espl\u00eandida. \u00c0 direita e \u00e0 esquerda est\u00e3o os arcos monumentais do triunfo (Arco de Constantino) com relevo e superf\u00edcies dourados. Se medirmos o tamanho das figuras em primeiro plano, veremos que possuem o mesmo tamanho do templo. A perspectiva faz com que as figuras \u2013 entre o templo e o primeiro grupo \u2013 pare\u00e7am bem menores, diminuindo proporcionalmente \u00e0 medida que se distanciam do primeiro plano, o que d\u00e1 ao observador a impress\u00e3o real de dist\u00e2ncia. Espa\u00e7o e personagens integram-se na composi\u00e7\u00e3o num equil\u00edbrio perfeito.<\/p>\n
O piso de m\u00e1rmore da pra\u00e7a \u00e9 formado por grandes ret\u00e2ngulos. Outras personagens s\u00e3o vistas no meio da pra\u00e7a, onde s\u00e3o encenadas duas passagens da vida de Cristo: “O Tributo”, \u00e0 esquerda, e o “Apedrejamento de Cristo”, \u00e0 direita. Uma grande paisagem descortina-se ao fundo com belas \u00e1rvores e colinas acinzentadas, a fim de incutir a ideia de dist\u00e2ncia, e um belo c\u00e9u azul cheio de nuvens brancas.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1481\/1482
\nT\u00e9cnica: afresco
\nDimens\u00f5es: 335 x 550 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museus do Vaticano, Roma, It\u00e1lia<\/p>\n
Fontes de pesquisa:
\n<\/u>Enciclop\u00e9dia dos Museus\/ Mirado
\nhttps:\/\/www.khanacademy.org\/humanities\/renaissance-reformation\/early-renaissance1<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho O pintor italiano Pietro Perugino (c.1448-1523), tido como um dos mais renomados mestres da Escola da \u00dambria e um precursor do Alto Renascimento, dono de um colorido suave e de composi\u00e7\u00f5es equilibradas, fez parte da guilda de pintores de Floren\u00e7a. Pode ter sido aluno de Andrea Verrochio e Piero della […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32958"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=32958"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32958\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":49171,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32958\/revisions\/49171"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=32958"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=32958"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=32958"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}