<\/a><\/p>\nA composi\u00e7\u00e3o intitulada O Ap\u00f3stolo Pedro Aparecendo a S\u00e3o Pedro Nolasco<\/em> \u00e9 uma obra do pintor espanhol Francisco de Zubar\u00e1n (1598 \u2013 1664), que trabalhou na corte de Madri sob as ordens de Filipe IV. A maior parte de seu trabalho art\u00edstico ornamentou o Convento de Sevilha. \u00c9 tido como um dos mais importantes pintores espanh\u00f3is do s\u00e9culo XVII, ao lado de Ribera e Murillo. A pintura em destaque, fruto da maturidade do artista, foi encomendada pelo Mosteiro Merced\u00e1rio em Sevilha, logo ap\u00f3s a canoniza\u00e7\u00e3o de Pedro Nolasco, e mostra uma de suas vis\u00f5es. Alguns cr\u00edticos t\u00eam-na como o mais l\u00edrico de seus trabalhos de cunho religioso.<\/span><\/p>\nA cena mostrada, embora aparentemente simples, \u00e9 de grande beleza. Enquanto se encontrava em ora\u00e7\u00e3o, S\u00e3o Pedro Nolasco, santo cat\u00f3lico nascido na Fran\u00e7a, e fundador da ordem de N. Sra. da Miseric\u00f3rdia, tamb\u00e9m conhecida como Mercerianos, e, que tinha como principal objetivo resgatar crist\u00e3os presos pelos mu\u00e7ulmanos, recebe a vis\u00e3o do ap\u00f3stolo Pedro, seu santo padroeiro, que morrera crucificado de cabe\u00e7a para baixo. Do corpo do ap\u00f3stolo emana uma forte luz, que clareia a escurid\u00e3o do ambiente sem nenhum ornamento material.<\/span><\/p>\nExistem apenas duas figuras no espa\u00e7o – o santo e sua vis\u00e3o – envoltas em profunda escurid\u00e3o, apartados de toda a materialidade. O ap\u00f3stolo crucificado forma uma diagonal da direita para a esquerda, e seus bra\u00e7os abertos criam uma segunda diagonal da esquerda para a direita. O movimento dos bra\u00e7os abertos, em adora\u00e7\u00e3o, de S\u00e3o Pedro Nolasco corresponde ao do santo crucificado. \u00c9 vis\u00edvel o espanto do santo franc\u00eas, diante do milagre que os une em comunh\u00e3o espiritual, ligando as dimens\u00f5es divinas e terrestres.<\/span><\/p>\nAo modo do pintor italiano Caravaggio, o fant\u00e1stico banho de luz revela as formas simplificadas em volumes puros. A luz vibrante e incandescente que emana do corpo do ap\u00f3stolo diz respeito \u00e0 dimens\u00e3o divina, enquanto a intensa e realista, focada no santo franc\u00eas, diz respeito \u00e0 terrena. Zurbar\u00e1n abre m\u00e3o de qualquer forma tradicional na interpreta\u00e7\u00e3o da narrativa, e acaba criando duas figuras fortes e belas. H\u00e1 um grande contraste entre a nudez do ap\u00f3stolo, usando apenas um len\u00e7ol amarrado abaixo da cintura, e a vestimenta volumosa e pregueada do santo franc\u00eas, que se espalha pelo ch\u00e3o, deixando apenas cabe\u00e7a e m\u00e3os \u00e0 vista.<\/span><\/p>\nFicha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1629<\/span>
\n T\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela<\/span>
\n Dimens\u00f5es: 179 x 223 cm<\/span>
\n Localiza\u00e7\u00e3o: Museu do Prado, Madri, Espanha<\/span><\/p>\nFontes de pesquisa:
\n<\/u>Enciclop\u00e9dia dos Museus\/ Mirador<\/span>
\n https:\/\/www.museodelprado.es\/en\/the-collection\/art-work\/the-apparition-of-saint-<\/span><\/p>\nViews: 0<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho A composi\u00e7\u00e3o intitulada O Ap\u00f3stolo Pedro Aparecendo a S\u00e3o Pedro Nolasco \u00e9 uma obra do pintor espanhol Francisco de Zubar\u00e1n (1598 \u2013 1664), que trabalhou na corte de Madri sob as ordens de Filipe IV. A maior parte de seu trabalho art\u00edstico ornamentou o Convento de Sevilha. \u00c9 tido como […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11,42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/33670"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=33670"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/33670\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47790,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/33670\/revisions\/47790"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=33670"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=33670"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=33670"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}